catorze.

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12 de janeiro.

  Como hoje é domingo e eu passei o dia sozinho, tirei a noite para tocar bateria. Enquanto tocava, ouvi alguém batendo repetida vezes na porta. Na hora congelei e minha única reação foi largar as baquetas no chão e correr para ver quem era. Lá estava você. Seus cabelos estavam bagunçados e seu rosto parecia pálido e inchado. Não era a minha Ava.
"Será que você pode parar de tocar por algumas horas? Está tarde e eu agradeceria", disse em um tom delicado. Assenti e dei um leve sorriso, você sorriu também. Você estava pronta para ir embora, quando a interrompi. "Está tudo bem?" perguntei.
Você abriu um sorriso sincero e respondeu: "Sim, senhor" em um tom brincalhão. Deus as costas e então eu a observei atravessar a rua e desaparecer atrás da porta de sua casa.
Gostaria de ter dito que você poderia contar comigo se precisasse de algo; que poderia contar comigo para falar sobre o que se passa. Mas não disse. Apenas a vi ir embora. Espero que fique bem logo, para poder te ver na varanda com um livro novo em mãos.

xx,
ash.

– nota da autora.
dia 25 de julho foi o dia do escritor e eu queria vir aqui agradecer à você, leitor que acompanha essa trama nem um pouco clichê que surgiu em minha cabeça. eu sei que são poucas pessoas (por enquanto), mas sou extremamente grata por cada um de vocês. escrever é minha paixão. obrigada por terem a paciência de me acompanhar e acompanhar esses estranhos personagens. vocês são incríveis.

— lia.

letters • ashton irwinOnde histórias criam vida. Descubra agora