08 💣

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MATHEUS 🔥

Alice tava sorrindo pra tudo, o shopping cheio mesmo com o horário tarde, e aquela amiga dela ainda tá aqui e o pior que não para de olhar pra cá.

Ela é uma cobra, isso sim.

Alice nem faz idéia de quem ela chama de amiga.

Levantamos pra ir embora e a outra lá também.

Fomos pra escada rolante e depois pagar o estacionamento.

— Não quero voltar pra lá — Alice falou e fez bico —.

— Aí já não posso fazer nada né — puxei ela pela mão enquanto falava — teu pai nem sabe que tu tá aqui.

— Já deve saber sim — Alice disse olhando pros lados — deve ter até segurança seguindo a gente.

— Para de k.o Alice — falei rindo negando com a cabeça — sobe que vou te deixar na sua casa.

Ela revirou os olhos mais subiu colocando o capacete.

Antes de ligar a moto vi uma notificação no meu celular, logo me preocupei, já que o assunto é Marcela.

Fui rápido e consegui sentir as unhas da Alice me apertando na cintura.

— Tá doido de correr desse jeito? — ela perguntou ofegante em cima da moto —.

Já estamos em frente a casa dela, ainda tinha carros por ali, mais não como antes.

— Foi mal aí, tenho que resolver um problema da Marcela — falei e cocei minha cabeça quando vi o irmão dela —.

— Tabom, manda beijos pra eles — falou descendo da moto, ficou do meu lado, cara a cara, se aproximou e mesmo sabendo no que aquilo ia dar, queria ficar até o final, não me mexia, só ela, se aproximou mais ainda e me deu um selinho demorado — uma boa noite — sussurrou —.

Observei ela entrar e neguei com a cabeça rindo.

Sai dali rápido.

Tava já doido.

Avistei a entrada da favela e vi os meninos lá.

— Cadê Marcela? — perguntou fazendo toque com eles —.

— Tá lá na sala parceiro — ele falou e nem liguei o que os outros ia dizer —.

Subi com a moto voando, dia de baile, lotado.

Estacionei na frente da sala e vi alguns homens fazendo segurança.

— Ele tá te esperando lá dentro — um deles falou abrindo a porta —.

Comecei a andar e abri uma porta, quando entrei Marcela correu pra mim me abraçando.

— O que tá acontecendo? — perguntei pro dono daqui —.

Não tenho medo de quem ele é nessas horas não, o meu único pensamento agora é na minha irmã, o resto foda-se.

— Ela tava provocando meu pai lá — Luana, filha do Caveira falou se intrometendo —.

Olhei pra Marcela que tava agarrada em mim chorando.

— Eu não tava provocando ninguém Mat, tava só curtindo com os meus amigos — Marcela falou baixo —.

— Matheus, tu sabe que ela é minha, sei que ela tem os rolos dela, mais na minha frente não — Caveira falou se levantando da cadeira dele —.

— Ela é sua o caralho — falei alto — ela não tem dono não, muito menos você porra — falei apontando o dedo pra ele — se você continuar com esses papos de novo o bagulho vai lá pra cima.

— Marcela já sentou pra mim filhão — falou debochado rindo —.

— Luana também já sentou pra mim, então sou o dono dela? — perguntei no mesmo tom que ele, a outra lá ficou vermelha — gamou? Problema é seu, chega perto dela mais uma vez pra vê se não vai lá pra cima, e antes de tentar me matar eles já estão avisados.

Sai de lá com Marcela abraçada em mim.

Subi na moto sem falar com ela, quando subiu na moto liguei e fui pra casa.

Marcela abriu o portão e entrei, estacionei a moto e tranquei o portão.

Entrei em casa e ela já tava no colo da minha mãe.

— Abri o bico logo Marcela — falei sem paciência —.

— Eu tava no baile com os meus amigos, tu sabe que eu danço com todos do grupinho, tanto homem como mulher — falou limpando as lágrimas — e ele achou ruim, eu não fiz nada Mat, eu não fiquei com ele nunca mais.

— Tu presta atenção Marcela, tu já é grandinha, se eu mandar pra eles lá de cima, e tu tiver envolvida com ele, os dois paga — falei encarando ela —.

Marcela teve um rolo com Caveira, quando descobri abri os olhos dela, não tenho medo de enfrentar não, conheço alguém lá de cima que uma palavra mata ele.

Fui pro meu quarto e fui logo tomar banho, depois de já seco e com cueca me joguei na cama, Alice acha que sou moleque emocionado.

Nem tô mais me reconhecendo, já não fui em cinco bailes seguidos.

— Eu juro que não fiz nada de mais Matheus — Marcela falou entrando no meu quarto —.

— Tá bom Marcela, mais fica ligada no que tu faz, tu sabe o que ele já causou —.

Falei e nem liguei mais pra ela, só ouvi a porta sendo fechada.

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