Capítulo 4:Encontro Frente à Frente.

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    As garotas já estavam prontas para entrar no carro. O motorista abriu o porta-malas e Bo Ra teve que colocar todas as malas de In Ha no carro.

- Oh, garota! Toma cuidado com a minha mala, aí dentro têm coisas que valem mais do que a sua dignidade... Se é que você tem alguma, depois do que fez. Duvido muito!

Antes que a garota pudesse prosseguir com seus insultos, Bo Ra deu-lhe um tapa no rosto. In Ha levou um susto e colocou a mão sobre a face que ardia com o tapa. Os olhos arregalados cheios de ódio fuzilaram-na:

- Sua maldita, como ousa bater em mim?! Você... - disse, fazendo uma pausa e puxando Bo Ra pelo colarinho da roupa com força – Foi você quem arruinou o casamento do meu irmão, sua maldita! E ainda tem coragem de me bater? De onde tirou a ideia de que estragar a vida intima das pessoas é algo ''comercializável''? É assim de onde você vem? Esses insultos não são nada comparados com o constrangimento que causou à minha família!

In Ha a soltou e a encarou com um olhar enfurecido.

- Sinto... Muito... - murmurou, desviando o olhar e sentindo o peito doer. A culpa tomava conta do seu ser.

Choi In Ha devolveu o tapa com uma intensidade maior. As duas trocaram olhares e em silêncio permaneceram o caminho todo de volta para a empresa.

O carro preto estacionou em frente à entrada da empresa, onde fotógrafos, seguranças e Gary Choi aguardavam para recepcionar Choi In Ha. Os seguranças estavam em fila e curvaram-se quase que ao mesmo tempo. Bo Ra estava no banco da frente ao lado do motorista, que a encarou para que ela saísse primeiro, e assim o fez.

Saiu do carro cuidadosamente, e quando estava prestes a abrir a porta para In Ha, ouviu alguém ao fundo dizer "Ei, é a garota que arruinou o casamento de Gary Choi". Logo as lentes foram apontadas para ela, a agitação ficou maior e, assim que In Ha saiu do carro antes que Bo Ra pudesse abrir a porta para ela, repórteres a cercaram questionando o motivo pelo qual alguém estaria com a garota que arruinou o dia que deveria ser o mais especial de seu irmão. Outros perguntavam a Bo Ra sobre o escândalo das fotos, a questionando o porquê as havia manipulado.

- Meu irmão, como o atleta carismático e amado pela nossa Coreia, resolveu dar uma segunda chance à garota, para que a mesma pudesse se redimir. E vejam que engraçado... ela até recebe para isso! - disse ironicamente, arrancando algumas risadas dos repórteres e outros presentes no local - Meu irmão é muito gentil e firme. Quanto a mim, estou retornando da França para retomar meu posto na empresa, e quem sabe retornar às minhas atividades na minha carreira. E, claro, porque meu irmão estava morrendo de saudades!

Seu cabelo liso e comprido brilhava à medida que alguns raios de sol batiam nele. Ela não gostava de usar muita maquiagem, então estava sempre o mais natural possível. Olhou para o irmão e sorriu enquanto ele retribuía o sorriso, estendeu os braços e caminhou até a irmã caçula, dando-lhe um abraço apertado. Park Bo Ra tentava se aproximar daquela multidão exaltada com a presenças dos irmãos, e até mesmo esqueceram que a garota estava ali, a empurrando sem parar.

Enquanto a multidão impedia sua passagem, ela resolveu apenas se sentar na calçada e esperar, enquanto mexia no celular distraidamente.

Por fim, os dois acenaram uma última vez antes de adentrarem, e aos poucos a multidão foi se dispersando. Bo Ra, ao notar que todos já haviam ido embora, ficou desesperada. Logo imaginou Gary apontando para seu maldito relógio, gritando junto à irmã. Só de imaginar, já se arrepiou completamente.

Correu para dentro da empresa. Passando o grande salão, tentou passar pelas catracas mas foi barrada, afinal não tinha um crachá para entrar. Ela insistiu para que falassem diretamente com Gary Choi, mas a recepcionista riu diante do pedido, examinando-a de cima a baixo sem qualquer discrição.

Park Bo Ra já estava cansada de ser maltratada por pessoas que pensam que ter condições financeiras melhores que a dela davam-lhes o direito de tratá-la daquela forma.

Após ver a desfeita da recepcionista, invocou-se e decidiu fazer uma bela cena bem ali:

- Como você pode falar assim comigo?! Monstro! Eu estou GRÁVIDA!!! - seu grito ecoou no salão, fazendo com que todos se voltassem para ela. - Gary Choi, como ousa deixar esse bebê em minha barriga???

Gary ChoiOnde histórias criam vida. Descubra agora