Capítulo 7 - Então querida, fique comigo.

106 23 10
                                    

Me acomodei bem no grande quarto de hóspedes da casa de Elliot; não me surpreendi com tanto luxo, já imaginava que a vida dele seria assim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Me acomodei bem no grande quarto de hóspedes da casa de Elliot; não me surpreendi com tanto luxo, já imaginava que a vida dele seria assim...

A mansão deveria ter trocentos cômodos, me peguei pensando em quantas pessoas poderiam morar aqui tranquilamente e provavelmente nem se esbarrariam. Tudo parecia tão exagerado, e cinza; bem diferente da minha casa em Kemp Eve, papéis de paredes amarelados e com desenhos de florzinhas, pequeno porém extremamente aconchegante. No verão quente da cidade, eu e vovó Tony tínhamos a mania de montar uma piscina de plástico no quintal; já no inverno, rodeávamos a casa inteira com luzes coloridas. Os clientes da oficina costumavam brincar dizendo que o Papai Noel poderia nos ver do Polo Norte, e eu me sentia orgulhosa por realizar esse feito.

As datas comemorativas sempre foram mágicas pra nossa família de apenas duas pessoas, o velho Tony conseguia deixar até as pequenas coisas divertidas. Ele fez questão de aprender a costurar para montar minhas fantasias no Hallowen, me vestia de fada á Michael Jackson, e também um dia inventou de me fantasiar de Karl Max e palestrar sobre o mesmo de porta em porta enquanto me acompanhava para buscar doces.

Adormeci e sonhei com uma lembrança antiga da minha infância, flash's com o rosto de um casal no banco da frente do carro, a mulher se virava sorrindo, e eles pareciam conversar comigo de forma animada; porém ainda era tudo mudo. Uma luz forte iluminou o painel do carro, chocando-se contra nós em seguida.

Com o maldito espasmo acabei acordando e me sentando, suada e descabelada, a sensação das minhas costas molhadas era incomoda. De relance percebi que a luz do luar adentrava pela fresta da janela, já era noite.

Arrastei meus olhos para o meu relógio e vi que marcavam 1 da manhã. Voltei a me deitar na cama e me estiquei para pegar o controle que comandava quase tudo no quarto, apertando o botão que ligava as luzes.

— Que merda de pesadelo... — Resmunguei quase inaudível, tocando minhas bochechas que estavam fervendo.

Meu corpo era em si todo estranho, ao passar por um período de estresse minhas bochechas ficam avermelhadas e quentes, e se fosse estresse ao extremo elas criavam pequenas manchinhas vermelhas. E essa nem era a pior parte... eu calçava 34, que mulher já feita de 21 anos calça 34? Graças a Deus eu estava com botas de numeração maior quando zombei das mãos pequenas do tio de Elliot, se não eu não teria nenhum pingo de moral.

— Com licença? — Uma senhora de pele escura e lábios carnudos adentrou ao meu quarto após uma batida que eu nem havia percebido. — Vi as luzes acesas e deduzi que você havia acordado. Antes de sair, Sr. William pediu-me para lhe alimentar. É melhor comer um pouco.

Ela usava um uniforme preto elegante, parecia ser a governanta da casa. Eu não daria mais de 50 anos para ela.

Suas mãos carregavam uma bandeja repleta de comidas e uma jarra de suco. Arregalei meus olhos surpreendida com aquilo.

𝗖𝗢𝗡𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔𝗧𝗜𝗢𝗡Onde histórias criam vida. Descubra agora