Nineteenth

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Ouvindo Woman toda felizinha com os votos e comentários, amo tanto vcs <3
I hope you can see the shape I've been in
While he's touching your skin
This thing upon me, howls like a beast
You flower, you feast

Harry parou na frente do telefone fixo que ficava na cozinha que agora estava vazia, deixou a mala ao lado de seus pés e buscou o papelzinho no bolso da calça que tinha colocado após perceber que ainda estava de pijama.,

Respirou fundo, não sabia porque queria tanto fazer isso. Colocou o telefone na orelha como via alguns empregados fazerem, digitando incerto os números.

O telefone fez um barulho estranho duas vezes antes de escutar a voz alarmada de Pietro, o fazendo se assustar e arregalar os olhos por não estar esperando.

Não sabia ao certo como aquilo funcionava.

Quem é?! Como conseguiu meu número?!

— Sou eu, Harry...

Harry?! O que foi?! Ele te fez alguma coisa?! Sabe onde está?! Me passe o endereço e eu vou te buscar!

— C-calma, eu estou bem. - olhou para os lados verificando se estava mesmo sozinho. - Eu só queria te dizer que não aconteceu nada, você parecia irritado quando saí.

Jesus, você quase me fez atirar na parede!

— Atirar?

Isso não importa, onde está seu alfa?

— Ele não é meu alfa, e Louis está fazendo a mala dele.

Como assim?!

— Ele não explicou, apenas me disse para pegar a minha mala e esperar por ele.

O ômega pode escutar mais vozes além da de Pietro, mas não entendia o que estavam falando.

— Pietro?

Droga, eu vou ter que desligar agora. - mais sons abafados puderam ser ouvidos. - Mas me ligue quando puder, merda, faça esse maldito riquinho te dar um celular.

E não pôde dizer mais nada antes do barulho chato voltar e voz do alfa sumir.

Franziu o cenho e colocou o telefone no gancho, pegando sua mala e indo para sala ainda aturdido pela conversa estranha.

Encontrou Daisy e Phoebe emburradas no sofá, ambas as gêmeas de braços cruzados e um biquinho. Assim que o viram começaram a reclamar.

— Eu não acredito que o Louis quer levar você para longe, ele tinha prometido que ia deixar nós brincarmos sempre! - foi Phoebe quem disse e Daisy concordou.

— Ele é mesmo um egoísta!

Harry abriu a boca, mas não sabia o que dizer e antes que pudesse pensar Louis apareceu descendo as escadas com uma mala grande.

— Eu não sou egoísta, Daisy.

— E eu já expliquei porque eles precisam ir, parem de perturbar seu irmão. - Mark vinha logo atrás.

— Injusto! - a forma como elas disseram isso ao mesmo tempo fez Harry sorrir pequeno.

— Louis pode me trazer para visitar vocês... - sugeriu tímido e com a voz baixa.

Instantaneamente os rostos delas se iluminaram, pulando no sofá.

— Ele também pode nos levar até o hotel! - Daisy acrescentou.

— Vamos comprar e levar mais acessórios e brincar de desfile, como se estivéssemos em Paris!

— Eu nunca estive em Paris. - o ômega disse, sorrindo para elas.

— Então nós podíamos fazer uma viagem com o Hazza para Paris!

— Eu fico mais falido a cada vez que vocês abrem a boca. - Mark negou mas acabou rindo.

— Harry vamos, antes que elas grudem em você como coalas.

Elas mostraram a língua para ele, que devolveu infantilmente.

Mark pegou a mala do cacheado, os acompanhando e ajudando a colocar tudo no porta malas.

— Eu já fiz a reserva no hotel, e quanto a sua mãe, Louis... - ele se aproximou do filho. - Eu vou conversar com ela, mas por favor, tente perdoá-la também.

Louis suspirou, não querendo pensar nisso agora e talvez nem em momento algum.

— Vou manter contato. - sorriu e abraçou seu pai.

Se afastou, olhando para Harry que tinha a cabeça baixa e estava meio afastado para não interromper a conversa dos dois.

O alcançou e segurou sua mão, sorrindo quando os olhos verdes encontraram os seus.

Entraram no carro, se afastando da propriedade sem consciência de que Johannah os observava por uma fresta nas cortinas da janela de seu quarto.

∆∆

Harry olhou em volta quando entrou no quarto após Louis abrir a porta e trazer as duas malas para dentro.

Era quase como um apartamento normal, com uma cozinha separada da sala por um balcão e um corredor onde os dois quartos e o banheiro deviam estar.

— Está com fome? Acho que ainda dá tempo de almoçar. - ele perguntou olhando no relógio em seu pulso.

— Pode ser... - disse apertando as mãos uma na outra, sem saber o que fazer agora.

Ia ficar naquele espaço relativamente menor que a casa de Louis, os dois completamente sozinhos, e estava nervoso por isso.

O alfa se aproximou do outro até que pudesse tocar o lado de seu rosto, buscando os olhos bonitos.

— Eu fiquei tão preocupado com você, me diga se aqueles caras fizeram algo com você e eu voltarei para tornar aquele lugar um inferno.

— Eles não me machucaram depois que cheguei lá... - começou encolhendo os ombros. - Pietro disse que me protegeria.

Pôde ver algo passar pelos olhos de Louis e a expressão dele se fechar um pouco.

— Aquele alfa loiro, não é? - Harry assentiu. - Ele tocou em você? - perguntou aproximando o nariz aos cachos, tentando encontrar um cheiro a mais que felizmente não achou.

— Não, apenas para me impedir de tentar fugir uma vez e para cuidar disso. - apontou para o machucado em seu rosto, que já estava melhor.

— Certo... - disse antes de enfiar seus dedos entre os cachos da nuca dele, juntando as testas e deixando os rostos próximos em consequência.

Sentiu a lufada de ar que Harry deixou escapar em surpresa e sua respiração acelerar.

Continuou de olhos fechados e sorriu de lado.

— O-o que está fazendo? Louis... - as mãos nervosas seguraram seus ombros e passou o braço livre em torno da cintura esguia para ter certeza de que ele não cairia.

— Quero ter certeza de que te recuperei mesmo.

Harry se obrigou a ficar calmo, apertando um pouco mais Louis.

— Eu estou aqui.

Os olhos azuis o encararam assim que terminou sua sentença, mas o ômega viu eles se desviaram para sua boca.

— Louis... Eu não... Não sei fazer isso. - tentou avisar ao entender a intenção do maior.

O alfa pareceu acordar, tomando um pouco de distância, mas não tirou as mãos dele. O ômega corou.

— Meu pai não deixava que alfas e betas se aproximassem de mim, as vezes me proibia de falar até com outros ômegas.

Louis entrou em uma batalha interna, ficou algumas horas longe de Harry, mas pareceu tão torturante. Não queria sentir aquela agonia e aperto no peito mais uma vez, mas o mostrou algo que talvez se negasse a ver.

Aquele ômega estava o encantando, cada dia mais, e não podia continuar a se afastar dele.

— Me desculpe, Sweet, mas eu preciso.

Disse antes de voltar a se aproximar, encostando os lábios nos do outro.

Poor OmegaOnde histórias criam vida. Descubra agora