Capítulo 9 - A distância destrói

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Georgiana tentava mentalizar-se de que afastar Darion neste momento era o melhor a ser feito, mas sabia que era a última coisa que queria fazer na realidade

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Georgiana tentava mentalizar-se de que afastar Darion neste momento era o melhor a ser feito, mas sabia que era a última coisa que queria fazer na realidade. Passaram-se três dias desde a conversa que tiveram e desde aí não se voltaram a falar, mesmo morando na mesma casa eles arranjavam um modo de não se encontrarem, ou fazê-lo o menos possível, porém aquilo tornou-se uma tortura que destruía ambos. Georgiana chorava no refúgio do seu quarto e Darion fazia o mesmo, com o coração a gritar o nome do outro incessantemente. Tão longe e ao mesmo tempo tão perto, uma distância que matava ambos aos poucos, e nenhum fazia nada para a diminuir.

Quando saiu de casa para ir até ao palácio de Westminster, Darion aproveitou esse tempo para por as ideias em ordem. Desde que Georgiana apareceu à sua porta que ele deixara de pensar com coerência, o seu coração disparou e sentimentos que não sabia que tinha apareceram prontos a manifestar-se. Amava-a e não o negaria nunca mais, mas o que fazer quando não se pode ficar com a mulher amada? O rumo da vida de ambos criava barreiras impossíveis de transpor, e o pior é que a desistência começava a surgir.

Nessa tarde Adelaide apareceu em Langworthy's House para visitar Georgiana, e a mesma recebeu a amiga com um pranto desconsolado que não conseguiu mais segurar. Adelaide consolou-a como pôde, até a condessa Howard se acalmar.

— Não aguento mais Adelaide! — fungou Georgiana ainda a verter lágrimas. — Já não sei o que quero.

Adelaide acariciava o cabelo de Georgiana, e ver o pranto da amiga deixava-a desconsolada de igual modo. Não aguentava ver ninguém sofrer, então tratando-se da sua melhor amiga não suportava mesmo.

— Vá lá, acalma-te Gi. Conta-me o que aconteceu. — pediu acariciando o rosto se Georgiana.

Mais uma vez a condessa fungou e desviou o olhar. Como negar para si mesma algo que já era óbvio?

— Estou apaixonada.

— Não me digas que é por Henry?!

— Não! Jamais amarei aquele monstro! — bradou Georgiana fitando a amiga perplexa.

Adelaide suspirou em alívio, mas claro que foi burrice sua supor algo assim.

— É por Darion que estou apaixonada.

— E isso é mau? — lady Foster fitou Georgiana com um olhar confuso, não compreendendo o desalento no rosto angelical.

— É péssimo, pelo menos nestas circunstâncias.

Na sua cabeça uma voz dizia que estava a complicar tudo, mas não dava para complicar algo que já é complexo por natureza. Todo este emaranhado de problemas e sentimentos confundia-a cada vez mais, e uma relação adúltera não vinha a calhar.

— Compreendes que estás a ser burra não é?

— Obrigada pela sinceridade Adelaide. — resmungou.

A Rosa E A TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora