| E é por isso que amigos devem dormir em camas separadas
E os amigos não devem me beijar como você me beija
Eu sei que há um limite para tudo
Mas meus amigos não me amam como você
Meus amigos nunca vão me amar como você. |
Uma história orig...
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01 de Janeiro de 2020
00:57
⚜ Moon Taeil On ⚜
_ Você vai se machucar! - esbravejo para loira que esmurra a porta na qual nos separa.
_ E eu já disse para me tirar daqui! - sua frase é acompanhada por um soco na porta - EU PRECISO IR ATRÁS DO MEU JOHN!
Respiro fundo pela centésima vez na noite, enquanto massageio as têmporas.
_ Quantas vezes irei ter que dizer que o John não é seu?!
_ Eu vou te provar que ele é meu! Eu estou grávida dele! Vamos construir uma família!
_ Você não está grávida Sun!
_ ESTOU SIM! - mais uma vez uma soco é depositado na porta o que me faz perder a paciência.
_ EU JÁ DISSE QUE NÃO ESTÁ! E VOCÊ NAO VAI CONSTRUIR PORRA DE FAMÍLIA NENHUMA COM ELE! - afim de descontar a ira que cresce dentro de mim, deposito um soco na parede, deixando minhas juntas vermelhas.
_ EU TE ODEIO!
_ Ótimo. Fico feliz em saber disso.
Não espero para ouvir sua resposta, apenas deixo o corredor e retorno ao primeiro andar da casa. Durante o caminho deixo minha gravata sobre qualquer canto e abro os primeiros botões da camisa social que fez questão de me deixar sufocado durante toda a noite. Assim que chego à sala, coloco duas pedras de gelo em um copo e despejo uma generosa dose de whisky no recipiente. Cada dia que passa é mais difícil lidar com a saúde mental de Sun, e isso me mata aos poucos. Pensar na possibilidade de que eu não poderei ajuda-la, assim como não pude ajudar minha própria mãe, me corroe cada vez mais. Declarei guerra com meu próprio pai e isso não parece ser o bastante, ele está sempre inflamando a cabeça da pobre menina que não teve uma porra de estrutura familiar boa, não quando seu próprio pai levou a mãe à loucura e para garantir tal feito fez questão de enviar o filho para um colégio interno. Estar preso na minha vida nunca foi tão exaustivo quanto têm sido nos últimos dias.
_ Espero que você esteja feliz agora - a voz grave de meu pai ecoa pela sala - Era isso que você queria, não era? Acabar com a minha vida. Você e aqueles moleques desocupados conseguiram!
_ Não seja dramático - uso o resto de forças para ser o mais sarcástico possível - Só estou retribuindo o que o senhor fez com a minha vida.
Não faço questão de me levantar da poltrona, ou de olhar na direção do homem que deveria exercer o papel de pai. Apenas continuo fitando o recipiente de vidro que é sustentado pelos meus dedos.
_ Por um momento eu achei que você teria se aliado a mim novamente - ele suspira - Mas era tudo um jogo. Você só queria provas contra mim - ele solta uma risada carregada de sarcasmo.