Louis sentiu o cheiro de Harry antes mesmo dele entrar no escritório de Anton, instantaneamente o deixando mais calmo, mas não completamente.
Só descansaria quando tivesse Harry seguro em seus braços e certo de que ele não estava machucado.
A porta se abriu e o alfa chamado Ricky entrou, seguido por outro alfa um pouco mais alto e então pode ver quem queria.
Ele parecia inteiro e perfeito, desconsiderando um machucado em uma de suas bochechas e a mão daquele alfa segurando a dele.
Avançou antes que pudesse se conter, e o modo como ele empurrou o cacheado para trás e se pôs na frente o irritou ainda mais.
— Saia da frente.
— O que vai fazer?
Louis franziu o cenho, quem esse alfa acha que é para tentar impedi-lo de chegar até Harry?
— Vou pegar o meu ômega e quebrar sua cara se continuar na frente. - ameaçou tentando o contornar mas ele se pôs na frente novamente.
Rosnou e ele devolveu o som.
— Ele deixou de ser seu ômega a partir do momento em que o vendeu! O que foi, se arrependeu e agora o quer de volta?
— Pietro, deixe o homem chegar até o ômega. - Morris chamou sua atenção e o olhou, em seguida vendo o envelope em sua mesa. Eles tinham revendido Harry mais uma vez?
— Mas que porra?!
— Houve um engano. - o alfa mais velho explicou calmamente. - O ômega foi vendido sem o consentimento do senhor Tomlinson, real dono de Harry.
— O quê?! - ouviu a pequena exclamação do ômega.
— Harry. - Louis chamou a atenção novamente, se obrigando a ficar parado e não atacar o outro alfa. - Sei que isso tudo está uma bagunça, mas vou te explicar tudo enquanto voltamos para casa. Venha comigo. - chamou.
O ômega se encolheu sem saber o que fazer, sua confiança estava destruída. Tinha medo de ir e acontecer tudo de novo, continuar sendo vendido em um looping infinito.
Pietro se virou para si, sabia que ele estava bravo.
— Se você quiser ir...
— Ele tem que ir, Pietro. - Morris riu, levantando o envelope com o dinheiro. - Já foi pago, vá para o seu alfa, garoto.
O loiro suspirou, vendo Harry abaixar a cabeça e ir em direção a Louis.
— Espera! - rapidamente pegou um pedaço de papel qualquer em cima da mesa de seu chefe e uma caneta, escrevendo os dígitos rapidamente antes de ir até o ômega, colocando o papel na mão dele. - Se algo acontecer... - sussurrou ouvindo mais um rosnado de Louis.
O ômega sorriu pequeno antes de continuar seu caminho. Encarou Louis incerto, demoraria para voltar a acreditar nele e o alfa sabia disso.
Saíram do escritório sem mais palavras, o mais alto os guiando até a saída da casa. Seu carro estava estacionado em frente, abriu a porta para Harry e entrou em seguida.
— O que ele deu a você? - perguntou.
Harry não o olhou, se mantendo concentrado na rua através da janela.
— Harry, eu sei que...
— Você mentiu para mim.
Louis não podia ver, mas por sua voz embargada pode deduzir que ele segurava o choro. Era tão difícil ver ele chorar, ainda mais sabendo que era por sua culpa.
— Eu não menti, minha mãe vendeu você. Ela não me perguntou antes e escondeu isso de mim, mas meu pai descobriu.
— Escutei ela falando no telefone e dizendo que você concordava com algo que agora sei ser isso.
— Por favor, acredite em mim! Eu nunca faria isso, eu não quero que levem você para longe de mim e também não quero que você fuja.
O cacheado o olhou surpreso, em seguida ficando envergonhado e abaixou a cabeça.
— Você vai me castigar?
— Não! Sweet, eu nunca faria nada para te machucar. - se virou no banco para poder olhar seu rosto corretamente. - Eu sinto muito por ter falhado em algum momento com você e não ter percebido o nível de perseguição que minha mãe tem sobre você.
— Ela não me persegue, apenas espera que eu...
— Sim, Harry, ela te persegue e eu não vou deixar isso continuar. - estendeu a mão, tocando o rosto acanhado quando percebeu que ele não iria repelir. - Eu devo cuidar de você e isso não tem nada haver com o fato de eu ter comprado você, por favor não me veja apenas como um "dono". Nunca desejei ser alguém que obtêm posse da vida de outra pessoa.
O ômega ficou quieto, parecendo analisar a situação e suas próximas palavras.
— Está com raiva de mim agora?
— Estou sentindo raiva de ter deixado isso acontecer bem debaixo do meu nariz, mas não de você. Te recuperei e agora vamos para casa, vou terminar de resolver isso.
Se ajeitou no banco e ligou o carro, arrancando. Olhou para Harry, sabia que ele estava nervoso e incomodado.
Segurou uma das mãos inquietas, dividindo entre olhar para ele e para a estrada.
— Eu sei que minha mãe tem te incomodado desde o primeiro dia, mas ela tem passado dos limites cada vez mais e eu não vou deixar isso continuar. Foi uma falha ter deixado que começasse, na verdade.
— Apenas... Por favor, eu não aguentaria ser vendido novamente.
— Não se preocupe, Sweet. - sorriu se concentrando em chegar logo.
∆∆
Mark se levantou do sofá quando os dois finalmente chegaram, estava preocupado que algo de errado acontecesse.
— Vocês estão bem?
Louis assentiu, trazendo Harry para perto de si.
— Onde ela está?
Seu pai suspirou.
— Trancada em nosso quarto desde que você saiu, inconsolável.
— Sabe que não me arrependo de ter falado tudo aquilo, não é?
— Sei, Louis. Infelizmente sua mãe errou, você está certo. - disse e se virou para o cacheado. - Está bem?
— Sim, obrigado por perguntar.
— Hazza. - Louis chamou tocando seu rosto novamento. - Vá buscar sua mala, por favor?
— O quê? Por quê?! - perguntou se assustando um pouco.
— Vamos ficar em um hotel por um tempo, vou subir para fazer minha mala também, relaxe. - o ômega se acalmou e assentiu. - Me espere aqui, tudo bem?
Se afastou mesmo que no momento só quisesse manter as mãos no menor para ter certeza de que ele estava ali e que não o tirariam de si mais uma vez.
Só notou que seu pai vinha atrás de si quando terminou de subir as escadas, mas continuou indo para seu quarto.
— O que vai fazer?
— Ficar em um hotel enquanto vocês não vão para o México, depois vou comprar um apartamento.
— Tem certeza? Saiba que eu gostaria de ajudar com o que precisar.
— Tenho, ficou claro que Johannah nunca vai aceitar Harry e eu não vou ficar longe dele.
Mark pôs a mão em seu ombro, dando um aperto familiar para demonstrar apoio e depois se afastou para deixar que ele arrumasse suas coisas.
Desculpem pela demora, é que eu tenho tido que sair bastante e não me sobra muito tempo.
Se tiver algum errinho que passou sem querer me avisem e eu corrijo.
<3<3
VOCÊ ESTÁ LENDO
Poor Omega
RandomNão permito mais adaptações, obrigada por entenderem! Uma sociedade onde ômegas de famílias ricas possuem um futuro planejado, com bons alfas. Porém, ômegas pobres são vendidos como "animais" e "brinquedos" para a alta sociedade. Harry Styles era um...