CAPÍTULO 26

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THEODORA


— Há seis dias, quando cheguei aqui, eu apenas via vocês como um negócio, que me daria a chance perfeita para fugir. Mas, com o passar dessa semana que convivemos juntos, eu fui me apegando a vocês. Eu não quero ir embora. Quero ficar aqui, mas eu não posso, porque é muito perigoso e não quero ver vocês dois se machucarem se o Jaime descobrir, e ele vai descobrir em algum momento, que estou morando aqui.

— Não se preocupe, Bonequinha. A gente sabe se cuidar – Apolo disse dando-me um sorriso.

— Ele é mal, muito mal. Vocês não têm ideia.

— Não pense nisso, ok? Se quer ficar aqui com a gente, então fique e nos ajude com a bebê. Nós vamos dar um jeito de te deixar segura, longe daquele desgraçado.

Jacob se levantou do chão, sentando-se na beirada da cama, ao meu lado. Ele então me abraçou por sobre o ombro e beijou o alto da minha cabeça.

— Obrigada – falei pegando na mão do Apolo, que logo beijou o dorso da minha – Eu gosto muito de vocês dois, de estar aqui e compartilhar momentos que eu nunca tive na vida, mas eu acho que não estou apaixonada como vocês. Me desculpe, Mozão... Ursinho.

— Tudo bem, Bonequinha – eles disseram juntos.

— Nós nem sabemos se o que estamos sentindo é paixão mesmo. Pode até ser o mesmo que você sente pela gente, porque nós também gostamos muito de ter você aqui – complementou Apolo.

— E também nos apegamos a você... com supercola – acrescentou Jacob, nos fazendo rir – Vem, vamos tomar café da manhã.

Assenti, então eles se levantaram, sendo seguidos por mim e ambos me deram um abraço simultâneo.

— Ok, gente. Chega de abraço, porque eu tô morrendo de fome – murmurei segundos depois.

— Nossa Bonequinha voltou! – exclamou Apolo, fazendo-me rolar os olhos e sair do quarto, com ambos ao meu encalço.


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Depois do café da manhã, eles foram trabalhar. Jacob foi dar plantão no hospital, já o Apolo foi para duas sessões de fotos, onde o mesmo trabalharia como modelo.

Enquanto a mim, depois de jurar muito a eles de que eu estaria aqui quando os mesmos voltassem, fiquei em casa e passei o dia no meu quarto, variando entre mexer no notebook, no celular, assistir filmes na TV e cochilar algumas horas.

Quando eles voltaram, eu me encontrava na cozinha, fazendo o nosso jantar, ou melhor, tentando fazer algo comestível, mas o meu macarrão não estava com uma aparência muito boa, além do lugar todo se encontrar bagunçado.

— ALGUÉM CHAMA OS BOMBEIROS, QUE A CASA ESTÁ PEGANDO FOGO! – escutei Jacob gritar, antes de eu olhar para trás há tempo de ver os dois adentrando o cômodo – Ah, não... é só a Bonequinha na cozinha.

Um Jeito Estranho de Amar + Cenas InéditasOnde histórias criam vida. Descubra agora