◇ Capítulo 27

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"A pior ofensa que você pode fazer a uma pessoa insegura é gostar dela."

~Tati Bernardi~

Melanie narrando:

Eu estava na mesa com Arthur, Judith e Perrie, tomando café da manhã e riamos da pequena garotinha sapeca que nos alegrava com sua animação.

Eu e o Arthur ainda não tivemos a oportunidade de conversar sobre os últimos acontecimentos, e eu não sabia se ficava aliviada por não tocarmos no assunto que me deixaria totalmente desconcertada, ou insegura por não saber o que seria de nós, se é que existiria um nós.

Meu celular que estava em meu colo vibrou e estava tão nervosa com o Arthur me encarando na mesa, que eu nem olhei quem era na tela e já atendi rapidamente.

–Alô. – falei baixinho olhando para o nada.

– Oi, filha. Aonde você está? – a voz da minha mãe e sua pergunta me deixou sem entender.

Aonde eu estava? Por que da pergunta?

– Não estou em casa no momento. Por que mãe? – levantei da cadeira junto a mesa com o olhares de todos sobre mim e pedi licença com gestos e eles assentiram.

– É que eu e seu pai estamos aqui na portaria do seu prédio e o porteiro te ligou pelo interfone, mas, você não atende. Então, imaginamos que você não está em casa.

– Ah, me desculpa, se soubesse que vocês viriam... me esperem por mais alguns minutos, já chego aí. – me preocupei de imediato.

O que direi a eles se perguntarem aonde eu estive? Que dormi fora e ainda por cima na casa de um garoto da faculdade? Então, eles pensariam que seria algo sério e irão querer saber de tudo e até mesmo conhecê-lo.

– Tudo bem, Melanie, só não demora, por favor. Beijos filha e até logo. –
nos despedimos e desliguei a chamada nervosa.

Fui até a cozinha onde todos estavam conversando e com sorrisos alegres no rosto, que por um momento me senti em casa, parecia que eu conhecia eles há anos. Queria ficar mais, porém precisava ir para o meu prédio, onde meus pais estavam me aguardando.

– Preciso ir agora. – parei no batente da porta da cozinha onde todos me olharam.

– Mas, já? Está cedo, titia Mel. – Perrie fez biquinho.

– Meus pais estão em meu prédio me esperando. – falei. Judith assentiu e se levantou para me abraçar.

– Foi um prazer te conhecer, garota bonita. Volte sempre que quiser. – Arthur estava sorrindo enquanto nos observava.

O abraço de Judith era tão confortante, que me fazia sentir em casa. A conheci ontem, mas já nutria um sentimento de carinho por ela tão grande.

– Foi um prazer conhecer a senhora também. – nos separamos.

– Não me chame de senhora, por favor. – me repreendeu sorrindo e  assenti envergonhada.

– Muito obrigada por me receberem tão bem, mas agora preciso ir. – foi a vez da Perrie me abraçar e a peguei nos braços.

– Vou sentir saudades, titia. – sorrio pelo exagero, já que nos vemos quase todos os dias na escolinha.

– Mas amanhã iremos nos ver novamente, Perrie. – ela balançou a cabeça negando.

– Mesmo assim. – disse ela e eu rio.

– Então, vamos, Melanie? – disse Arthur e me ofereceu uma carona.

As Insegurancas do Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora