prólogo

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Talvez morrer por quem se ama não é uma má ideia. Depois de tanto tempo me escondendo das pessoas que nos visitavam e me mostrando apenas em bailes reais, decidi dar uma chance para o amor, porém de uma forma inesperada. Morrer por quem se ama não é a pior coisa do mundo. Sim, é sim!
Eu o amo demais para deixar ir em meu lugar. Como rainha devo proteger meu povo de tudo; devo proteger minhas primas, as princesas; meu amor e quem mais estiver guardado no meu coração. E é com essas palavras que digo adeus à vocês.

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- Maldição! Que chuva. - Mathew diz

- Ei, saia desta chuva! Venha comigo. - Uma voz surge de uma das entradas do castelo. A voz era de uma moça, era doce e suave.

Ao entrar na cozinha do palácio, Mathew se depara com uma pessoa pequena virada de costas para ele com um enorme capuz preto encharcado cobrindo todo seu corpo e pergunta:

- Quem é você?

- Creio que não há necessidade em saber quem sou eu, Milorde. - Ainda dada as costas para Mathew a moça sai andando.

- Senhor, não... - Antes mesmo da moça terminar de implorar para não ser vista seu capuz cai revelando uma beleza incomparável a de qualquer outra moça que Mathew ja avistara. seus cabelos eram castanhos com fios dourados e de um comprimento que passa de sua cintura. Seus olhos eram de uma cor de mel, sua pele branca e seus lábios avermelhados.

- Como é seu nome? - Mathew fica impressionado com tamanha beleza e não consegue disfarçar o olhar de desejo.

- Desculpe. Preciso ir! - a moça tenta correr, mas Mathew é mais forte e a impede.

- Eu insisto. Diga-me seu nome.

Mathew fita a moça com tanta curiosidade em saber quem era aquela que o deixara de queixo caído sair sem antes saber seu nome.

- Arabella, Milorde. Meu nome é Arabella. - Mathew solta seu pulso.

- Que lindo nome, Arabella- Ele solta um sorrisinho malicioso.

- Venha, vou te levar para seu quarto. - Arabella sem muito pensar sai correndo da cozinha em direção ao salão principal e Mathew a acompanha.

- Onde a rainha está? Meu pai me mandou para que falasse com ela. - Mathew fica irritado que alguém da nobreza não o tenha recepcionado.

- A rainha não sai mais de seus aposentos, ninguém a vê há anos. - disse Arabella caminhando olhando para seus pés tentando evitar o rapaz maravilhoso que estava ao seu lado. - Já sabemos todos do que se trata sua vinda até Arendel, Milorde. Seus assuntos terão de ser tratados com a princesa Beatrice.

- Tudo bem. - Mathew fita Arabella e repara como as maçãs de seu rosto são avermelhadas quando ela está com vergonha. - Posso te fazer uma pergunta?

- Claro.

- Quantos anos tem? - Ele a olha da cabeça aos pés com um olhar malicioso.

Arabella percebendo seu olhar se afasta e para de frente para ele respondendo sua pergunta:

- 16.

- Hum. Posso fazer mais uma pergunta? - ele começa a se aproximar de Arabella.

- Claro, Milorde. - Arabella percebendo a aproximação de Mathew da outro passo para trás.

- Você ainda é virgem? - ele a olha com um olhar pretencioso.

- Mas você é um asqueroso, nojento e repugnante, Lorde Mathew. - Arabella se afasta e bate em algo. - Oh meu Deus! Vossa Alteza e-eu... Eu juro que só estava indo levar o hospede para o quarto dele.

- Se acalme, Arabella. - a princesa diz.

- Vossa Majestade. - Mathew faz reverencia para a princesa.

- Vossa Alteza.

- Como? - Mathew se levanta com um semblante de dúvida olhando para a princesa.

- Se refira a mim e a minha irmã como Vossa Alteza. Em Arendel, somente a rainha é chamada de Vossa Majestade.

- Que bando de loucos. - Mathew resmunga. - Preciso falar com a rainha, por favor.

- A rainha não trata mais de assuntos do reino, somente eu. A propósito, sou Beatrice. - Beatrice olha com desgosto para Mathew. - Pode ir Arabella, eu assumo daqui.

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