Capítulo 8: O Passado de Park Bo Ra.

181 20 2
                                    

Alguns dias se passaram desde que Park Bo Ra havia começado a trabalhar...

- Então quer dizer que você leu o diário da sua secretária? Bem, você disse que ela estava com remorso sobre o ocorrido, não é? – perguntou, enquanto batia a mão sobre um dos braços do sofá, inquieta.

- É o que parece! – respondeu, sem nem sequer ligar para a inquietação da irmã.

- Hm, e o que planeja fazer sobre isso?

Ele, que estava sentado de frente para In Ha, deu um pulo do sofá e começou a caminhar de um lado para o outro em sua sala. Se lembrou da promessa de transformar a vida da garota em um inferno e sentiu-se mal, pois sabia que alimentar aquele sentimento faria com que a garota sofresse, depois de tudo. Fechou os olhos, parando no meio da sala enquanto sua irmã o observava em silêncio aguardando sua resposta, então a imagem de sua amada veio em sua cabeça, e aquilo fez com que tomasse a decisão:

- Não irei fazer nada, apenas irei fazê-la se apaixonar por mim. Um amor unilateral!

Por impulso, Choi In Ha levantou com os olhos arregalados, encarando o irmão seriamente.

- ''Fazê-la se apaixonar"? Sabe que com esse tipo de coisa não se brinca. E se ela começar a amar você de verdade, o que fará a respeito? Vai mesmo despedaçar o coração daquela pobre garota?!

- Eu vou, e daí?! Ela também despedaçou o meu no dia que era para ser em tese o dia mais feliz da minha vida! – esbravejou, se virando bruscamente.

- Oppa!! - gritou, os olhos marejados. As palavras entaladas na garganta não permitiam que ela dissesse a verdade para seu irmão, que ela teve que fazer aquilo, a pior coisa seria condenar alguém a ficar com alguém que não ama.

As lágrimas caíram a contragosto. Ela rapidamente limpou o rosto, pegou sua bolsa e foi embora. Gary Choi bufou e com raiva começou a jogar as coisas de um lado para o outro sem pensar em cima da sua mesa. Naquele dia Bo Ra estava de folga, então o resto do dia Gary Choi passou trancado em sua sala, sem nem sequer sair para comer.

***

No dia seguinte, o sol invadiu a janela do quarto de Bo Ra, que estava sonolenta quando pegou o celular para ver o horário. Já eram 9:30. Ela deu um pulo e correu para se arrumar. O celular começou a vibrar com uma ligação. Bo Ra fechou os olhos, afastando o telefone com medo de ser seu chefe grosseiro. Ao atender, se surpreendeu ao reconhecer a voz:

- Ei chingu, como está? - era Yoona, super animada.

- Oh! Que susto, achei que fosse outra pessoa...

- Quem?

- Ah, ninguém, esqueça. Mas diga lá, o que manda?

A amiga ficou em silêncio, o que despertou a curiosidade de Park Bo Ra, que ficou ansiosa.

- Então... Joo-Hyunk Oppa, encontramos ele trabalhando em uma cafeteria!

Ouvir aquele nome causava arrepios na garota, que se sentou na beirada da cama com a mão sobre o peito para tentar acalmar o coração.

- Joo-Hyunk Oppa...? - balbuciou.

- Vamos nos encontrar depois do serviço, sim? Te mando o endereço, beijo! - Yoona falou bem rápido, para que a amiga não tivesse tempo de rejeitar a oferta, e assim desligou em seguida.

- Espera, o quê?! Alô...? - respirou fundo e, quando voltou a olhar o relógio, teve que correr para terminar de se arrumar. Quando saía de casa com um pedaço de torrada com geleia na boca, se deparou com um carro muito chique estacionado em frente à sua casa. De repente alguém saiu dele, era Choi In Ha, que agora tirava os óculos de sol.

Gary ChoiOnde histórias criam vida. Descubra agora