*ARABELLA*
7 Meses depois...
Acordei e senti algumas pontadas leves na barriga, Arthur anda chutando muito ultimamente. Cecília me ajudou com um encantamento para descobrir o sexo do bebê, segundo o prisma encantado é um menino. O prisma quase nunca erra.
Mathew e eu decidimos, depois de muitas brigas, que o nome do bebê seria Arthur.
— Como vai meu sobrinho lindo? - Philip passa a mão na minha barriga e se abaixa para falar com Arthur. — O tio Philip e a tia Cecília te aguarda ansiosamente, lobinho.
— E você Philip, preparado para o casamento hoje? - pergunto enquanto tento achar uma posição confortável para sentar. A barriga atrapalha muito e a dor nas costas é insuportável.
— Sim, muito! - seus olhos brilham. — Eu namoro Cecília desde os 12 anos dela.
As horas passam e Arthur continua inquieto e chutando muito, ele está consumindo muito da minha magia.
— Vamos, Arabella. Todo casamento é assim... Você se atrasa muito, mais que a noiva. Pelo o que conheço de Cecília ela já deve estar no altar. - Mathew começa com sua implicância pelos meus atrasos.
— Você não está percebendo que seu filho está me chutando muito? E agora eu estou fraca e com pouca magia. - fecho a cara pra ele e dou um laço com uma fita cor de pérola no cabelo.
Estou usando um vestido cor de pérola para combinar com a fita. Essa cor disfarça muito a imensa barriga que eu levo comigo mesmo.
Sinto saudades dos meus olhos amarelos, de sentir o lobo fluir através dele, do poder. Faz muito tempo que meus olhos não ficam amarelos. Minha mãe demorou quatro anos depois que me teve para voltar a se transformar e quando eu tinha apenas 10 anos ela se foi por causa de Celine.— Prima, você está linda! - Beatrice tenta se abaixar para dar um beijo em minha bochecha, mas não consegue por conta de sua barriga também.
— Obrigada, Trice. - pego em sua mão e sorrio. — Ah meus Deus, Ceci vai entrar agora.
Cecília aponta na porta do palácio. Ela e Philip decidiram que iam se casar no jardim perto das rosas brancas onde eles sempre ficavam namorando. Onde se tornaram íntimo um do outro.
— E é nesse jardim que eu abençoo a união da princesa Cecília, de Arendel, e do lorde Philip. - o padre fala e me olha sorridente por eu ter dado o título de lorde para Philip para que ele e Cecília se casassem sem nenhum impedimento.
— Esse jardim tem história pra contar, hein... - digo e todos caiem na gargalhada.
— Eu não queria falar nada agora, mas minha boca grande não se segura... - Cecília começa a dizer e chorar. — Tem um príncipe ou uma princesa vindo por aí. - ela passa a mão no pequeno volume no vestido branco.
O padre arregala os olhos e da um leve puxão de orelha em Philip e todos rimos.
A noite é chegada e depois de um dia inteiro de festas, revelações de gravidez e descobrir que Cecília está grávida, estou totalmente exausta. Esse bebê não para de chutar um segundo.— Ai!
— É Arthur chutando de novo, querida? - Mathew me pergunta enquanto toma um gole de vinho.
— Sim. - digo com muito esforço enquanto me ajeito na poltrona estofada. — Ele está muito inqui... AI!
— Bella! - Cecília levanta e vem até mim. — A bolsa estourou.
Sinto algo molhando meu vestido e mesmo com todos me falando que a bolsa de rompeu, demoro um pouco para começar a processar a situação.
— EMPURRA! - Hanna veio para ajudar no parto.
— Arabella... Empurra agora! - Cecília está aos berros e claramente assustada por saber que vai passar por isso. — Pelo o amor de Deus, Hanna, faz alguma coisa!
— Eu estou tentando, Cecília. -Hanna está ficando nervosa e suas roupas estão cheias de sangue, mais do que deveriam.
— Ela tá perdendo muito sangue, Trice. - Cecília começa a chorar.
— Eu trouxe ervas para exalar o cheiro no quarto e ajudar no parto. - Beatrice coloca um vaso com ervas de todos os tipos e muito hortelã para ajudar no parto.
— Meu Deus, Han... - antes que Cecília terminasse de gritar com Hanna um choro ecoa pelo quarto.
— Bem-vindo ao mundo, Arthur. - Beatrice diz enquanto bate palmas.
— É uma menina! - exclama Hanna confusa.
Hanna trás a pequena menininha aos meus braços e eu caio aos prantos. Agora sou mãe! Eu a pego em meu colo e digo:
— Oi, filha.
— Como vai ser o nome dela? - Cecília ergue uma das sobrancelhas. — Não da pra ser Arthur, né? - ela Brinca.
— Vai ser Liliam. - passo a mão por seu pequeno queixo e pego em sua mãozinha fria e pequenas. — Significa pureza e inocência.
...................
*MATHEW*
— E como é Arthur? Saudável? - pergunto quando vejo Hanna descendo com a mão cheia de sangue. — Arabella está bem?
— Arabella e Liliam estão muito bem, Principe Mathew. Sua filha é linda!
— Filha? - John, Philip e eu falamos ao mesmo tempo confusos.
— Sim, uma menina linda e saudável. Tem os olhos de Bella.
Sinto meus olhos se encherem de lágrimas e as mãos dos rapazes em minhas costas me parabenizando por ser pai de uma menina que significa pureza.
— MEU DEUUUUS! - um grito ecoa pelo palácio todo.
*BEATRICE*
— MEU DEUUUUS! - grito.
— Hanna, faz alguma coisa por favor. Ela tá perdendo muito sangue.
— Arabella! - Mathew invade o quarto desesperado.
Cecília vai até ele e o tenta conter, mas agora ele é mais forte que nós e a magia quase não funciona nele.
— Meu Deus. - Hanna coloca a mão ensanguentada na boca manchando sua pele de vermelho. — O coração dela parou.
Tudo fica em câmera lenta quando Mathew desliza atrás de Cecília e chega até Arabella. Os seus olhos ficaram vermelhos e suas presas saíram para fora.
— Mathew, não se atreva... - quando vi ele tinha cravado os dentes na veia do pescoço da esposa e mãe da sua filha.
Ele tira os dentes e o sangue de Bella escorre de sua boca e queixo pingando no chão.
— O QUE VOCÊ FEZ? - Cecília o empurra contra a parede usando a magia e seus olhos ficam amarelos.
— Eu tentei salvar minha esposa, Princesa.
Um Barulho de coração acelerado toma conta do ambiente e todos conseguimos ouvir com nossas audições. Quando me viro Arabella se levanta da cama com os olhos amarelos brilhantes e as presas para fora.
— Prima!
— Amor! Achei que fosse te perder. - Mathew a abraça e os olhos dos dois voltam às suas cores.
— Eu... Quase... Quase me transformei. Como? - ela nos questiona.
— O veneno de Mathew. — Hanna poderia ter ficado quieta.
— Você me mordeu? - os olhos voltam a ficar amarelos.
— Eu salvei sua vida! - os olhos de Mathew ficam vermelhos por conta do sangue, mas ele logo se controla. — Se não for me agradecer por isso, então não fale comigo.
Liliam começa a chorar e Mathew a pega no colo e sai do quarto.
— Amor... Mathew... Deixa a Liliam aqui... Ei... - a porta se bate enquanto Arabella fica berrando com ele. — Desgraçado!
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Laços De Sangue
Romansa- Majestade? - já é noite e vejo ela sentada à beira do penhasco olhando para a lua. - Por favor, deixe eu me explicar. - agacho ao seu lado e ela me olha. Seus olhos estão submersos em lágrimas. Aqueles olhos cor de mel que brilhavam e chamavam tod...