76.《Um bolo》

888 68 12
                                    

⚜Jung Aiko On⚜

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

⚜Jung Aiko On⚜

_ Ele não vai ligar? – Johnny boceja ao apoiar a cabeça nas costas do sofá.

_ Ele tem que estar tendo uma noite muito boa pra estar demorando desse jeito. – Jaehyun murmura de olhos fechados.

_ Não podemos ir dormir? – pergunto manhosa – Eu estou com sono. – choramingo.

_ Só precisamos esperar mais um pouco. – Jaehyun murmura mais uma vez.

Ao ter meus olhos sobre ele, vejo que em questão de minutos ele vai estar realmente dormindo já que parece estar totalmente confortável no sofá. Já Johnny parece um pouco desconfortável a julgar por sua postura.

Meus olhos pesam de uma maneira absurda, então aproveito para empurrar o corpo do meu namorado até que ele esteja deitado, por fim me aninhando ao seu corpo.

_ Vamos só cochilar um pouquinho. – digo ao descansar minha cabeça em seu peito, em resposta seus braços rodeiam meu corpo.

Por mais que eles prometeram esperar Winwin ligar, já são quase meia noite e nós não temos nenhuma noticia do chinês e julgar pela rotina dos outros, tenho certeza que eles estão na mesma situação que nós.

[...]

_ Querida. – uma voz suave parece sussurrar – Vocês precisam acordar.

_ Só estamos cochilando enquanto o Winwin não liga. – com um pouco de dificuldade consigo falar.

_ Ele não vai ligar. – agora o dono da voz balança meus ombros – Vocês precisam acordar ou vão se atrasar.

_ Pai... – resmungo e abro os olhos.
Mesmo sentindo um incomodo nos olhos por conta da claridade, consigo ver meu pai de terno e estranhamente bem arrumado.

_ A Srta. Kim te chamou pra sair a essas horas da madrugada? – questiono e ele ri.

_ Não é madrugada, meu amor. Já amanheceu e vocês precisam se arrumar ou irão perder a primeira aula.

_ O que? – arregalo os olhos e tento me levantar, mas os braços de Johnny me impedem – Ele não ligou? – me solto do aperto do meu namorado, esse que resmunga mas não acorda.

_ Vai ver a noite dele ainda não terminou. – papai da de ombros e faz um carinho em meus cabelos, tenho certeza que ele está todo bagunçado – Acorde seu irmão e o Johnny, ou vão realmente se atrasar. Eu já estou saindo. – nossa diferença de altura não é tanta, porém ele curva sua cabeça para deixar um beijo em minha bochecha – Tenham um ótimo dia.

Fico de pé por alguns instantes até conseguir raciocinar ou pelo menos acordar de vez, e quando isso acontece sinto os músculos das minhas costas doerem, assim como meu pescoço.

Ainda atordoada, acordo primeiro Jaehyun, ele ao contrario de mim parece ter tido uma ótima noite de sono, então ele rapidamente já está de pé indo para seu quarto para poder se arrumar.

Johnny também não foi muito difícil de ser acordado, mas diferente de Jaehyun, ele reclama das costas doerem e diz que nunca mais irá dormir em um sofá junto comigo.

Subimos para meu quarto e eu mando ele tomar banho primeiro enquanto procuro roupas tanto para mim quanto para ele. Por sorte, assim como tenho roupa na casa dele, ele também tem algumas peças de roupas perdidas entre as minhas roupas, então depois de levar as roupas até o banheiro, separo as minhas roupas. Deixo a calça jeans clara, uma blusa de mangas compridas branca e um sobretudo quadriculado de preto e branco, sobre minha cama e após me Johnny sair do banheiro parcialmente vestido, entro no banheiro para fazer minhas higienes e tomar banho.

Como sabia que não tínhamos tanto tempo não demoro muito e ao sair do banheiro não vejo mais o moreno alto ali. Coloco a roupa escolhida, aproveito para calçar os tênis e passar um pouco de maquiagem, apenas para tentar melhorar meu humor.

_ Ele nem se deu ao trabalho de visualizar alguma mensagem. – ao me aproximar da cozinha ouço a voz de Jaehyun.

_ Claro, todo mundo deve ter ficado esperando. – Johnny debocha – Imagina quantas mensagens não tem. – quando entro no ambiente vejo os dois sentados em frente ao balcão tomando cada um uma xícara de café.

_ Eu espero que tenha sido a melhor noite da vida dele, porque graças a ele minhas costas estão doendo muito. – indago pegando uma xícara e colocando um boa quantidade de café.

_ Ah, para, vocês estão no lucro, dormiram agarradinhos. – Jaehyun sorri.

_ Você fala isso porque nunca dormiu com a Aiko em um sofá. – o mais alto leva a mão até a nuca – Eu definitivamente não recomendo.

_ Não é culpa minha. – coloco um biscoito na boca – É tudo culpa do Winwin!

_ Que seja. – Jaehyun da de ombros e se levanta – Se ela não matar ele hoje, outra pessoa vai. – aponta para mim quando me sento no lugar que ele ocupava antes.

_ Eu mato. – Johnny também não parece de bom humor.

_ Matem ele mas não se matem. Eu já vou indo porque vou passar na Nara. – ele avisa antes de sair da cozinha.

_ Você está com muita dor? – levo minha mão até o ombro do moreno ao meu lado e ao apertar levemente, percebo que seus músculos estão rígidos.

_ É que a gente não se mexeu durante a noite, acho que é dor de ficar na mesma posição. – conforme ele fala me levanto e me coloco atrás dele – Termina de tomar seu café primeiro.

_ Eu tomo no carro. – antes de colocar minhas mãos por dentro da sua camiseta me certifico se elas estão muito frias, mas elas até que estão parcialmente quentes.

Não sou a melhor pessoa em fazer massagem, mas tento o meu máximo. Por mais que ele não esteja reclamando tanto quanto eu, só de sentir seu musculo percebi que o incomodo é maior nele do que em mim.

Não podemos nos dar ao luxo de ficar muito tempo na cozinha, uma vez que temos horários a cumprir.

_ Obrigado, me sinto bem melhor. – suas mãos moldam meu rosto – Fico te devendo uma massagem.

_ Eu vou cobrar o mais rápido possível. – sorrio.
Delicadamente ele une nossos lábios em um selar calmo. Nossas línguas dançam uma valsa sincronizada e sem pressa alguma, como se realmente tivéssemos todo tempo do mundo. Uma de suas mãos solta meu rosto e vai até o fim das minhas costas, me trazendo para mais perto de si, me permitindo sentir por completo o calor de seu corpo.

Apesar de termos consciência sobre o curto tempo que temos, a necessidade de nossos toques parece ser muito maior do que qualquer outra ideia ou responsabilidade que temos.

Com um movimento rápido e um impulso, ele me coloca sentada sobre o balcão que antes tomávamos café. Seus lábios distribuem breves selares por minha mandíbula até por fim pararem em meu pescoço, mordiscando a pele sensível. No momento que minhas mãos alcançam a barra de sua camiseta o toque frenético de seu celular nos trás de volta a realidade.

_ Se for o seu irmão de novo, eu juro que mato dele. – sua voz está mais grave do que o normal e isso me afeta de um modo absurdo, já que sinto minha intimidade contrair.

_ Merda. – resmungo desapontada.

_ O que você quer Yuta? – Johnny pergunta impaciente e em seguida suspira – Nós já estamos chegando.

_ O que aconteceu agora? – questiono quando ele guarda o celular no bolso novamente.

_ Eu tenho uma prova na primeira aula. – ele respira fundo – Vamos ter que deixar isso pra outra hora. – um bico se forma em seus lábios me fazendo sorrir.

_Com certeza terminamos em outra hora. – deixo um selar em seu bico – Agora vamos, se não você vai perder a prova.

Ele apenas concorda e então, depois de pegar minha bolsa, entramos em seu carro que vamos, finalmente, para faculdade. Não demoramos muito para chegar e por sorte conseguimos uma vaga perto do prédio principal, onde ambos teríamos a primeira aula.

Por estarmos encima da hora, não procuramos nossos amigos e vamos cada um para sua sala.
Como sempre Areum já estava na sala e assim que me vê passando pela porta seu sorriso se abre. Como esperado da japonesa, ela estava impecável como todos os outros dias, os cabelos pretos e extremamente lisos estão divididos ao meio, tendo uma pequena presilha prendendo um pequena parte da sua franja.

_ Você não parece tão feliz quanto ontem. – ela ri quando me sento ao seu lado.

_ Meu dia começou bagunçado e quando achei que fosse melhorar... – suspiro – Acho que hoje o Johnny mata o Yuta.

_ O que ele fez dessa vez? – ela segura a risada – Sugeriu trisal de novo?

_ Ele só usou o celular. – balanço a cabeça – Nada demais.

_ E com o SiCheng? Como foi o encontro? – ela parece curiosa e eu mais uma vez suspiro.

_ Eu também quero saber como foi. – tiro meu caderno e livro de dentro da bolsa – Ele deixou todo mundo plantado esperando pra no final sumir.

_ Ele não sumiu não. – ela nega – Vi ele comprando café e algumas rosquinhas hoje, a proposito, ele chegou bem cedo.

_ Ele estava feliz? – questiono e me aproximo dela – Ele estava com cara de quem... Você sabe, que teve uma boa noite?

_ Não sei se aconteceu isso que você está pensando. – ela ri – Mas ele parecia mais fofo do que nunca hoje.

_ Eu espero que tenha dado tudo certo pra ele, nunca vi o Winwin apaixonado e é tão bom vê-lo assim. – sorrio.

_ Ah, esqueci de falar. – ela parece se lembrar de algo – O Yuta e aquele outro moço, que usa óculos redondo as vezes, eles estavam juntos com o SiCheng.

_ Eu provavelmente serei a ultima a saber. – bufo – Yuta vai contar para o Johnny, o Mark vai contar para o Jaehyun e com certeza o Chittaphon já sabe, então a Nara e o Taeyong já deve saber também. – reviro os olhos – Até o Doyoung deve saber também.

_ Tadinha. – ela faz um bico ao fazer carinho no meu cabelo – Só não esquece de me contar, por favor.

_ Que tal você saber junto comigo? – arqueio um das sobrancelhas.

_ Como? – ela ri.

_ No intervalo, vamos juntas saber. – afirmo e ela arregala os olhos.

_ Mas o Yuta vai estar lá também. – sua cabeça balança de um lado para o outro – Eu não vou não.

_ Ah vai sim! Vamos estar lá para saber o que rolou com o Winwin e não pra ver o Yuta. – garanto – Não aumenta o ego dele nesse nível, pelo amor de Deus.

[...]

Os três primeiros horários passam ligeiramente rápidos, então assim que o professor de Artes Moderna sai da sala eu e Areum juntamos nossas coisas para ir até o refeitório.

Durante as aulas ela me fez diversas perguntas e sempre questionava se seria uma boa ideia ela ficar junto comigo e os meninos.

Quando chegamos ao refeitório vejo todos sentados na típica mesa que ficávamos, então caminho a passos largos. Eles não parecem perceberem minha presença, já que quando paro ao lado da mesa a primeira a sorrir é Nara.

_ Meninas! – ela acena animada mas depois leva a mão na boca segurando a risada – Winwin, você está ferrado.

_ Antes de mais nada, meninos, essa é Areum, Areum esses são as pessoas que me tiram do serio todos os dias – sorrio irônica e a menina ao meu lado se curva.

_ Eu já ouvi tanto sobre você que parece que te conheço a anos. – Chittaphon diz simpático fazendo Yuta engasgar – Claro, quem conta sobre você é a Aiko, não pense besteiras. – ele pisca em direção a menina que tem as bochechas coradas.

_ Eu também ouço muito sobre vocês, bastante mesmo. – apesar de parecer tímida sua voz é completamente audível por todos.

_ E é por isso que estamos aqui. – empurro Yuta para cima do meu namorado no intuito de conseguir espaço para eu e Areum sentarmos – Eu quero cada detalhe da sua noite, Dong SiCheng, porque eu estou sabendo que sou a única que não sei de nada.

_ Não aconteceu nada demais. – o citado da de ombros e depois abre um sorriso – Seja bem vinda Areum, peço que desconsidere o vocabulário chulo que alguns usam e não dê bola para os diálogos inapropriados e sem nexo, isso é completamente normal por aqui.

_ Vocabulário chulo? – Mark parece indignado.

_ Ele parece um estudante de literatura. – Taeyong ri.

_ Diálogos inapropriados? – ameaço levantar e ele se encolhe – Conta logo de uma vez, estamos curiosas.

_ Segura sua namorada! – o chinês exclama olhando para Johnny.

_ SiCheng, conta pra gente por favor. – Areum pede educadamente – Ela não falou de outra coisas desde que chegou. Estamos realmente curiosas.

_ Meu Deus que fofa. – Nara aperta suas próprias bochechas com as mãos enquanto olha pra Areum, essa que está sentada ao seu lado.

_ Ela é tão educada. – Chittaphon faz o mesmo – Se ele não contar eu conto, ela merece saber.

_ Só ela? – questiono desacreditada.

_ As duas. – o tailandês ri – Ela é educada e fofa, você é brava e fofa. Conta logo SiCheng.

_ Ok, Ok. – ele debruça o corpo sobre a mesa e sorri – Levei ela na Seul Tower, meu lugar favorito desde que cheguei na Coreia. – ele pega folego – Eu contei de como descobri que ela era uma menina e pasmem, mas ela fez o mesmo, exatamente a mesma coisa. Então a gente começou a se conhecer de verdade, no começo parecia uma pesquisa social, mas ela é engraçada. – ao perceber que estava sorrindo, ele para e respira fundo – Quando estava quase dando meia noite resolvemos ir comer e comemos em uma lojinha de conveniência mesmo, ensinei ela a preparar lamen de forma bem coreana e depois a levei pra casa. – ele finaliza.

_ Vocês se beijaram? – eu e Areum perguntamos ao mesmo tempo fazendo os meninos rirem.

_ Impressionante que todos fizeram essa pergunta. – Yuta ri.

_ Sim, eu ganhei um beijo de presente de aniversário. – ele sorri abertamente.

Levo minhas mãos até suas bochechas e aperto elas enquanto balanço sua cabeça.

_ Você é tão fofinho apaixonado. – ele resmunga por estar doendo, então fico seria e paro de balançar sua cabeça mas permaneço com o aperto – Nunca mais esconda nada dela. – suspiro – E nunca mais deixe a gente esperando por informação.

_ Tá bom, tá bom. Agora solta, está doendo. – ele choraminga e eu solto, voltando a me sentar – Eu achava que tinha acontecido mais coisas. – falo com Areum que concorda.

_ Eu também.

_ Mais coisa que isso? – ao meu lado, Yuta questiona.

_ Sim! – respondemos juntas de novo.

_ Realmente, pelo suspense eu achei que seria mais emocionante. – Jaehyun admite e Nara ri.

_ Pelo menos ele deu o primeiro beijo. – ela da de ombros fazendo todos rirem.

_ Ha ha ha ha. – Winwin revira os olhos – Vocês são tão engraçados.

_ Você não tem direito de ficar bravo não. Estamos todos bem putos com você. Eu e a Aiko dormimos em um sofá todo espremidos esperando você ligar. – concordo com o que Johnny diz.

_ Nós também ficamos esperando. – Taeyong diz.

_ Eu não dormi. – Yuta suspira – Não sei se lembram, mas antes da DaiYu aparecer, todos iam para minha casa.

_ O bolo! – Mark exclama – Eu esqueci.

_ Que bolo? – Winwin pergunta curioso.

_ Íamos comemorar o meu e o seu aniversário, lembra? – apesar de parecer não ligar, tenho certeza que Yuta está magoado – Mas nem pensem em ir pra minha casa, eu comi o bolo de café da manhã e minha porta está fechada para todos.

_ Você disse que era pra ir só quando ele ligasse. – Johnny afirma – Fui pra casa da Aiko porque estava esperando ele ligar para todos irem juntos, não pode ficar bravo com a gente.

_ Vocês não são os errados da história.

_ Ele é sempre dramático assim, não liga. – Nara diz para Areum que apenas assente.

_ Você não disse que ia comprar bolo. – mesmo que seus ombros estejam caídos, Winwin não demostra total arrependimento.

E lá vamos nós para mais uma discussão entre Dong SiCheng e Nakamoto Yuta.

_ A graça da surpresa é exatamente essa. – Yuta debocha – Mas só pra deixar avisado, no seu aniversário do ano que vem, vamos fazer uma surpresa, vê se não marca nada, viu?

_ Yuta... – Chittaphon tenta falar mas é impedido por Winwin.

_ Desculpa! Eu realmente não sabia, mesmo que fosse surpresa tenho certeza que você ligaria. – ele parece ser sincero – Eu não fazia ideia que vocês tinham preparado alguma coisa.

_ Quando não preparamos? – Jaehyun questiona e leva uma cotovelada da namorada – Ai.

_ A gente pode comprar um bolo... – Taeyong também tenta intervir na possível discussão.

_ Eu já disse que comi o bolo, minha cota de doce já deu. – Yuta se levanta – Tenho que terminar um projeto, vejo vocês depois.

Assim que ele sai uma onda de suspiros preenchem a mesa. Antes que qualquer um se levante, Johnny se aproxima de mim e deixa um selar na minha testa, alegando que também tem que terminar um projeto e antes de ir por definitivo pede para Winwin não se preocupar com o japonês.

_ Nada melhor que uma discussão logo pela manhã. – Mark suspira – Você vacilou, babaca.

_ E como eu ia saber? – o chinês cruza os braços – Nem pra vocês me avisarem!

_ Eu não sabia que ele tinha comprado bolo. – alego.

_ Eu também não. – Nara concorda.

_ Não sei se entenderam, mas queríamos apenas complementar a noite dele, então, não fazia parte atrapalha-lo. – Chittaphon revira os olhos.

_ Aliás, todos aqui dormiram enquanto esperávamos a Cinderela ligar. – Jaehyun acrescenta.

_ Eu sei que errei, ok? Imaginei que todos estavam dormindo e não quis atrapalhar. – ele admite cabisbaixo.

_ Imaginou certo, até eu dormi, mas o Yuta ficou esperando você ligar pra ele. – Mark suspira e também se levanta – Vocês sabem como o Yuta é sensível, ele só está chateado, mas tenho certeza que amanhã já vai ter esquecido. – antes de sair ele completa – Foi um prazer Areum e desculpa por isso, não somos assim todos os dias, prometo. – ele sorri simpático e então sai por completo, chamando meu irmão antes.

_ É, desculpa a gente por isso. – Jaehyun se levanta – Vejo vocês mais tarde. – antes de ir atrás do colega de curso, ele deixa um selar na loira ao seu lado.

_ Se eu for na casa dele, ele me expulsa, se eu esperar, ele pode ficar mais chateado... O que eu faço? – Winwin questiona.

_ Primeiro que nem abrir a porta pra você ele vai. – Taeyong levanta e se coloca atrás dele – Vamos pensar em alguma coisa enquanto comemos alguma coisa doce.

_ E é assim que se termina um intervalo. – Nara sorri quando vê Taeyong e Winwin se afastarem – Nada melhor do que um drama, não é?

_ Eu sinto muito mesmo Areum, você veio até aqui para ouvir fofoca e vai sair vendo drama de casal. – Chittaphon ri e Areum arregala os olhos.

_ Casal? – ela olha para mim que também dou risada.

_ Brincávamos que Winwin e Yuta eram um casal, porque eles sempre brigam mas nunca se desgrudam. – explico.

_ Acredite, teria sido pior se você não estivesse aqui. – Nara acrescenta – É que o Yuta ficou tímido, mas aquele ali quando quer brigar, sai de perto.

_ Vamos pensar pelo lado bom. – Chittaphon começa – Winwin e DaiYu estão no caminho certo.

_ Achei que você fosse listar outras coisas. – a sinceridade de Areum faz o tailandês rir.

_ Era só isso mesmo. – ele respira fundo – Vocês foram liberadas mais tarde, precisam comer alguma coisa.

_ Antes de voltar pra sala compro alguma coisa. – asseguro e Areum concorda.

_ Não costumo comer nada, então pra mim tanto faz. – ela da de ombros.

_ Pega isso. – ao se lavantar um pouco e estender o braço, Nara pega a maçã que era de Yuta – Ele não mordeu, pode comer.

_ Ele deve estar cheio do bolo. – a japonesa parece suspirar ao pegar a maçã – Ele realmente não dormiu?

_ Mark dormiu na casa dele e disse que quando acordou Yuta continuava na sala, intacto, cabelo penteado e tudo mais. – Chittaphon conta.

_ Todos nós conhecemos muito bem Nakamoto Yuta, ele não gosta de ficar triste ou bravo por muito tempo, tenho certeza que quando chegar do serviço hoje, ele nem vai mais lembrar de nada. – Nara se levanta olhando para o relógio em seu pulso – Preciso ir, meus vinte minutos já se foram.

_ Eu vou junto. – Chittaphon também se levanta – Você, é pra comer mesmo. – ele aponta para mim – E você, Areum, comece a ter o hábito de comer, precisamos nos alimentar bem durante a manhã.

_ Pode deixar. – ela sorri – Foi um prazer.

Quando os dois se afastam, apoio os cotovelos sobre a mesa e deixo minha cabeça descansar nas palmas de minhas mãos.

_ O Yuta é tão sensível assim? – Areum pergunta de boca cheia e eu afirmo.

_ Pelo fato de fazerem aniversário quase no mesmo dia, ele e Winwin sempre comemoraram juntos, então eu meio que entendo ele ter ficado chateado. Pensa, sempre fomos nós, sem exceção, ai chega uma pessoa e muda o curso das coisas, mesmo que por um único dia. – suspiro e encaro ela que parece entretida com o que eu digo – Yuta está feliz por Winwin estar feliz, ele respeitou o encontro e tudo mais, porém esperava que ele pelo menos ligasse.

_ Mas você acha que ele realmente comeu o bolo? – penso por alguns segundos e balanço a cabeça em afirmação

_ Ele provavelmente comeu tudo. – seus olhos se arregalam enquanto ela mastiga mais um pedaço da maçã – Mas ele nunca vai admitir isso. Vai dizer que experimentou e não gostou, então jogou fora.

_ Ele parece teimoso. – ela ri minimamente – Tenho certeza que não vai comer doce por um bom tempo.

_ Com certeza. – também rio.


⚜Narrador On⚜


A discussão entre Winwin e Yuta foi de fato uma coisa boba, nenhum dos amigos acreditam que a magoa de Yuta passe de um dia e realmente não irá, mas Areum, que está acostumada apenas a observar Yuta de longe não sabe disso.

Ela realmente acreditou que Yuta é sensível e que ele deve estar mal pelo ocorrido.

Com algumas perguntas inocentes ela acaba descobrindo com Aiko o horário que Yuta geralmente chega do trabalho. Ao sair da faculdade ela passa em um mercado e compra algumas coisas, perdendo quase uma hora dentro do estabelecimento.

Quando chega na sua casa, a jovem utiliza de todos os seus dotes culinários para fazer um bolo salgado, uma receita que ela achou na internet e nem sabe dizer de qual seu país de origem, mas só pela foto já da para imaginar que é muito bom.

Depois de três tentativas, uma cozinha incrivelmente bagunçada e legumes ralado até no cabelo, ela finalmente termina o bolo. Por ter certeza que nem seu padrasto e nem sua mãe chegariam tão cedo, ela limpa a bagunça que fez com bastante calma e consegue até ir até uma loja de embalagens para comprar uma embalagem para seu bolo.

Quando o relógio marca 19h, ela corre para tomar um banho e escolher uma roupa, mas nada parece ser apropriado ou bonito pra ela.

Areum perde quase quinze minutos apenas escolhendo uma roupa e quase desiste, mas por fim opta em usar algo bem simples; Um shorts e um moleto. Até porque seu intuito é dar o bolo e voltar pra casa.

Com chinelos nos pés e bolo nas mãos, ela sobe lance por lance até estar no andar do japonês. Suas mãos parecem trêmulas e ate soam frio enquanto ela espera sentada na escada de incêndio.

Seu plano é entregar o bolo salgado para Yuta, não que isso seja muita coisa, mas na percepção da japonesa ele ficou muito abalado pela noite anterior.

Ela ouve as portas do elevador se abrirem e abre minimamente a porta que separava o corredor das escadas de incêndio, o suficiente para se certificar se é ele ou não.

Era ele.

Com a mochila nas costas e a jaqueta em uma das mãos, ele digita a senha no dispositivo em sua porta.

Areum então fecha a porta e volta a se sentar em um dos degraus. Ela não podia ir lá agora, assim ele perceberia que ela só estava lhe esperando.

Entre suspiros e mãos tremulas, se passam quinze minutos e então ela se levanta, passando pela porta e caminhando em direção a porta do apartamento de Yuta.

Antes de tocar a campainha ela respira fundo por uma última vez.

Do lado de dentro da casa, quando Yuta vê quem estava atrás da porta, a maçã que está em sua destra quase cai e seu coração aumenta gradativamente a pulsação. Ele precisa respirar fundo duas vezes antes de abrir a porta.

_ Oi. – com um sorriso tímido e voz insegura, Areum diz em seu idioma nativo.

_ Oi! – ao parecer muito feliz Yuta se repreende internamente – Entra.

_ O que? Não, não precisa. – ela nega – Só vim te entregar isso. – ela estende a média caixa branca – É um bolo salgado. – seus lábios se comprimem.

_ Salgado? – ele franze a testa, até porque nunca havia ouvido falado sobre.

_ Péssima ideia, né? – Areum se arrepende, mas antes de conseguir trazer o bolo para perto de si, Yuta é mais rápido e apanha a caixa.

_ Parece ótimo. – o sorriso completamente alinhado faz o estômago dela dar piruetas – Mas eu só aceito se comer comigo.

_ Comer com você? – ela arregala os olhos – Ai dentro?

_ Se você preferir poder comer aqui mesmo, por mim tanto faz. – ele faz menção de sair por completa mas ela nega.

_ Você deve estar cansado, chegou do serviço agora, só come, ai dentro. – ela nega freneticamente.

_ Então era você. – ele ri – Por quanto tempo me esperou?

_ Eu não te esperei. – ela é rápida na resposta, fazendo o sorriso do japonês aumentar.

_ Trinta minutos no mínimo. – ele conclui.

_ Eu não te esperei, Yuta! Fiz um bolo pra casa e pensei que poderia trazer um pra você. – ela pega a caixa da mão do japonês – Pensei errado.

_ Você me deu, é meu. – com certa delicadeza no toque, ele puxa a menina para perto – Não quero comer sozinho.

_ Chama um dos meninos. – com a aproximação ela tenta parecer calma.

_ Ocupados e eles demorariam, quero comer o bolo agora, estou com fome. – ela suspira ao admitir para si mesma que não poderia fugir.

_ Ok.

———————

↱𝐹𝑟𝑖𝑒𝑛𝑑𝑠↲Onde histórias criam vida. Descubra agora