O que eu vou fazer da minha vida?

1.7K 208 75
                                    

Orochi.

EU NÃO TIVE CORAGEM DE MEXER NO CELULAR. Falar com o Lucas tinha se tornando uma coisa reconfortante, mas eu tinha medo do que ele poderia pensar de mim.

Já faz algum tempo que eu tenho o evitado de todas as formas. Me contive quando ele postava alguma foto com o outro, ou quando ele estava sozinho, esbanjando um belo sorriso. Tentei encurtar de todas as formas quando ele puxava algum assunto comigo. E isso tem me quebrado por dentro.

Eu sei que essa era uma péssima ideia, mas foi a única solução que eu consegui pensar para controlar todos os sentimentos confusos que rondava no meu peito e apenas substitui-los por um: agonia.

Era agonizante todas as vezes que ele me mandava mensagem e eu me sentindo fraco para o responder de forma coerente, de forma que ele não me ache um completo idiota que só faz coisas idiotas enquanto ele tem pessoas melhore ao seu redor. O T3ddy era a prova disso.

Eu era apenas a porra de um idiota que queria negar os próprios sentimentos que me sufocam diariamente.

Desde quando fui naquela praça e encontro com Jennifer, Lucas foi a primeira pessoa que me mandou mensagem quando cheguei em casa e que "conseguiu" me animar com uma simples mensagem.

Eu sei que pode parecer besteira e que eu posso parece um retardado falando esse tipo de coisa, mas eu senti algo dentro de mim que não sentia a muito tempo, ou se já senti só havia esquecido como era a sensação.

Depois de falar com o Lucas eu fiquei algum tempo olhando as mensagens diversas vezes, mesmo que elas tenham sido bobas e sem nenhum sentido por trás, mas de alguma forma aquilo me deixou melhor momentaneamente. Então, pouco tempo depois, me levantei e segui em direção ao banheiro tomar um banho gelado e logo depois segui para o quarto deitar.

Mas eu não consegui dormir, minha mente estava dividia em dois polos.

Eu não estava sentindo ódio de Jennifer, mas aquilo tudo que ela disse me deixou mal. Como pode um ser humano falar tamanhas besteiras assim sem um pingo de verdade? Aquilo me dava repulsa. Eu não queria a ver nunca mais.

Por outro lado, tinha o Lucas. Eu não sei ao certo o porquê eu estava pensando no garoto, isso me enlouquecia por dentro. Eu queria falar com ele, mas não por mensagem, eu queria ouvir a sua voz. Acho que só assim eu iria saber o que eu sinto.

Eu me sinto um tolo pensando esse tipo de coisa, porque a pouco tempo atrás eu não estava me importando a mínima com ele, tanto que ele jogava indiretas que eu ao menos fazia esforço para entender. Eu não sei que porra tá acontecendo comigo.

Lembrava das duas vezes que eu havia gravado com ele, ele era sempre tão espontâneo com o que falava, isso me deixava cada vez mais impressionado com ele. Era como se quando ele falasse algo que realmente fosse espontâneo, de coração sem ao menos medir as palavras, aquele momento se tornava mais único para mim, porque apesar dele não pensar muito quando fala, aquilo conseguia soar de uma forma engraçada e graciosa e nem um pouco ofensiva.

O contrário de mim.

Eu estava sentado em frente ao computador, olhando fixamente para o mesmo tweet mesmo que não estivesse lendo ele.

Tinha uma decisão que eu sei muito bem que iria tomar. Eu iria gravar mais um vídeo com ele, e não iria parar até saber ao certo o que sentia.

Nas terças nós jogamos indiretas para o Orochi; |concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora