Capítulo 8-
Acordei feliz de ter sido capaz de ter conseguido as senhas de que precisava. Não consegui conter a emoção quando levantei corri enviar uma mensagem vencedora para Rupert. Eu estava feliz demais para parar de me gabar de uma coisa tão boba (nas devidas proporções).
No café da manhã do dia seguinte, meu pai demorou mais antes de ir para a empresa o que era um fato curioso e que devido a meus atos da noite anterior me deixou na espreita.
-Sophia viu meu celular? –Meu pai perguntou com um grito vindo de seu escritório e minha barriga gelou.
-NÃOOOO- Neguei até demais. Decidi tomar um longo gole de água para disfarçar minhas bochechas corando.
-Ah está aqui, tinha deixado no bolso do casaco! Quem imaginaria?! –Meu pai disse bem humorado.
-É quem, quem imaginaria uma coisa dessas...tão estranho. –Respondi e em seguida me abaixei na cadeira bebendo água freneticamente, não sei o que me fazia pensar que aquilo seria uma boa forma de esconder o que havia feito.
-Desculpe querida, é que hoje teremos várias entrevistas na empresa, sabe para gerente assistente ou algo assim.
-É mesmo?
-Sim, eu e Richard vamos passar o dia ouvindo os candidatos a vaga então me deseje sorte e paciência. –Meu pai sorriu, pegou sua pasta e saiu. Eu relaxei na cadeira quando percebi que já não estava mais em seu campo de visão.
Algo havia me chamado a atenção, gerente assistente? Mas por que meu pai e Richard estavam atrás de um gerente assistente? Nem me lembrava de meu pai ter comentado de que o último havia saído do cargo...aquilo era estranho. Contudo eu não me metia nesses assuntos.
Depois de uma conversa no telefone com Rupert, decidimos que iríamos esperar alguns dias para finalmente irmos até a empresa. Seria arriscado, se meu pai percebesse alguma coisa ou desconfiasse que eu havia pego seu celular, seria melhor esperar ele esquecer o assunto, sem contar que Rupert disse que estava muito atarefado com algumas coisas que seu pai queria que ele fizesse.
Uma semana depois...
“X2134Pv67*5kk902” Quem teria uma senha assim pois eu lhe digo: meu pai. Durante uma semana, Rupert e eu calculamos todo nosso plano que continha três partes. A primeira era simples entrar na empresa sem sermos vistos, depois salvar os arquivos de anotações do notebook de meu pai em um pen drive novo e depois sair sem grandes dificuldades. O que aparentemente não seria muito difícil já que nossos pais andavam estressados demais. Sobre o tal gerente assistente, não havíamos conhecido ele ainda, contudo sabia que se tratava de um tal de James Blue K. um nome um tanto memorável não acha?
Era a manhã do dia em que tudo iria acontecer. A história que havia sido contada para nossos pais era simples: Nós íamos para um piquenique de manhãzinha. Se tratavam de umas nove horas quando entrei no carro de Rupert fingindo ser toda melosa com ele.
-Trouxe tudo? –Ele perguntou disfarçando entre sorrisos e beijos na minha testa quando coloquei o cinto.
-Aham, eles ainda estão olhando? –perguntei da mesma forma que ele que fez que sim com a cabeça e ligou o motor do carro que logo já estava se movendo. –Tchau pessoal! –Acenei para meus pais que estavam abraçados na porta de casa acenando sorrindo. Dava dó enganá-los assim, não pense que não, mas era preciso.
Alguns metros mais longe já começamos a nos planejar. Retirei da mochila que eu estava uma jaqueta azul marinho, e joguei nos ombros de Rupert uma blusa xadrez vermelha.
-Perdi alguma coisa? Vamos usar figurinos?
-Por que? Você quer que seu pai reconheça a roupa que você saiu de casa hoje nos corredores? –perguntei irônica.
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Reliving
PertualanganSophia é uma jovem rica que vive em um condomínio fechado de luxo de Nova York, cercada de mordomias e pessoas que fazem tudo por ela por todos os lados. Herdeira de uma das companhias de software mais importantes do país, a última coisa que lhe pas...