No auge da sua juventude, Elliot Clifford, dono e herdeiro de um patrimônio avaliado em bilhões é sequestrado. Em meio à escuridão do seu cativeiro, um barulho de botas em passos atrapalhados e uma boca um tanto suja anunciam que o socorro havia fin...
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Após todo o agitamento dentro da mansão, Elliot me carregou para dentro da sua nave –mais necessariamente a sua Lamborghini-aventador preta –, poupei comentários sobre ela em prol do estado emocional do meu amigo.
Seguimos o trajeto em silêncio, eu não sabia o que falar para conforta-lo. Antes ainda tínhamos o benefício da dúvida sobre o atentado de seu pai, mas naquele momento havíamos obtido a certeza.
Elliot estava concentrado na estrada desconhecida, saiu arrancando com o carro da mansão deixando poeira para trás, apenas o parou quando chegamos no início de uma ponte aparentemente antiga, dentro da floresta de Agloe. Elliot estacionou de qualquer jeito e desceu; acompanhei seu movimento com os olhos, os seguindo logo depois. Assim que desci do veículo, uma brisa fria daquele dia ensolarado porém sem um resquício sequer de calor bateu em meus seios meio descobertos por conta da regata branca, a única que trouxera junto ao meu corpo quando cheguei na cidade com Elliot.
Abracei minha cintura e corri para perto do meu amigo, que descansava seus braços debruçado sobre a coluna de ferro da pequena ponte. Abaixo de nós corria as águas de um riacho, com margens de pedras e musgo. Apesar de não ser tão larga e funda, o barulho da água doce que se agitava eclodia sobre a ponte, era apenas ela se denominando dona do ambiente. Parecia um lugar sem muitas visitações, já que estava deserto e descuidado.
Após uma espiada rápida para baixo, decidi permanecer alguns centímetros afastada da coluna na qual Elliot estava agarrado e totalmente despreocupado. Seus olhos estavam fechados, ele inalava com satisfação o ar puro que batia sobre nós, vindo junto com a corrente do riacho. O vento balançava seu cabelo castanho claro que já estava meio comprido na parte de cima; em várias das fotos que encontrei quando joguei seu nome no Google, Elliot sempre aparecia de forma impecável, com gel mantendo seus fios rebeldes para trás, trajes finos; agora ele mantinha um estilo despojado, como quem estivesse cansado demais para se arrumar e pegou a primeira coisa que viu no guarda-roupa. Mas Elliot era dono de uma beleza brutal e traços marcantes. Creio que o filho da mãe poderia usar um vestido de balé, e ele ainda estaria absurdamente sexy.
