drunk pt.2

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Acordo com uma horrível dor de cabeça e um sol quente batendo na minha cara.

Algumas vez não gosto de Los Angeles por causa do calor, eu odeio calor.

Olho para o criado-mudo e vejo uma bandeja com um copo d'água, uma pílula e um papelzinho amarelo.

Pego no bilhete e leio "Bom dia, sunshine. Vai precisar desse remédio, você estava horrível ontem. Xx Tom"

Levanto da cama, tomo o remédio e saio do quarto indo para o banheiro. Escovo meus dentes, tomo banho, me enrolo na toalha e saio do banheiro penteando meu cabelo. Depois de colocar um shortinho jeans e uma blusa justa branca, chego na cozinha mas acabo sendo surpreendida ao ver ele.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto surpresa.

Tom olha para trás e, ao me ver, volta a fazer o que estava fazendo. Panquecas.

- Bom dia para você também - Tom diz debochado colocando as panquecas nos dois pratos - Tomou o remédio? Deixei em cima do criado-mudo.

- Sim, obrigada - agradeço sem graça e sento na cadeira.

Tom coloca um prato com duas panquecas perfeitas na minha frente e entorna caldo de morango nela. Ele repete o mesmo processo com as deles e senta na cadeira de frente para mim.

Não sabia ao certo o que dizer, então pensei várias vezes antes de falar alguma coisa.

- O que aconteceu ontem? - puxo assunto tirando um pedacinho da minha panqueca - Não lembro de ter chegado em casa.

- Então você se lembra de nada? - Tom ri e coloca um pedaço de panqueca na boca.

- O que eu fiz ontem? - altero minha pergunta.

Tom começa a segurar um riso e aí percebo que eu fiz merda.

- Vamos dizer que você estava dançando de sutiã e saia justa em cima da mesa para um monte homens nojentos. Você lembraria disso?

Fecho meus olhos lembrando vagamente daquilo. Eu estava muito bêbada.

- Obrigada por ter me tirado de lá - digo me lembrando de algumas coisas.

- Somos colegas de trabalho, não posso deixar as pessoas terem uma impressão errada de você.

- Sim, certo - digo tentando disfarçar minha irritação. Sério mesmo que ele só me tirou de lá por causa disso?

- Eu sei o que você está pensando - Tom diz depois de beber um gole do seu suco.

- Você lê mentes agora? - debocho.

- Se fosse a Zendaya, será que eu faria a mesma coisa? - arregalo meus olhos.

- O que? - pergunto chocada.

- Por que você sempre se compara com ela?

- Ficou maluco? - não sabia onde enfiar a cara.

- Foi o que deu a entender ontem...

- Não sei o que você está falando - paro de comer e me levanto.

Tom levanta junto.

- Ah qual é, S/N, eu sou novo mas não estúpido.

- Eu não lembro do que aconteceu ontem, mas acho que você está confundindo as coisas - começo a me explicar.

- Não foi o que pareceu quando você tentou me seduzir ontem no seu quarto.

- Para de inventar essas coisas! - digo ofendida já estando vermelha de tanta vergonha.

- Não estou inventando! - Tom se defende - Você, praticamente, se jogou em mim e por pouco eu não caí nos seus encantos, ok? Nós somos colegas de trabalho, S/N. Não podemos confundir as coisas...

Ele está me dando fora antes mesmo de acontecer alguma coisa?

- Colegas de trabalho? - rio irônica - Desde quando você se importa com isso? Você sai com um monte de figurantes do filme o tempo todo!

- Sim, mas elas não fazem parte do meu cotidiano! Não estão comigo 12 horas por dia, S/N! Não podemos fazer isso, sabe que nem temos permissão!

- O que eu disse ontem a noite? - pergunto chorosa sem olhar para ele de tanta vergonha.

Ele suspira e fica calado, provavelmente pensando se deve ou não falar.

- Disse que gostava de mim e que não entendia o porque nunca te levei na minha casa - ele murmura.

Não! Que merda!

Viro de costas desesperada pondo as duas mãos na cabeça. E agora? Como eu iria olhar para ele de novo?

- S/N, eu sempre te olhei como uma mulher de verdade... - ah para - Sempre te achei linda, inteligente, magnífica. E é exatamente por isso que nunca nem se quer te toquei. Eu sabia que no exato momento que eu fizesse isso, iria perder o controle.

- Talvez eu queira que você perca o controle - digo com toda a coragem do mundo.

Bom, eu ainda estava de costas, talvez não estava com tanta coragem assim.

Depois de um tempo em silêncio, sinto suas mãos na minha cintura me puxando para um abraço caloroso. Seu queixo agora estava no meu ombro e eu pude sentir sua respiração batendo na minha bochecha.

- Eu nunca disse que não te quero, só peço que espere mais um pouco - meu coração começa a acelerar - Assim que o contrato do filme terminar, nós sairemos em um encontro. Igual aquele que você vê nos filmes românticos.

Começo a rir e Tom ri junto comigo. Ele se lembrava daquela conversa.

- Até lá, precisamos nos controlar - Tom me vira para ele.

Seu rosto estava bem próximo do meu e, por um momento, eu pensei que ele fosse me beijar. Mas ele faz algo que me surpreende. Tom deposita um beijo bem demorado no meu nariz. Aquele simples gesto foi muito melhor do que um beijo na boca.

- Agora eu preciso saber, você vai terminar sua panqueca? Por que ela está muito gostosa e eu não vou aguentar jogá-la fora - Tom se afasta e senta novamente na cadeira.

Gargalho e volto a me sentar na cadeira de antes.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒; tom holland, peter parkerOnde histórias criam vida. Descubra agora