| E é por isso que amigos devem dormir em camas separadas
E os amigos não devem me beijar como você me beija
Eu sei que há um limite para tudo
Mas meus amigos não me amam como você
Meus amigos nunca vão me amar como você. |
Uma história orig...
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_ Aiko? - o médico pergunta assim que sai do quarto e nós três levantamos - Ele está chamando a Aiko - ele sorri.
_ Sou eu - dou um passo à frente.
_ Seu namorado é bem teimoso, mas ele vai ficar bem.
Eu poderia explicar ao médico que não sou namorada dele, assim como eu sempre faço, mas estou tão preocupada que apenas agradeço e adentro o quarto.
A primeira coisa que vejo é as costas nuas do Johnny, seu ombro esquerdo está enfaixado, assim como seu braço também. Desço mais o olhar e percebo que seu tornozelo direito também está enfaixado. Sinto meus olhos marejarem e minha garganta se contrai mais uma vez. Assim que ele percebe a minha presença, o mesmo se senta na beirada da cama e sorri para mim. O vendo agora de frente, consigo observar que em seu rosto tem alguns pequenos arranhões.
_ Eu te odeio tanto! Quantas vezes já te falei para não sair de moto? Você nunca me escuta! - esbravejo indo em sua direção.
_ Não foi nada demais...
_ Como não John? Você está parecendo uma múmia de tanta faixa! - aponto para seu braço esquerdo - Você tem noção em o quão preocupada eu fiquei John? Eu estava quase surtando lá fora e você me fala que não foi nada demais? Como não? - entre os soluços levo minhas mãos ao rosto tentando abafar e esconder meu rosto - Eu te odeio!
_ Se você falar isso mais uma vez vou acabar acreditando.
_ É para acreditar mesmo! - tiro as mãos do rosto - Eu te... - antes de eu completar a frase ele me puxa, com seu braço direito, para o seu peito.
_ Me desculpa - ele pede enquanto afaga os meus cabelos - Eu não queria te preocupar, só me desculpa por favor.
Com um pouco de cuidado, envolvo seu tronco com os braços, na tentativa de me certificar que ele realmente estava ali e que estava bem. Sinto o calor de seu corpo aquecer o meu, e logo sua fragrância já está impregnada em minhas narinas. Aos poucos meus soluços vão cessando e meu coração volta a bater calmamente, ao contrário do dele que parece querer sair do peito.
_ Por que está com o coração acelerado? - pergunto com a voz um pouco rouca.
_ Não sei... - ele suspira.
_ Me desculpa - fungo e aperto mais seu corpo - Eu não te odeio, só estou com medo...
_ Medo? - ele me afasta de seu corpo - Eu estou aqui e estou bem. Por que ainda está com medo?
_ Eu não sei - minha voz embarga novamente - Eu não odeio você, odeio o medo que você está me fazendo sentir - olho para cima, na tentativa de impedir as lágrimas de caírem - E eu odeio, odeiar sentir medo!
_ Ei - ele se levanta e me encara - Eu estou aqui, não vou fazer você sentir medo, nunca mais, eu pro... - o interrompo.
_ Não promete nada, por favor - olho em seus olhos e o mesmo concorda.
_ Me desculpa por fazer você sentir medo - ele novamente me puxa para perto - Apesar de eu estar parecendo com uma múmia, eu estou bem, juro.
Acabo sorrindo com o seu comentário e ele leva sua mão à minha bochecha.
_ Gosto muito mais de ver você sorrindo do que chorando - ele sorri.
Assim que meus olhos caem em seu sorriso, sinto uma sensação estranha em meu estômago, uma espécie de formigamento, não sei explicar ao certo que sensação é essa, mas é algo totalmente desconhecido por mim. Onde sua mão está tocando começa a queimar e estranhamente sinto leves choques também.
O que está acontecendo?
_ Então é só você não me fazer chorar - rio tentando ignorar essas sensações estranhas.
_ Eu, príncipe John Seo, lhe dou a minha palavra que não vou te fazer chorar de novo - ele estende a mão direita, como se estivesse fazendo um juramento.
_ Johnny, eu já te falei para não prometer o que você não pode cumprir - cruzo oe braços rindo um pouco.
_ Poxa - ele se senta na cama - Posso te fazer chorar só de felicidade. Pode ser? - dou risada e nego com a cabeça.
_ Olha você ai se contradizendo já, acabou de dizer que não ia me fazer chorar - arqueio a sobrancelha e ele faz um bico.
_ Eu disse que ela estava brigando com ele - ouço a voz do Mark.
_ Cala boca idiota! - Yuta exclama e então eu me viro, dando de cara com os cinco patetas na porta.
_ Você ainda vai brincar muito com ele? - Jaehyun pergunta um pouco manhoso.
_ Não, acho que já está bom por hoje - sorrio me virando para o Johnny novamente - Você não acha?
_ Amanhã você continua - ele pisca para mim e eu concordo.
_ Isso! Adorei a idéia - Winwin se pronuncia.
_ Mas diz ai múmia, como veio parar aqui? - Jaehyun pergunta e eu dou risada.
_ Você também Jaehyun? - Johnny bufa - Deve ser mal de família, não é possível meu Deus - os meninos dão risada.
_ Ela também te chamou de múmia? - Mark pergunta rindo.
_ Pode ter certeza que sim - Yuta responde entre risos.
_ Ela não perderia uma oportunidade dessas - agora foi a vez de Ten.
_ É do sangue já - Jaehyun completa.
_ Esquenta não Johnny, você têm a vida inteira para se acostumar com isso - Winwin afirma e todos concordam.
Por que eu acho que essa frase teve um duplo sentido?