Fim das Férias

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❝ O Fim é ruim por dar término a algo ou bom por representar um novo começo? ❞

Os olhos de Jon percorreram a sala inteira, ao ver Ben desmaiar seu tom foi de preocupação, sem perceber, as veias do pescoço saltitaram de fúria e ele bradou com veêmencia:

— ANNE! LIGA PARA O SPROUTS!

Em seguida, se ergueu bufando como um touro de chifres reluzentes. Mas o que havia de mais pontiagudo em sua posse era certamente um revólver que apertava com uma raiva descomunal. Ele é Jon Greeves! Como alguém em sã consciência teria a coragem de tentar matá-lo?! Este ser humano jamais poderia sair impûne. Não receberia um simples jato de tinta que penetrasse suas narinas, mas sim uma bala no meio da bunda.

Como esse Jon é nojento, o narrador manda avisar que queria censurar esses pensamentos!

Descendo os lances de escada, com os olhos inflamados de ódio, arquejou:

— Vou meter uma bala na sua bunda, otário...

Assim que alcançou o primeiro corredor, viu o homem rastejando. Seus pensamentos malignos estavam tão quentes quanto ovos saindo da frigideira. O revólver estava apontada direto para as nádegas do homem. Seu rosto abriu um sorriso de maldade.

— NÃO! POR FAVOR NÃO... — berrou o homem, começando a mirar Jon, com terror.

— Diga-me — ordenou Jon, com ar de retumbância. — O que você veio fazer aqui? Suponho que tenha muita coragem para vir atrás de Jon Greeves.

— O chefe...foi o chefe que me mandou, ele queria que eu lhe mandasse um aviso... — exclamou o homem em desespero ao ver Jon andando lentamente até ele. — Queria que soubesse que a máfia está em guerra com você...e este era o primeiro recado para que compreendesse isso...

— Aviso? Você quase enfiou cinquenta balas no meu cangote e baleou meu psicólogo — rosnou Jon, franzindo o cenho. — É melhor você desembuchar tudo logo, porque esse dedo no gatilho está sendo contido por muito tempo...

— Você desrespeitou a família, a mafia, quando prejudicou um grande amigo nosso, agora...o chefe está furioso, ele não vai medir esforços até te matar... — ofegava o capanga, fazendo força para se rastejar.

— Você desrespeitou Jon Greeves! — esbravejou, apontando a arma com mais vigor. — E acho que vai ficar um bom tempo sem sentar no vaso!

Estava prestes a puxar o gatilho com o delírio ficcional de ver onde aquela situação o levaria, mas uma voz atrás dele o paralisou.

— Continue olhando para a frente, e solte a arma, se não, explodo seu crâneo de cérebro minúsculo. — sussurrou a voz feminina, com uma espingarda posicionada no lugar em que ela disse. — Que vergonha...você não olhou nem para o meu rosto, quando o conduzi para a Toca.

— Você?! É a mulher que abriu o portão?! — indagou Greeves sem medo, a pistola mirando o mafioso no chão. — Não vou soltar essa arma sem ter a garantia de que eu estarei vivo.

— Eu poderia atirar neste exato momento — ameaçou a mulher. — E você nem perceberia. Me parece aqui, que você gosta de estar no controle, não é Jon? Receio que quando conheça o chefe, os seus pensamentos mudem.

— Você está errada quanto a mim, eu não gosto. Eu estou e não há nada que a mafia possa fazer para me retirar isso.

— Veremos isso, Greeves — riu a mulher. — Peço perdões pelo meu amigo, o chefe só queria dar um susto, mas acredito que nós, italianos, levemos certas palavras ao pé da letra, assim como o meu colega ali. Seja gentil e jogue o revólver no chão.

Jon Greeves - A História de um Babaca do Século 23Onde histórias criam vida. Descubra agora