Capítulo 7-
Me revirei na cama durante a noite inteira. Não consegui pregar os olhos um segundo se quer, toda vez que tentava, as memórias enxarcavam minha mente e me afogava no desespero. Eu na verdade não sabia nem ao certo se aquela sensação de estar morrendo de novo era um sonho ou não. Bom ao menos se foi um sonho tem um ponto positivo: em algum segundo eu pude dormir.
Me virei para o outro lado da cama esticando meus braços até encontrar a cabeceira da minha cama, os raios de sol iluminvam meu quarto por entre os cantos das cortinas, daquela forma meu quarto parecia ter mais vida e pude me sentir confortável com aquilo.
Não levou muito tempo até que finalmente e tomasse coragem para levantar e ir até a cozinha, onde presenciei uma cena nada comum. Minha mãe estava de pijamas fazendo panquecas. Me sentei na ilha de mármore da cozinha e dei risada, só nesse momento que minha mãe percebeu que eu estava lá.
-Bom dia! -Ela disse sorrindo.
-O que está acontecendo aqui? Cadê a Rosa? Não pode vir hoje? -Joguei tantas perguntas para mim que pude perceber que ela se sentiu tonta. Eu nem havia feito isso de propósito.
-Na verdade, eu pedi para que ela não viesse hoje. -Minha mãe iniciou seu raciocíneo e eu arregalei os olhos com aquela informação. Se tinha uma coisa que a minha mãe não fazia era agir como uma dona de casa. Ela muito busniess women para isso. -Pensei que seria melhor que só tivesse sua família aqui para você se sentir segura.
Sorri com a preocupação da minha mãe. Nós estávamos nos aproximando muito. Quem diria que a morte aproxima as pessoas? Bom ao menos no meu caso, que foi uma quase morte então...está bem eu já não estou mais tão certa dessa afirmação que acabei de fazer.
-Isso foi bem legal mãe. Obrigada. Sabe eu não achei que fosse ser tão...estranhi voltar.
-Eu já esperava por isso na verdade, mas com o tempo você se acostuma de novo. -Minha mãe disse entretida com suas tarefas culinárias, contudo parou por um segundo e se virou para encontrar nossos olhares e voltou a dizer-Mas se não se acostumar, saiba que podemos nos mudar quando quiser Sophia.
-Obrigada mas, também não acho que eu esteja pronta para ir embora, ainda falta muita coisa...muita coisa para se resolver antes de ir. -Suspirei fundo, com medo de que com essa frase singelamente dita pudesse colocar toda minha operação em risco, e ela mal tinha começado ainda! -Eu..acho que vou comer alguma coisa com o Rupert. -Minha mãe revirou os olhos e eu me surpreendi, desde quando ela ficava brava de eu sair com meu "namorado" para todos os efeitos. -O que foi?
-É que...custa você ficar em casa pelo menos uma vez?
-Mãeee!! Você que disse que eu vou me acostumar, para isso eu preciso ir voltando para a minha rotina, e tem mais. Eu vou estar com o Rupert, quem seria mais seguro do que ele? - "Bem talvez aquele cara maluco da serra eletrética daquele filme famoso" me respondi mentalmente.
-Quer saber tem razão, tem razão, só não se esqueça de atender assim que eu ligar, por favor!
Fiz que sim com a cabeça e subi para meu quarto, peguei meu celular e digitei uma mensagem simples para Rupert: "Livre? Preciso combinar algumas coisas com você sobre...você sabe. Vamos almoçar". Não demorou muito para receber uma resposta. Uma carinha feliz e um jóia. Será que era só eu que fico extremamente irritada quando as pessoas fazem isso? Não é por nada mas, eu tive o carinho de escrever a mensagem, custa AO MENOS responder um "Tudo bem" ou "Te encontro lá", eu não acredito nessa de que uma imagem vale mais do que mil palavras, se eu te mandei uma mensagem escrita tenha a descência de me responder de verdade e não uma carinha amarela sorrindo. Outro fato curioso: por que essas carinhas são amarelas? Elas não deveriam simbolizar um ser humano? Não sei quanto você, mas eu não sou amarela.

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Reliving
AventuraSophia é uma jovem rica que vive em um condomínio fechado de luxo de Nova York, cercada de mordomias e pessoas que fazem tudo por ela por todos os lados. Herdeira de uma das companhias de software mais importantes do país, a última coisa que lhe pas...