Ruined Childhood

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Taehyung Point Of  View

- Bom, tudo começou quando eu tinha por volta de cinco anos... não... na verdade, tudo começou quando meu pai descobriu que minha mãe estava grávida.

Yeoreum e Haneul se conheceram quando estavam no ensino médio, ambos faziam parte do clube de teatro, inclusive deram o primeiro beijo quando estavam em cena, em uma peça onde eles eram um casal de fazendeiros apaixonados. E nesse caso, a vida realmente imitou a arte, pois os mesmos eram filhos de pobres lavradores que viviam no interior de Seul.

Quando terminou os estudos, Haneul já havia arrumado um trabalho, por isso não fez faculdade, diferente de Yeoreum, que não pôde ingressar em uma universidade devido às condições financeiras de sua família.

Após meses de muito esforço e trabalho duro, o casal conseguiu finalmente comprar uma pequena casa em um bairro pobre de Seul, que apesar de estar bastante danificada, conseguiu aconchegar os recém casados.

Os pais de Taehyung nunca tiveram uma boa condição financeira, os gastos mensais do casal eram sempre bem pensados e utilizados somente com o necessário, pois um simples impasse na hora de comprar algo e toda sua renda iria por água abaixo.

A notícia da gravidez caiu como uma bomba na vida de Haneul. Primeiro, porque eles não tinham nem condições de se manter direito, imagina arcar com todos os custos que um filho traz consigo! E segundo, a gravidez era de alto risco e poderia trazer complicações para o bebê e para Yeoreum.

Durante todo o processo de gestação, Yeoreum foi pressionada por seu marido para abortar o filho que estava esperando, porém ela nunca concordou com as solicitações do mesmo. Assim, em uma noite chuvosa de sexta-feira, após longas e dolorosas horas em trabalho de parto, Yeoreum finalmente deu à luz a seu primeiro e único filho, Taehyung.

O pequeno, apesar das complicações que ocorreram durante toda a gravidez, nasceu sadio e sem qualquer tipo de problema, no entanto sua mãe não ficou nada bem após o parto, falecendo pouco depois do nascimento de Kim.

A partir daí, a vida de Taehyung nunca mais foi a mesma.

Haneul, se sentindo culpado pela morte da tão amada esposa, transformou-se em um alcoólico compulsivo. Não cuidava mais da casa, seu chefe só o mantinha em seu emprego porque eram amigos e o pior, Haneul odiava com todas as forças o próprio filho. Ele também o culpava pela morte da esposa, dizia que se ele não tivesse nascido e atrapalhado a vidas que eles tinham juntos, nada disso teria acontecido.








- Eu tenho poucas lembranças das primeiras vezes que ele me bateu ou me ofendeu de alguma forma mas... quando eu tinha por volta de cinco anos ele me deu a primeira surra de verdade.

- Nossa, você era tão pequeno... - Jimin expõe com a voz embargada.

- Sinto muito por isso, bebê. - Yoongi, também com um fio de voz, me abraça e afaga meus cabelos.

Taehyung foi crescendo e nunca se aproximou de seu pai, na verdade, Kim também o odiava. Eles não comiam juntos, não comemoravam aniversários, não se abraçavam... eles literalmente, não se comunicavam!

O único e grande refúgio para todos os problemas de Taehyung é Jimin, os dois são melhores amigos desde quando eram crianças. Jimin sempre o ajudou nos momentos difíceis. Quando discutia com seu pai, Taehyung ía para casa de Park para desabafar, quando seu pai o batia, Jimin cuidava dos ferimentos, quando ele simplesmente cansava de ficar no mesmo ambiente em que Haneul estava, Jimin o convidava para dormir em sua casa. Não importava o que fosse, Park Jimin sempre estaria disposto a ajudá-lo.

Devido à proximidade, quando Jimin foi sequestrado o mundo de Taehyung desabou. Kim não sabia o que fazer a não ser procurar por seu melhor amigo incansavelmente até encontra-lo. Com a sua bicicleta, ele pedalava pelas ruas de Seul dia e noite em busca de Park ou pelo menos de alguma pista que pudesse o auxiliar a acha-lo. E foi durante uma dessas buscas que algo inesperado aconteceu, Taehyung também foi sequestrado.

- Foi tudo tão rápido, eu nem tive tempo de reagir, as mãos de Hoseok eram tão firmes fortes! - Falei com um meio sorriso, na tentativa de quebrar um pouco a tensão que estava no ar.

- É que eu tenho pegada, sabe?! - Jung exclamou orgulhoso, fazendo todos que estavam ali na mesa sorrir.

Aos poucos nós fomos mudando de assunto e esquecendo do clima tenso que estava ali.

[...]

- Ele realmente jogou pétalas por toda a escada?! - Yoongi perguntou com um sorriso que começara a surgir em seu rosto.

- Sim! Foi o pedido de namoro mais fofo que eu já vi! - Jimin respondeu e em seguida deu um selinho em Jeon.

- Fofo deve ter ficado o jardim de onde as rosas foram arrancadas! - Eu não podia deixar de alfinetar Park, era meu passatempo preferido.

- Cala a boca, Taehyung!

Depois que o jantar acabou, voltamos para casa. Eu e Yoongi estávamos realmente querendo dormir, mas parece que esse não era o desejo de todos que estavam ali no quarto.

- Será a inauguração oficial da nossa casa, vai me dizer que vocês não querem desfrutar disso daqui! - Hoseok deslizou suas mãos por todo o corpo.

- Você é muito convencido! - Fingi que não estava ligando para Hoseok só de cueca na minha frente.

- Concordo! - Yoongi completou.

- Tudo bem, tudo bem, eu sou convencido mas... vocês vão querer ou não?

- Só vou aceitar porque seu jeito egocêntrico me deixa excitado. - Min mordia os lábios de forma sexy enquanto sussurrava a frase.

- E eu só vou aceitar porque não consigo te ver vestindo essa cueca e não pensar em coisas obscenas. - falei olhando diretamente nos olhos de Hoseok.

- Vocês me enlouquecem! - Foi a última coisa que ele falou antes de pular em cima de nós.

Jimin Point Of  View

Depois que Tae e os outros foram embora, eu e Jeon arrumamos a cozinha logo em seguida subimos até nosso quarto para dormir... pelo menos era isso que eu pensava.

- Jeon, eu não sabia que a gente dormia com uma pedra em nossa cama. - murmurei ao sentir seu membro ereto tocar de leve minhas nádegas.

- Eu sei um jeito da gente se livrar dessa pedra, quer que eu te conte?! - Jeon sussurrou em meu ouvido, fazendo todos os pelos do meu corpo se eriçarem.

Em um súbito movimento eu já estava em cima dele, rebolando no seu membro e o beijando ferozmente.








"Não importa quanto a vida possa ser ruim, sempre existe algo que você pode fazer e triunfar. Enquanto há vida, há esperança"

The kidnap (Jikook) Onde histórias criam vida. Descubra agora