CAPITULO 15

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*MATHEW*

Meu Deus, sei que não deveria estar fazendo isso mesmo depois de transar com ela. Mas, ela me deixa louco, me consome por inteiro, me faz a odiar e amá-la ao mesmo tempo. Com certeza fui um idiota com ela e estou sendo com América, mas meu amor é por ela. Ela é o centro da minha razão.

- Arabella, espera! - grito e saio correndo desesperadamente atrás dela.

Como está frio. Preferiria quando estávamos na neve pegando fogo e ela embaixo de mim.

- Me larga, Mathew! - consigo alcançá-la e pegar em seu braço.

- Não! Bella, por favor... - ela se debate e eu a seguro mais forte. - Por favor. -  ela se debate e por algum motivo eu afrouxo um  pouco os braços.

-  Me solta agora. - ela se solta e penetra seu olhar ao meu. Seus olhos estavam amarelos e quase não dava para ver suas pupilas. 

- Meu Deus. - Eu a solto e ela sai correndo.

 Quando chego ao palácio vejo América vindo em minha direção com um sorriso branco de orelha a orelha:

- Meu amor, onde estava? 

- Agora não, América. - ela tenta me beijar, mas recuo e subo para o meu quarto.

 Subo três escadarias e meu Deus, como esse castelo é enorme! Quando chego ao quarto e tiro as botas, América chega logo atrás berrando e batendo a porta:

- O que merda está acontecendo aqui ? - ela da um tapinha em sua boca por ter dito "merda".

- Eu quero ficar sozinho. - falo áspero e deitado na cama.

- Você estava com ela?

- Ela quem mulher? - reviro os olhos e cruzo as pernas deitado.

- Arabella. - sinto um tom de tristeza em sua voz. - Ela chegou ao palácio um pouco antes de você chorando e não queria falar com ninguém, e você chegou logo atrás dela com cara de ódio.

- Você tá ficando doida, só pode. - reviro os olhos mais uma vez.

- ME FALA AGORA, CARALHO! - ela grita e vem me estapear. - VOCÊ TAVA COM AQUELA VACA, NÉ? VOCÊ NÃO PRESTA.

- SIM, EU ESTAVA. - grito e seguro ela pelos braços e ela me olha assustada. - Nós transamos. - digo e deito novamente na cama.

- Você é nojento. - ela bate a porta e tudo estremece. 

— América, qual é? - eu saio correndo atrás dela.

— Com licença, Mathew. - ela desce as escadas correndo.

— América... - fico parado feito estátua quando percebo que Arabella está olhando meu corpo com os olhos arregalados e percebo que esqueci de colocar uma camisa.

— SUA BISCATE! - América da um tapa na cara de Arabella.

— Ei! - Cecília desce de seu trono.

  América empurra Cecília e vai até Arabella de novo que está com a mão sobre a bochecha, agora com uma marca de mão:

— Sua descarada, vadia! - América empurra a rainha para trás e a mesma cai batendo a cabeça.

— Escuta aqui sua prostituta de meia tigela: quem você pensa que é ? - Cecília empurra América e quando me dou conta, Cecília, América e Beatrice estão grudada uma na outra e Philip tentando acalmar a situação.

— ACABOU A PALHAÇADA! - ouço alguns rosnados e todos se olham com pavor.

Arabella está de pé em cima da escada que leva até onde os tronos ficam. Ela está com os olhos amarelados e brilhantes.

— Ah. - América diz com um tom de tristeza misturado com sarcasmo.

— Ah o que? - Arabella da um leve tapa e cruza as mãos enquanto olha com cara de tédio para América.

— A rainha tem que virar um lobinho pra poder se garantir é? - América estende a palma da mão para cima perto de sua cintura e produz uma bola de fogo.
   
  Nem preciso contar o que aconteceu em seguida, pois todos sabem que Arabella nem as princesas deixam barato quando se trata de uma boa briga, não é mesmo?

— CHEGA! - grito e um estrondo de vidros quebrados ecoam pela sala e por todo o palácio. Fui obrigado a jogar um vaso pela janela para acalmar as quatro.

— Minha vidraça... - a rainha coloca a mão direita sobre a testa e apoia o cotovelo sobre o braço esquerdo em sinal de desaprovação. - Eu venho arrumando ela faz 1 ano, Mathew. Temos que aprender brigar lá no jardim.

— América, espera. - digo enquanto a olho sair da sala do trono. Se fosse com Arabella, com certeza eu a teria puxado pelo pulso ou até mesmo pelos cabelos para não deixá-la sair de perto. Mas, com América parece que tanto faz.
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*Arabella*

Vejo América saindo com suas malas porta a fora do palácio. Nem parece a moça doce e inocente que algum tempo atrás adentrou este castelo, mas graças a ela eu passei 7 meses desacordada e minha vidraça foi quebrada novamente.

— Arabella... - estou parada na escada principal que leva até às escadaria para os quartos.

— Agora não, Mathew.

— é importante. Por favor. - ele segura minha mão e sinto aquele calor familiar e um choque que só ele me faz sentir quando me toca.

— Não, Mathew. Já chega de encrenca por causa de nós dois. - me solto e subo as escadas.

Laços De SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora