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"E eu quebro
Me acorde, eu quebro
Fora, me acalme, eu quebro
Desperta, me desperta, eu quebro
Fora, me acalme, eu quebro" — Vantablack (Novo Amor)

— Você acha que eles irão gostar disso? -Pergunto e Lizze coloca seu braço em volta do meu pescoço e seu queixo em meu ombro.

— Onde começa a história da arte? -Lizze pergunta imitando minha voz e beija meu pescoço. — É um bom título para uma primeira aula de do último ano do ensino médio, já que a história do país deles pouco os atraí. Sorrio e seguro a mão de Lizze.

— É sim. -Falo e solto uma risada. — Se eles prestarem atenção nos dez primeiros slides podem ir bem na primeira prova. -Falo e Lizze ri.

— Você vai passar cola para eles como passava para mim nas aulas de matemática, Harold? -Ela fala e eu jogo minha cabeça para trás olhando para Louise.

— A cola é o que os professores falam, eles normalmente não percebem mas é isso. -Falo e Lizze sorri, a barriga dela ainda não está tão grande, são apenas algumas semanas e eu não posso acreditar que eu vou ser pai e ser o professor substituto de uma das melhores escolas de Manchester, isso é loucura.

— Certo, professor. -Ela fala sorrindo e se senta no meu colo, seus dedos percorrem em meu pescoço e arrepio um pouco. — Mas o que acha de deixar de ser professor agora? -Ela sussurra e beija meu queixo. Apenas sorrio antes dela me beijar e eu tirar sua blusa em seguida.

🍃

Uma semana passa rápido quando não estamos fazendo nada, eu estive sim fazendo algumas coisas mais não foi como estar na universidade dando aulas, foi o final das minhas férias e o final consegue passar rapidamente apenas porque não queremos que esses dias preguiçosos acabem. Na realidade, eu estava mais ansioso do que me lamentando por isso e acredito que Cendi também esteja ansiosa, afinal, eu reparei que ela não é do tipo que come demais mais nos últimos dias ela sempre esta comendo algo doce, como uma enorme formiga e barriguda também. Eu não fiz mais nenhuma massagem em seu tornozelo e ela também não reclamou mais de dor, acho que isso é bom ou ela apenas não quis me incomodar, na verdade nunca vou saber porque apesar de estarmos dividindo esse apartamento, ela parece estar em uma bolha onde tudo sobre ela e o mundo dela está bem protegido para que eu descubra e o mesmo sobre mim, no fim, não a julgo por isso pois como eu não quero que ela saiba totalmente do meu passado, eu imagino que ela também não quer que eu saiba do dela.

Nesta madrugada, entretanto, eu acho que a bolha dela sofreu um furo e se abriu em um pequeno buraco e mesmo sem querer eu acabei entrando. Uma madrugada de domingo para segunda que eu deveria dormir e descansar mas não consegui, a porcaria da ansiedade e o relógio estava perto de marcar três e meia da manhã, quando eu escutei o primeiro grito dela.

— Eu não dou a mínima para o que você acha! -Cendi grita, mas queria controlar a voz para não gritar mais e talvez me acordar, mas veja estou bem acordado já faz um bom tempo, sentado no chão da varanda, observando as estrelas e sentindo o vento movimentar as poucas nuvens do céu. Escuto uma porta abrir, provavelmente da varanda do quarto de Cendi e isso me deixou um pouco mais curioso. Escutei ela suspirar e depois soluçar. Ela sempre sorrir e imaginar ela chorando desse jeito não me pareceu bom.

— Will, eu quero que você desapareça, que merda. Eu já disse, já disse. -Ela fala e toma fôlego. sua voz está trêmula e acredito que ela esteja mesmo chorando. — Eu não vou ter mais esse bebê, você se esqueceu? Você me mandou abortar! -Ela fala brava e depois fica um tempo calada. — Eu não ligo sobre o que seus amigos chapados viram, eles são chapados iguais a você. E você sabe o que me fez, você viu que me machucou, não só a mim, você estragou tudo! -Ela volta a aumentar o tom de voz e eu suspiro, claro que o pai do bebê dela é alguém ruim. — Vai se foder Will, eu nunca mais voltar!

Emigrate || H.S. || Shortfic || CompleteOnde histórias criam vida. Descubra agora