Capítulo - 2

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- Isso aqui não é brincadeira - apontou o dedo na cara da irmã - Caramba, Frida! Você tem que ter responsabilidade.
- Eu? - Frida riu, talvez de nervosismo pois sua irmã gritava na frente daquela gente - A única desmiolada é você, jura ? 15:00 da tarde?
- Eu acho que pra você foi às 16:00, estamos te esperando á 1 hora - droga, pensou Frida, quando Mona começa com aquela voz entrecortada, só tinha uma direção: chorar e chorar.
- Ok, estou errada, mas relaxa, maninha. - sussurrou Frida, ela não queria ser a culpada de toda aquela catarreira. Frida sentou na cadeira mais próxima e ouviu o que o futuro casal iria falar:
- Agora que a minha adorável cunhada chegou podemos começar - disse Fernando todo animado.
- Pensei que íamos mofa aqui - disse uma voz que Frida no começo não reconheceu. Alice, a irmã chata de Fernando - Qualquer coisa podemos mudar as madrinhas, não é? - Ela disse alto o suficiente pra qualquer pessoa ouvir. Ela ficou fuzilando Frida com os olhos. Seus olhos verdes eram puro delineador, os cabelos loiros- branco estavam presos no alto e ela usava um vestido bem curto, Frida poderia jurar que conseguia ver até o útero de Alice.
- Agora que essa adorável criança falou podemos começar? - Disse Frida, ela sabia que Alice tinha uma puta queda pelo seu irmão, Michelangelo, Então iria zuar a garota até o fim. Se Alice pensa que Frida esqueceu o que ela fez na sua loja estava enganada, prejuízo total.
- Eu não sou...- Alice ia começa.
- Então - Tossiu Michelangelo para não ri, dos três irmãos Boliveira, Michelangelo era o mais novo e o único homem, com seu cabelo castanho-escuro que também foi o único filho que herdou a aparência do pai, Hélio Boliveira, 1,80 de altura, os olhos iguais das irmãs, cinza. Ele coçava o nariz sem sardas para não ri do que sua irmã mais velha falava - Minha querida Frida - Ele levantou e foi até a irmã - Que saudades de você- E a abraçou. Frida gostou, ainda de estar com saudades do irmão, aquilo ajudava contra Alice.
- Eu também, Angel-  Respondeu - Então, qual vai ser os pares? - perguntou com os braços do irmão nos ombros.
- É verdade - disse Monalisa - Primeiro Frida, seu par vai ser... - Monalisa se segurava para não gargalhar - Felipe Ferreira.
Frida quase caiu pra trás. Ela ficou de todas as cores.
- O que...? - sussurrou- você...?
Felipe não, pensou Frida. Felipe era o cliente da Morada Das Flores, e ele tinha uma paixonite por Frida. Comprava flores e mais flores pra ela.
Monalisa riu até chora.
- Desculpa, você tinha que ver sua cara... - riu mais ainda - Eu nunca... chamaria ele pra ser meu padrinho, mais eu tinha que ver sua cara. Isso é por chegar atrasada, maninha.
O coração de Frida quase saiu pela boca.
- Quem é adulta, agora? - sussurrou Frida pra Michelangelo. Mais ele também riu.
- Deixa sua irmã ser feliz. - E continuou rindo.
- Tá bom, amor, chega de ri. Alice vai ser par do Michelangelo - gritos da Alice - E Frida do Antônio - disse Fernando.
Antônio? Quem é Antônio? Pensou Frida.
- Agora estou animada- disse a mãe de Frida. Evelin não perdia tempo quando o assunto era casar sua filha mais velha, seus olhos castanhos brilhavam de entusiasmo - Vai ser o casal mais perfeito do casamento - Ela olhou pra Monalisa - Depois dos noivos, é claro. - sussurrou alto, como se só os dois ouvisse.
Frida encarou seu par de casamento. Até que o cara era gato, pensou. Mas ele tinha uma cara de safado, aqueles que pisava nos corações de todas as mulheres do Brasil.
- Uma coisa eu sei, senhora. - Disse com um sorrisinho de lado - Se a tal Fri sei lá das quantas dançar igual a minha pessoa, Eu garanto que seremos  perfeitos NA FESTA - disse aquela última frase bem alta.
- Frida, esse é meu nome. - disse Frida, ela odiava quando as pessoas zuavam seu nome, já bastava na escola que sofreu bullying até o último ano por causa daquilo.
A visão que Antônio teve da moça foi completamente desapontante, seu melhor amigo Fernando tinha falado que a cunhada era gostosa, bem, ele não não usou aquelas palavras... Mas mesmo assim foi o que Antônio entendeu.
A garota era bonita, só não se vestia bem, e pra Antônio aquilo era um caos.
- ok, F-r-i-d-a - soletrou Antônio.
A mãe de Frida se vira para Antônio.
- Você é solteiro? - pergunta com curiosidade.
- Desculpa, não entendi- disse Antônio, confuso.
- Mãe, pelo amor de Deus! - disse Frida
- Você tem quase 30 anos e ainda está solteira. - disse Evelin, indignada.
- Eu não preciso de um homem do meu lado para ser uma mulher feliz. - Respondeu Frida.
Ela era difícil, pensou Antônio. Mas ele odiava esse tipo de mulher, gostava das fáceis, poupava trabalho.
- Gente, vamos focar no ensaio - sugere Fernando - Hoje tem jogo do Palmeiras, e eu quero assistir.
- O que foi que você disse? - perguntou Monalisa, furiosa.
- Que eu te amo - disse Fernando, sorrindo.
Esperto, pensou Antônio. Frida vai para perto do irmão, espalhando o cheiro de flor pelo salão. Antônio espirra.
- Podemos começar? - pergunta Frida.
Antônio realmente esperava que o perfume da sua parceira de dança não seja de rosas, já bastava o bendito jardim de sua mãe.

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