Quem é você?¿ | Concluído

Capítulo 7

Acordei essa manha com o seu nublado, estava tão frio que achava que iria congelar. A cama estava tão quentinha e gostosa, eu não queria levantar de forma alguma, mas precisava. Após me levanta da cama, tomei um banho quente, arrumei meu cabelo como de costume, deixando meus cachos soltos e coloquei o uniforme de inverno. O caminho  da escola estava com uma ventania forte, parecia que ia me levar junto, mas não demorou para que eu chegasse lá. Não é tão longe da minha antiga casa e agora que estou morando com a minha vó, ficou bem mais perto.

Chegando na escola fiz o mesmo de sempre, cumprimentei os meninos e fiquei esperando as meninas. Ao entrar na sala de historia, me lembrei de que a minha dupla havia se mudado. Eu era a única da turma toda que estava sozinha. Não era legal, parecia que todos estavam olhando e falando sobre mim.

Alexandre: bom dia turma.

Turma: bom dia professor.

Alexandre: Letícia, a Thaynnara não chegou?

Letícia: ela se mudou e me deixou para trás.

Alexandre: bom não tem problema. Turma, quero apresentar para vocês o nosso novo colega.

Ninguém estava ligando, até ele entrar.

Alexandre: Pessoal, esse é o Felipe.

Turma: oi!

Alexandre: por favor, senti-se.

Tayna: iiih Leh, vai sobrar pra você em.

Evyllin: vai ser mais um com o coração arrasado.

Letícia: se ele fosse sentar com a mirra, sim.

Mirra: eu nada.

Felipe: oi... Posso sentar aqui?

Letícia: pode sim.

Ele me parecia tão familiar, senti que já o conhecia e ele também era uma graça! A aula foi bem normal, mesmo com o garoto novo sendo minha dupla. As outras aulas foram como sempre, algumas interessantes e outras bem sem graça.

Eu planejava ir para casa cedo, mas uma chuva me atrapalhou. Meu novo plano era esperar no portão da escola a chuva passar, só que... Não foi bem isso o que aconteceu.

Felipe: oi... - disse o garoto tentando se lembra do nome.

Letícia: Letícia - digo e logo dando um sorriso amigável.

Felipe: ah... Desculpa - respondeu o garoto um pouco sem graça.

Letícia: não tem problema.

Felipe: vai para a casa sozinha?

Letícia: sim, esta esperando alguém?

Felipe: sim, o meu pai.

Letícia: bom... Até amanhã então.

Felipe: sabe, acho que a chuva não vai parar tão cedo.

Letícia: estou contando que ela pare...

Felipe: você pode vir comigo se quiser. Meu pai pode te deixar na sua casa.

Letícia: não. Eu não quero incomodar seu pai.

Felipe: tem guarda-chuva?

Letícia: esqueci o meu em casa...

Felipe: viu. Acho que ninguém vai vir te buscar e você não pode ficar aqui esperando a boa vontade da chuva parar.

Não queria que o pai dele me levasse para casa, ele não me conhece e acho que o pai dele não iria gostar disso, mas eu não estava nem um pouco afim de ficar esperando a chuva para. Então concordei e fiquei com ele esperando... Não demorou muito para que o pai dele chegasse.

Wilson: oi Felipe, como foi o primeiro dia?

Felipe: é, foi legal. Pai, essa é uma das minhas colegas de turma.

Letícia: oi... - acabei sorrindo depois de rir de vergonha.

Felipe: você pode deixar ela em casa?

Letícia: se o senhor estiver ocupado e não der, não tem problema!

Wilson: não, eu te levo sim. Só me diz o caminho.

Letícia: ta. Obrigado...

Wilson: pode me chamar de Wilson.

Letícia: ta. Sorri fraco.

Felipe: vem - disse Felipe, abrindo a porta do carro para mim.

Letícia: obrigado.

Entrei no carro e coloquei minha mochila em meu colo, o Felipe se sentou no banco do passageiro e colocamos o cinto de segurança e fomos. Foi bem rápido.

Letícia: obrigado, senhor Wilson.

Wilson: pode me chamar só de Wilson.

Letícia: ta. Tchau Felipe, obrigado.

Felipe: de nada Leh - disse o garoto que logo deu um sorriso amigável.

Entro em casa e ouço o pai de Felipe dar a partida.

[...]

Felipe: pai, você fez o que eu pedi?

Wilson: por que você decidiu solta-lo agora?

Felipe: você mesmo disse que não pode acontecer nada com ela. Ela não pode ficar sozinha, alguém tem que cuidar dela.

Wilson: você não acha que esta muito amiguinho dela?

Felipe: eu não sou amiguinho de ninguém.

[...]