Capítulo 11: Um Gosto Amargo.

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        Bo Ra adentrou o local mantendo seu olhar fixo em Gary Choi, que trocava olhares com o Senhor Wang. O mesmo sorria de uma maneira irônica.

        - A senhorita Choi me contatou e conversamos bastante. Ela resolveu vender o aplicativo para mim!

      - Ela decidiu o quê...? Senhora Choi? Como é o negócio?

      - E tem mais! - interrompeu - Eu só aceitarei investir na sua carreira se casar com ela!

      Soltando o ar, o garoto se levanta e faz um sinal com a cabeça indicando que gostaria de falar à sós com o velho homem. Com ajuda de Park Bo Ra, ele se levantou com certa dificuldade. Eles ficam do lado de fora. Gary, todavia, sentia a cabeça girar com a cena que presenciara.

      - Casamento...? Isso é sério, Senhor Wang? – disse com um sorriso sem graça, totalmente incrédulo.

      O homem que a pouco sorria endureceu as feições, olhando como se fosse devorar o pobre garoto.

      O homem que a pouco sorria endureceu as feições, olhando como se fosse devorar o pobre garoto

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            - Hwang Jung-eum, minha filha... Achei que finalmente a esqueceria se casasse com aquela garota. Ela tem o que eu quero e você quer algo de mim também. É uma parceria, é assim que funcionam casamentos arranjados! - ele esbraveja.

          - Senhor Wang, eu... - Gary tenta falar, mas a voz falha ao ouvir aquele nome do passado assim, tão repentinamente

          - Já está na hora de deixar o passado para trás, afinal somos velhos amigos, não é mesmo? - o homem suspira, cabisbaixo - Eu não podia fazer isso com a minha filha preciosa, espero que você entenda. Sei que não guardará ressentimentos!

         Ele dá tapinhas no braço de Gary antes de se retirar. Ao ver a silhueta se perder no corredor, o tenista entra com tudo na sala e vê Bo Ra tomando chá calmamente. Aquilo faz o sangue de Gary ferver. Em um gesto impensável ele arranca a xícara da mão dela e arremessa contra a parede com força, fazendo o líquido e os fragmentos de porcelana se espalharem.

         - Fala sério garoto, qual o seu problema?! - a garota irritou-se, tentando secar a roupa dos respingos de chá quente.

         - O meu problema se chama Park Bo Ra!!! Ou será que devo chamar de Choi Bo Ra? - ele diz rindo ironicamente, porém carregando consigo uma enorme indignação.

        - Apenas Bo Ra já é suficiente. - diz, retribuindo a ironia.

       Ele a agarra pelo braço, fazendo a garota soltar um pequeno gemido de dor, assustando-a pelo movimento repentino.

        - Por que está fazendo isso? De onde tirou a ideia de que eu irei me casar com você? Até quando você vai arruinar minha vida...? – seus olhos estavam arregalados em chamas, as veias de sua testa estavam saltadas e seu rosto começara a enrubescer de tanta raiva.

        Com força ela puxa o braço se livrando dele.

       - Casamentos são assim no seu mundinho de rico, não são felizes. Aquela garota teve muita sorte de não se casar com um lixo como você, Gary Choi. Você é um babaca que se acha, então ao em vez de gritar e perder a cabeça - ela faz uma pausa tentando se acalmar - prepare-se para fazer uma declaração à mídia da melhor forma possível! - levantou-se da mesa e saiu da sala, sem antes encarar Gary.

     O corpo tremia enquanto andava, os pés começam a reclamar naquele salto apertado e desconfortável. Ela caminhou até parar em um ponto ao lado de uma avenida. Ao longe ela vê um rapaz de costas, acenando para uma jovem que entra num táxi. Ao se virar, ela o reconhece de imediato: Nam Joo-Hyunk.

      Naquele momento estava sem forças para se esconder dele, apenas decidiu continuar caminhando enquanto encarava o chão, até sentir seu corpo se chocar com outro. Era ele.

     - Por que está aqui Park Bo Ra? Como sabia que eu estaria aqui? Por acaso você... – o garoto começou a bombardeá-la de perguntas.

       Sem dizer nada ela seguiu adiante, ignorando-o, em passos lentos e com o coração em pedaços.

      - PARK BO RA! - ele grita com toda a força de seus pulmões.

      Lentamente a garota se vira, com os olhos marejados.

     - Não, dessa vez não, Joo-Hyunk... Eu parei de arruinar a vida das outras pessoas. Em vez disso estou arruinando a minha própria! - Ela sorriu enquanto falava, mas aquele sorriso carregava tristeza.

      Aquele olhar, aquela dor... fez com que lá no fundo Nam Joo-Hyunk sentisse o coração apertado.

     - Finalmente você está pagando pelo mal que me fez e a muitas outras pessoas. Eu me arrependo de algum dia ter te chamado de amiga!

     - Você nunca irá me perdoar, não é mesmo?

      - Não. Não é só pela mágoa do passado, e sim as decisões posteriores que fez até chegar a este ponto!

       A garota ri enquanto suas lágrimas caem umas sobre as outras.  

      - Eu só queria o seu perdão. Eu não conseguirei seguir em frente enquanto você não me perdoar, Joo-Hyunk. - ela se aproxima e gentilmente coloca a mão sobre seu peito, e em seguida é empurrada.

    - Então você nunca seguirá em frente, se depender de mim! – respondeu com repulsa, dando as costas e aos poucos se afastando de Bo Ra, que por sua vez mantém o olhar fixo no chão.

    - Choi In Ha – ela diz, enquanto ele pára, mas não se vira - é uma boa garota, eu desejo felicidade, de verdade!

     Bo Ra se abaixa, retirando os sapatos que tanto a machucavam e fica descalça, enquanto volta a caminhar seguindo seu rumo. Nam Joo-Hyunk permanece parado de costas. Quando se vira, vê a silhueta de Bo Ra sumir.

    - Sua boba, por que está descalça? Pode ficar doente assim... - diz para si mesmo, com os olhos marejados.

 -  diz para si mesmo, com os olhos marejados

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Gary ChoiOnde histórias criam vida. Descubra agora