Capítulo 15 - Pausa.

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De joelhos ao lado de Bex, tratei de vasculhar a caixa de medicamentos à procura de algo para tratar sua queimadura que deixava uma enorme mancha avermelhada sobre a sua pele extremamente pálida

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De joelhos ao lado de Bex, tratei de vasculhar a caixa de medicamentos à procura de algo para tratar sua queimadura que deixava uma enorme mancha avermelhada sobre a sua pele extremamente pálida. Seus olhos me seguiam curiosos, os pés que mal alçavam o chão balançavam impacientes me arrancando uma risada interna. Algo nela era fofo; por mais que tentasse esconder.

— Desastrada. — Sussurrei para Bellatrix enquanto pressionava sobre a palma de sua mão um pano umedecido com água fria. — Segure. — Pedi e ela segurou, me esquivei para o lado e alcancei a pomada para queimaduras, logo voltando a pressionar o pano sobre a sua pele.

— Vai devagar seu merda. Que indelicadeza. — Reclamou me dando um tapa no ombro com a sua mão livre. Eu revidei lhe dando outro mais leve em sua coxa, Bex me olhou surpresa.

— Bateu, levou. — Me expliquei dando uma piscadela, que logo foi substituída por um gemido por conta do segundo tapa que levei. — Bellatrix?! — A encarei assustado enquanto gemia em meio a risada que escapava.

Ela riu.

— Eu bato por último, filho da puta.

Lhe dei mais um tapa estalado na canela.

— Eu que bato por último. — E quando íamos começar novamente a disputa de tapas, a voz de alguém surgiu na porta.

— O que houve, querida? — Jane apareceu no escritório segurando uma bandeja ainda carregada de comida. Rapidamente apoiou a bandeja sobre a mesa e veio até nós, limpando as mãos sobre o seu avental branco.

— A esperta derramou café quente na própria mão. — Murmurei ainda prestando atenção na lambança que eu estava fazendo na mão de Bex.

Ouvi alguns resmungos, provavelmente xingamentos. A garota se remexeu sobre a poltrona incomodada pelo meu toque em seu machucado.

Porra, eu literalmente não tinha jeito com aquilo.

Bex sugou o ar com força assim que toquei a parte mais sensível de sua queimadura. Abri um meio sorriso como um ar de desculpa. Consegui ouvir um "desgraçado" saindo de sua boca, a encarei quase lhe repreendendo e em troca recebi um olhar furioso, eu quase pude ouvir mentalmente sua voz dizendo: "vou te socar". Com uma feição maldosa, joguei ainda mais pomada – mais necessariamente o tubo inteiro.

— Você está fazendo isso de propósito, seu maldito. — Me empurrou com os pés, fazendo-me desequilibrar e cair de bunda no chão.

— Bex?! — Jane esbravejou. — Ora, mas que garota danada. – Por estar totalmente alheia a nossa troca de farpas, a senhora me puxou pelos braços na tentativa de me levantar.

— Eu tinha que deixar a mão dessa garota começar a criar bactéria. É uma ingratidão, não é Jane? — Mantive um tom de voz sínico.

Jane balançou a cabeça concordando.

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