Capítulo - 11

33 3 8
                                    

Depois de deixar a cozinha, Antônio caminhou pelo salão a procura de Frida, ele não conseguiu descobrir o que ela estava fazendo lá.
Ela quer me ferrar, pensou.
Foi então que ele ouviu. Antônio se virou na direção das risadas e se deparou com uma roda de homens, seus colegas de trabalho, rindo. Ao se aproximar ouviu uma voz conhecida.
- ... nunca entendeu o que eu fiz - completou Frida.
Os homens ao seu redor explodiu em uma risada estridente, Frida olhou para Antônio e sorriu. Ela está roubando a atenção dos seus convidados, pensou boquiaberto.
- Com licença, rapazes. Vou deixar vocês nas mãos do dono da festa - ela disse e saiu.
-Cara, que mulher! - elogiou um de seus colegas.
- Vocês falam isso porque não viram ela nos ensaios do casamento da irmã - critica Antônio - Tenho até uma foto, parece uma mendiga.
Antônio tira seu celular do bolso e o passa de mão em mão, esperando a reação de seus colegas.
- Nossa, eu queria uma mendiga dessa - comenta um dos homens.
- Com certeza!
-Eu também quero!
Todos deram risadas e comentam o quanto Frida era gata, Antônio só podia está em outra dimensão, não é possível.
- Com licença, rapazes. Vou falar com os outros convidados - Diz Antônio, trincando seus dentes.
Ela estava aprontando alguma coisa contra ele, Antônio só não sabia dizer o que era, outra coisa que ele não sabia era porque agia daquela forma com Frida, ele se sentia um maldito garotinho do ensino fundamental que tinha pegado bira da coleguinha, só que Frida não era nenhuma garotinha, muito menos sua colega, Frida era uma maldita mulher que o irritava e muito, só que ela não sabia com quem estava se metendo, porque Antônio sempre ganhava, sempre.

⚘⚘⚘⚘⚘⚘⚘⚘⚘⚘⚘⚘⚘⚘⚘

Frida já estava na sua quinta taça, ou seria a oitava? ela não se lembrava, ela já tinha feito várias coisinhas contra Antônio naquela noite, porque era isso, pequenas coisas, nada que afeta-se gravemente alguém, ou o Antônio no caso. Ela tinha entrado na cozinha e colocado alguns remedinhos nas bebidas dos convidados, tipo laxante, pena que demorava pra fazer efeito e ela esperava que não afeta-se o restaurante do bonitão, que ela ainda não sabia se ele era garçom ou cozinheiro. Já tinha conhecido alguns amigos dele e inventado algumas história, é claro. A melhor pessoa que ela tinha conhecido era a famosa Isabela, secretaria do filho da mãe, com quem ele vivia dormindo, pelo jeito, não que ela tivesse perguntando, a garota simplesmente abriu a boca. Frida apenas comentou "inocentemente" que Antonio estava com relacionamento sério com sua amiga, Vivian. Ela só tinha que lembrar e comenta sobre isso com a Vivian. Com esse comentário super inocente a garota entrou em prantos, disse que ele tinha prometido um relacionamento sério com ela! Frida ficou revoltado, depois lembrou que não estava nem aí, que ela que tinha inventado a história com a Vivian, culpa do álcool que a deixava sentimental; alguns rapazes que estava perto delas e que estava alguns minutos atrás conversando com ela, viu e ficaram comovidos, que lindinhos. Homens nem disfarçam quando via uma mulher bonita e queria leva-las pra cama, o grande problema foi que a chorona contou pros bons rapazes o que supostamente o Antônio tinha feito, ninguém estava surpreso pelo caso com a secretaria, que coisa não é. Depois disso Frida só viu uma mão acertando o rosto de Antônio, Frida não se aguentou, soltou uma risada histérica, jurava que ia ficar chocada com a merda que tinha dando, mas estava enganada, ver o merdinha se dando mal era a melhor parte da festa, óbvio que o álcool contribuía, porque amanhã ela ia ter uma noção do que tinha feito, ela só precisava se controlar, Antônio não podia saber que tinha sido ela a fazer aquilo tudo. Dois rapazes, que supostamente era amigos do Toninho, estavam partindo pra violência pesada, só que para o azar dela, ou dos caras, Antônio era bom de briga, ele torceu o braço do Marcelo, esse era o nome dele mesmo? enfim, o colocando atrás das costas e chutou o outro que tentava vim até ele, esse mesmo caiu sobre a mesa de bebidas, que foi ao chão, transformando o salão em um caos, ela viu o senhor Di Capua, tentando conter mais dois caras que avança sobre Antônio. Ela não lembrava daqueles caras na rodinha da fofoca, viu quando um dele deu um soco no rosto do senhor Di Capua, na hora ela colocou a mão na boca, faltou até ar nos seus pulmões, isso estava saindo do controle, não era aquele Di Capua que tinha que apanhar, ela gostava do pai do Antônio. Ela tentou se aproximar, mas um deles a emburrou, ela caiu no chão e podia jura que viram sua calcinha, maldição. Ela tentou se levantar, mas estava tão bêbada que caiu de novo, os cabelos estavam no seu rosto, mesmo assim ela conseguiu ver Antônio se lançar contra o rapaz que a tinha derrubado, ele o socava.
Merda, merda, merda, ela pensou, ele não podia defender ela, era contra regra! Ela sentiu quando alguém levantou ela pelo braço, e ela infelizmente o reconheço, o garçom, com certeza ele viu a calcinha cor de pele sem graça que ela usava. Ela precisava fugir dali, rápido, antes que a merda aconteça, literalmente, já que o laxante não tinha surgindo efeito, e pelas contas dela a maioria dos convidados tinha tomado o maldito champanhe, bebida que ela odiava com força.
- Você está bem? - ele a olhava de cima a baixo, não maliciosamente, uma pena por sinal, mas para ver se ela estava realmente bem.
Ela não respondeu, tentou sair dali e encontrar Isabela, para garantir que a filha da puta não abrisse a boca. Ela viu de longe os cabelos ruivos da moça, enquanto a gritaria continuava.
Conversou com a moça, que graças a Deus super entendeu, já que ela não queria perder o emprego e Frida tranquilizou a moça que a culpa não era dela, que homens são bestas selvagens a solta, que só precisa de um gatilho para se libertar, ela acha que a Isabela tinha entendido. Ela fez questão de paga o táxi da moça, precisava se livrar dela rapidamente.
Ela só ia voltar para tentar achar sua bolsa perdida quando viu a primeira pessoa já sentido os efeitos colaterais do laxante, Frida podia até morrido de rir daquela cena, porque ela esperou muito por aquele momento, o problema era que do outro lado do salão estava o motivo da sua desgraça, Antonio Di Capua estava com sub cílio cortado, onde tinha uma linha de sangue descendo pelo seu rosto, olho roxo, camisa social rasgada e manchas de sangues por ela, Frida sabia que não era sangue dele e sim dos seus amigos, agora ex amigos.
Ele a fuzilava, e ela sabia, que ele sabia que foi ela que tinha feito aquilo, a sua volta pessoas corria para o banheiro, já outras, fazia ali mesmo, e o odor tomava conta do salão.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 01, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Morada Das Flores Onde histórias criam vida. Descubra agora