Prólogo - Boa noite Cinderela.

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— E aí Clifford

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— E aí Clifford. Te espero no bar hoje. Vai beber né? — O barman Homer apareceu ao meu lado na entrada de trás da boate, aonde apenas a nossa equipe ou artistas poderiam transitar para entrarem com um acesso mais fácil na casa. Na entrada da frente, uma fila enorme se estendia, o local aos poucos se enchia.

Homer segurava três caixas empilhadas de bebidas nos braços, provavelmente para abastecer o enorme bar dentro do galpão; logo as entregou para outro funcionário que passava, com o intuito de livrar as mãos para me cumprimentar. Sorri com a sua gentileza.

Sempre achei interessante o seu estilo rebelde, com cabelos pintados de um azul já quase desbotado, olhos fundos, e unhas curtas com esmalte preto; quase sempre Homer usava uma bandana colorida, que diariamente era trocada por cores diferentes.

Homer há poucos meses havia se tornado um dos funcionários de uma das minhas casas de show mais famosa do país. Existiam apenas três espalhadas pelo país, porém a Paradise One Club era sem duvidas a com mais destaque, se tornando a nossa sede. O que me obrigava a sempre monitora-lá com mais frequência, também para prestigiar os artistas que passavam pelo palco.

— Ontem exagerei com as bebidas, melhor não. — Automaticamente toquei minha barriga massageando-a, formando uma careta. Homer riu.

John Hawkins, meu melhor amigo e sócio, me fez acompanhá-lo na hora de beber; o que é quase suicídio já que o homem escuta a palavra "cirrose" e gargalha tirando sarro, nem a probabilidade de adquirir a doença o faz parar de encher a cara; é absurda a quantidade de bebida alcoólica que John ingere, já tive minhas dúvidas de que talvez todo o álcool evaporasse de seu corpo conforme ele pulava e se divertia durante as festas.

John estava quase na casa dos trinta, mas ainda sim não perdia a eletricidade jovial; talvez aquela fosse a sua maior qualidade, que apesar de eu admirar, ainda me causava certo cansaço só de olhar.

Quando criamos juntos a primeira casa em um bar velho de Agloe, não imaginávamos a proporção gigante que um projeto de dois amigos entediados iria se tornar; eu e John tínhamos sangue dourado correndo em nossas veias, nascemos em berço de ouro, a ideia do bar era simplesmente para ocupar o nosso tempo já que na época havíamos sido banidos das melhores boates de Agloe por algumas brigas que John arrumava e eu acabava me envolvendo. Nosso sucesso nunca foi uma história para se orgulhar, até porque não viemos de uma origem humilde, mas com nosso talento em pouco tempo transformarmos mil em milhões; tínhamos sim nossas habilidades.

Eu lidava com a burocracia e engenharia dos negócios, já John com toda a parte que na visão dele se era divertida; um exemplo era a sua caçada por talentos dentro de agências para estrear os artistas de forma exclusiva e como um troféu em nossas boates, o que fazia todas as casas encherem como resposta, todos queriam saber quem eram os novos queridinhos da Paradise One Club. Por essa nossa fama e tantos olhares atentos sobre nossas casas, logo artistas já famosos começaram a se interessar em quererem passar por nossas mãos, foi aí que decolamos...

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