Capítulo - 7

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- Oi, amor! - cumprimenta Felipe Ferreira, ele era apaixonado por Frida.
- Oi - diz desanimada
- Fiquei sabendo que você conheceu um cara rico no casamento
- É, eu conheci
- Hummm...
- Só um minuto, Felipe.
Um cliente se aproximou do balcão.
- Com licença, você poderia me dizer qual flor seria melhor eu dar...- o garoto corou, não devia ter mais de vinte anos - para uma garota?
Frida saiu detrás do balcão, pegou no braço do garoto.
- Venha comigo, querido.
Frida levou o garoto para um corredor.
- Vou te mostrar algumas opções de flores e o que elas significam, ok? 
- Pode ser.
- Temos a Lilás que significa primeiro amor, cravo branco é amor puro, Lótus vermelha é paixão. Mas, se preferir pode pegar as rosas vermelhas.
- Vou querer as rosas.
Frida pegou sete rosas que significa "eu te amo", entregou  para o garoto e voltou para o balcão. Para sua decepção Felipe ainda estava lá, respirou fundo.
- Não pude ir ao casamento, meu convite não chegou. Eu acho que teve algum problema no correio - comenta.
- Felipe, a Monalisa não mandou convite pra você.
Neste exato momento o telefone tocou.
- Morada Das Flores, bom dia! Em que posso ajudar? - disse Frida, animada.
- Você pode mandar uma dúzia de cravos brancos e duas dúzias de girassol?
- Claro, estará na sua casa em uma hora, no máximo - disse Frida - André!
Seu assistente apareceu correndo e sorrindo.
- Beijou algum bonitão? - perguntou André, curioso.
- Não, eu preciso que você pegue esse pedido e dê ao entregador.
André fez bico, pegou o pedido e saiu.
- Você beijou alguém? - perguntou Felipe, indignado.
- Pelo amor de Deus! - disse Frida nervosa.
- Ora, ora. Já está com raiva? - disse uma voz familiar.
Frida virou para a direita e deu de cara com Antônio.
- O que você quer?
- Minha mãe pediu para eu pegar algumas mamélias com você - disse Antônio.
- Camélias, idiota! Camélias! - corrigiu Frida.
- Detalhes - sussurrou Antônio.
- Vivian - Chamou Frida, sua assistente correu em sua direção - Pegue uma dúzia de camélias rosadas, enquanto isso, vou atender outros clientes.
As duas saíram e ficaram somente Antônio e Felipe. Antônio olhou para o cara ao seu lado e viu que ele olhava na direção das mulheres.
- Eu dormi com ela ontem, ela foi maravilhosa - provocou Antônio.
- Você o que? - perguntou Felipe com raiva.
Antônio percebeu seu erro, o homem estava furioso, seus olhos e narinas estavam arregalados.
- Calma, cara. Eu não sabia que ela tinha namorado. - desculpou- se.
- Você não viu como ela me olha? - Perguntou Felipe, com desdém.
- O quê? Vivian nem olhou pra você.
- O quê? - Felipe estava confuso - Estou falando de Frida.
- E eu de mulheres.
Felipe riu tanto que chorou, Antônio pensou que o homem estava rindo do mau entendido.
- Mais um otário para a lista de Vivian.
- Como é?
- A gente se vê - Felipe saiu - Tchau, Frida, meu amor.
- Vai embora - grita.
- Ela me ama - grita Felipe, deixando a loja.
Frida voltou com dois buquês nas mãos, um de camélias e outro de margarida. Antônio observa enquanto ela prepara o papel e o laço de maneira eficiente. Frida entrega as flores para Antônio, que girou o buquê nas mãos e pagou.
- Bonitas flores - elogia.
- Obrigada
Antônio se vira para ir embora, mas muda de ideia.
- Me tira uma dúvida sobre Vivian?
- Depende
- Ela saí com vários homens?
- Claro. Porquê?
- Porque assim ela me esquece
Frida riu, Vivian tinha contando sua aventura com Antônio enquanto arrumavam a loja.
- Do quê está rindo?
- De você, é claro
- Achei que estava com inveja de Vivian.
- E porque estaria ?
- Vivian é como eu, tem a vida amorosa muito ativa - disse Antônio se exibindo.
- Quem tem inveja de mim é você. Antônio você não tem seu próprio negócio, você trabalha para o papai. Querido, você pode ser um sucesso com as mulheres, mas seria um fracasso se não fosse por Ramon Di Capua - disse Frida, séria.
- Você sabe ser direta quando quer.
Os dois se encaravam, Antônio olha na direção de Vivian e depois olha para Frida. Seus olhos cinza parecem lâminas, ele sorri.
- Tenha um bom dia, Frida Boliveira!
Antônio saí da loja, ele sabe que Frida tem razão. Às vezes ele acha que seu pai só o colocou na empresa porque é seu filho, mas isso não mudava o que ele sentia.
Antônio Di Capua odiava Frida Boliveira, como o diabo odiava a cruz. Mas, ele tinha algumas idéias para colocar Frida em seu devido lugar.

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