Capítulo 39

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— O que te faz achar que eu não fugiria? ­ — Indago.

— Por que se quisesse fugir não teria me perguntado nada, apenas fugiria, pois, a porta do carro está destravada, a arma está no porta-luvas e você tem uma dentro da bota esquerda e uma faca, a qual devia estar no peito do príncipe, na bota direita.

Sorrir em formar de rendição.

— Está bem, está bem. — balancei as mãos no ar. — Para onde estamos indo?

— Verá em breve. Confia em mim?

— Se você me seqüestrou e depois deu a faca e o queijo em minhas mãos, claro que eu confio. — O olhei com deboche. O mesmo sorriu mordendo os lábios inferiores.

Depois de um tempo dirigindo, Erick parou em frente um hotel perto da praia.

— Isso só pode ser brincadeira. — digo rindo.

— Motel fica muito na cara, não é? ­— Ele se virou para mim ainda dentro do carro.

— Me seqüestrou para transar comigo? ­­— indago sem acreditar.

— Não. Vou lhe dar as informações de que precisa. Apenas isso, mas se de repente der vontade... Que não seja na sua sala de estar com três caras e uma garota olhando.

Gargalhei com o que ele disse. Esse cara não existe.

Entramos no quarto que tinha visão para o mar, o quarto era muito bonito, decoração simples, mas casual. Fui até a varanda do quarto e olhei a praia pela primeira vez.

— Lindo não é? — disse ele.

— É sim.

— Há quanto tempo está nos Crescent Moon? — Ele indaga.

­— Pouco menos de um ano. E você?

— Nos Blacks, três meses, nos Crescent Moon cinco anos. Minha mãe os lidera.

— Você é filho de Philbe e ainda é espião? Nossa... ­— digo. Ele não se parece nada com Philbe.

— Você é bem esperta. ­— ele me encara. — Você é mesmo namorada do Josh?

— Josh é um idiota. E não, não namoramos. — minhas palavras flutuam no silencio que Erick quebra logo depois.

— Eu sei o que ele fez com você, eu estava lá quando você correu no cavalo. E peço desculpas, fui eu quem acertou a flecha em seu ombro.

— Sem problemas. — dou de ombros.

Sorrindo de lado ele chegou um pouco mais perto, pôs a mão em volta da minha cintura e me beijou.

Era difícil resistir a seu beijo quente e lento, admito. Quanto mais ele me beijava mais nós chegávamos perto da cama e quando percebi, eu já tirava sua camisa.

Ele deitou-me na cama, beijando meu corpo devagar. Agora estávamos apenas com roupas intimas e ele sobre mim beijando meu pescoço. O calor que nossos corpos fazia era incrível, talvez eu nunca tenha sentido isso antes e tenho medo de que seja uma grande enrascada. Mas, mesmo com esse pensamento, deixo o momento me levar.

Amanhecia e só percebi por que ouvi pela milésima vez meu celular vibrar. Olhei a tela do aparelho e tinha exatamente 543 mensagens. 70% eram de um numero desconhecido, o restante era de Fred e tia Liza. Olhei para o lado da cama e vi Erick dormindo. Por um momento esqueci o que havia acontecido, levantei da cama e me vi díspida de roupa, no mesmo momento puxei o lençol para me cobrir e me "arrependi", pois, Erick também estava sem qualquer vestígio de roupa. Bom, olhando pelo lado positivo... Ele é bem musculoso e nossa... É melhor eu vestir-me.

A filha da rainha (HIATOS)Onde histórias criam vida. Descubra agora