Capítulo 26

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Me enfiei no meio do monte de gente que estava na sala, todos claramente bêbados, uns apenas em picos de felicidade, outros quase desmaiando. Comecei a entrar na onda de um grupinho que pareciam estar se divertindo horrores, aliás desconfio que alguns estavam sob influência de algo além do álcool. Mas enfim, comecei a seguir alguns movimentos do grupo, outros por conta própria, me enturmei real, sem falar uma palavra sequer, eles me receberam como se eu fosse amiga de anos. Um dos caras pegou na minha mão e começou a pular junto comigo, o outro passou o braço por cima do meu ombro e ergueu o copo pra cima, a moça que estava ali também dançava junto... Todos apenas se divertindo.

Um tempo depois de gastar a energia, fui até a cozinha atrás de água. Observei os armários de cima, provavelmente os copos estavam lá, mas não estava ao meu alcance.

- Que horror mano... pra que tão alto? – eu até consigo alcançar a porta. Mas, primeiro, eu não iria conseguir fechar de volta, é daquelas que abre pra cima, e segundo, eu não alcançaria o copo dentro do armário.

Olhei pra bancada ao lado da pia e tinha um copo ali.

- É o jeito – peguei aquele mesmo, dei uma lavada e coloquei embaixo do filtro.

Enquanto aguardava o copo encher, senti braços me envolvendo. Olhei por cima do ombro e o rosto de Bill surgiu, afundando-se na curvatura do meu pescoço. Sorri, colocando meu nariz em seu cabelo, sentindo um perfume suave e gostoso do shampoo/coisas passadas na lavagem. Coloquei a mão sobre a dele, fazendo uma carícia enquanto ele depositava selinhos.

Peguei o copo cheio e dei uns bons goles. Coloquei na bancada e me virei de frente, passando os braços por cima do ombro dele, com certa dificuldade porque o homem é gigante meu deus...

- Faz sentido esses armários tão altos – ele riu e me toquei que falei alto, de novo – Aff – ri junto.

Emaranhei meus dedos em seus fios, fazendo um cafuné e ele fechou os braços em minha cintura, puxando mais o meu corpo pra ele.

S/n- Aonde você tava? – observei aqueles olhos claros que me encaravam de volta.

Bill- Eu que o diga, achei que tinha fugido depois daquilo – abriu um sorriso divertido.

S/n- Imagina se eu ia fugir depois daquilo – o encarei. Ele se aproximou e me "roubou" um beijo. Obviamente eu não fiz nenhum esforço para rejeitar e iniciamos um beijo tranquilo.

Uma de suas mãos alternava entre acariciar meu rosto e meu cabelo, enquanto a outra apertava minha cintura. A minhas não ficaram de fora, entre fios e sua pele macia. 

Eu podia sentir o cheiro e o gosto de whisky ainda recente nele.

____QT____

Bill me apresentou alguns dos amigos dele, todos muito simpáticos. Conversando um pouco com alguns que contracenam com ele, me contaram várias histórias de bastidores e que Bill era sempre bem humorado. Gostava de dar sustos no elenco vez ou outra e é muito divertido, mas ao mesmo tempo é muito profissional, sempre se entregando total aos papéis.

Depois de algum tempo batendo papo ali, a conversa já estava dispersa. O pessoal estava apenas bebendo uma cerveja e falando de assuntos aleatórios.

S/n- Ei, vamos pra algum lugar... – falei no ouvido de Bill. Ficou um pouco pensativo.

Bill- Vem, vamos dar uma volta lá fora! – ele pegou em minha mão e foi guiando pra porta dos fundos.

Abriu a porta e me deu passagem. Era um deck de madeira com um pergolado, fazendo um teto com algumas flores que estavam florescidas no cipó enrolado e umas luzinhas que pareciam vaga-lumes, mas era apenas algum tipo de led. Mais a frente, na ponta do deck, há três degraus que levam para a piscina (agora vazia, aquelas pessoas que eu observava antes já não estão mais aqui). É grande e tem uma água limpinha, cristalina, com iluminação que vem do fundo dela, fazendo o ambiente ficar bem claro.

No deck há dois bancos de madeira, um do lado esquerdo e outro do lado direito, virados de frente um para o outro. Ao lado esquerdo, em frente a parede de vidro da casa, tem uma área com cadeiras e mesas, com uma cobertura também de vidro.

S/n- Sua casa é muito linda... – falei impressionada, andando sobre a parte de madeira.

Bill- Minha mãe que fez a decoração – disse se sentando em um dos bancos. Fui até ele e sentei ao seu lado.

S/n- Ela tem um ótimo gosto – sorri olhando pras luzes em cima de nós. Sentia ele me encarando algumas vezes, me observando. Eu apenas continuava olhando o lugar. Fico desconcertada sem saber o que fazer quando ele faz isso.

Nós ficamos ali, conversando e contando coisas sobre nós. Descobri que ele tem 23 anos e dois irmãos, Alexander com 37 e Gustaf com 32, que eu conheci outro dia lá na boate. Ele nasceu em Estocolmo, sendo sua família todos Suecos. Seu pai também é ator, mas isso eu meio que já sabia, ele fez parte de alguns filmes bem famosos. E também descobri que aquele Landon é o melhor amigo, quase irmão. Era basicamente o único de verdade, que ele podia contar tudo. Os amigos que estão aqui são apenas amigos... de trabalho, da família, ou de algum lugar que ele conheceu, mas apenas amigos normais. Não sei o motivo, se é preferência não ter pessoas tão íntimas ou se é outra coisa, mas por quê então sinto uma proximidade entre nós que não parece que acabei de conhecê-lo?

(Nota da autora: lembrando que essas informações dadas foram modificadas, as idades estão diferentes da atual e Bill tem mais irmãos que estes).

Ficamos muito tempo trocando ideia. Outras coisas mais surgiram, como as coisas preferidas, coisas que gostamos de fazer, coisas que odiamos, etc. Quando olhei o relógio já era umas 2h, então resolvemos voltar lá pra dentro. Levantei e quando fui abrir a porta, ele me puxou pela cintura. Me virou de frente pra ele e nós ficamos BEM próximos um do outro, ele tirou uma mecha do meu cabelo que havia caído em meu rosto e colocou atrás da minha orelha. Fez um carinho no meu rosto, se aproximou mais e me deu um beijo. Foi que nem da outra vez, tranquilo calmo, porém dessa vez a coisa foi esquentando.

Me ergueu no colo e eu passei meus braços pelo seu pescoço. Envolvi a cintura dele com as pernas e ele foi andando até o encontro com a parede ao lado da porta. Quando ele me pegou no colo meu vestido subiu e com a ajuda das mãos ele entrou por baixo do pano, apertando minhas coxas e subindo, fazendo tudo ficar exposto de vez. Eu podia sentir o volume dele em contato direto com minha intimidade, afinal eu estava só de calcinha na parte de baixo. Desceu os beijos pro meu pescoço e apertava minha bunda, qualquer um que resolvesse sair por aquela porta veria tudo, mas eu não estava nem aí nesse momento. Voltamos o beijo, com direito a mordiscadas e tudo.

S/n- Acho que... não devíamos... fazer isso... aqui... – disse em meio ao beijo.

Bill- E por que não? – falou dando atenção ao meu pescoço de novo.

S/n- Qualquer um pode aparecer aqui, do nada, e ver a gente... – ele parou, me olhou com os olhos gritando prazer e o cabelo bagunçado.

Bill- E daí? – mordi o lábio só de pensar na adrenalina de ser pego em flagrante.

S/n- E daí que... – eu sei que pode parecer clichê, mas não queria nossa primeira vez assim, aqui pra qualquer um ver, em privacidade altas coisas podem rolar (se é que me entendem) – Você não iria preferir um lugar em que... possamos fazer um barulho?...

Ele olhava no fundo dos meus olhos e depois de ouvir o que eu disse, surgiu uma feição sacana, aquela que molha a calcinha só de olhar. Sorri meio envergonhada e ele suspirou convencido. Me deu um selinho e me desceu do colo, arrumando meu vestido.

Bill- Droga... – sussurrou e me abraçou.

S/n- Se tava querendo isso, não devia ter me chamado pra sua casa com centenas de pessoas nela – rimos e passei a mão pelos cabelos dele, dando uma organizada. Então entramos de volta para a festa.

Amor à Primeira Vista | Bill Skarsgård [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora