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ALICE 🌹

— PARA MATHEUS — gritei gargalhando — Eu vou devolver, não tô brincando.

O traste mesmo com um braço quebrado conseguia me prender e me infernizar com as cosquinhas.

— Então devolve — falou ficando por cima de mim — vem Alice.

Não aguentei da cara que ele fez e gargalhei.

— Vamos, daqui a pouco sua mãe chega, trabalhou o dia inteiro — falei tentando sair de baixo dele e finalmente consegui —.

— Vamos aonde? — Matheus perguntou perdido —.

— Preparar a janta, sua mãe e irmão vai chegar com fome — falei saindo do quero e fui até a cozinha — já é seis e meia.

Fiquei pensando no que fazer vasculhando os armários e a geladeira, como sempre sendo observada por Matheus.

— Macarrão tá ótimo — ele falou vendo minha indecisão — com carne moída, perfeito.

Assunti com a cabeça e fui pegando tudo que iria precisar

Coloquei o macarrão pra ferver e já fui preparar a carne moída, em quanto mexia a colher na panela senti Matheus atrás de mim, sabia da sua real intenção e gosto muito disso.

— Pra fazer outras coisas não consegue, agora pra fuder consegue né filha da puta — falei tentando não dar mole pra ele e o mesmo sorriu —.

— Da aquela moral vai Alice, tô querendo tanto — falou com sua voz que chamo de canalha, jogou meu cabelo pro lado e beijou minha nuca — por que não vamos agora pro meu quarto?

Queria tanto resistir mas sentir ele beijando aos redores do meu pescoço e puxando meu cabelo me deu uma despertada.

— CHEGAMOS — ouvi a mãe do Matheus gritar da sala e logo em seguida pareceu que entrou um furacão, era seu irmão checando se está tudo bem com Matheus — sai mais cedo hoje — Sueli parou de falar assim que estou na cozinha e sorriu ao me ver — te ajudo a terminar a janta, Matheus vai com seu irmão buscar refri na vendinha.

Eles dois só assistirão.

Depois de uns minutos a porta foi fechada e nós duas continuamos plena em terminar a janta.

— Marcela tá na facul? — perguntei olhando ela de canto de olho —.

— Sim, preciso perguntar uma coisa— ela parecia tensa — Luana estava aqui hoje mais cedo?

Fiquei em silêncio, era estranho lembrar ela aqui dentro, só os dois.

— Sim, quando cheguei ela estava aqui — Falei e senti seu olhar sobre mim — eu não ligo — afirmei sem sua pergunta encarnado-a — Matheus e eu não temos não, porém não sou boba, só não sei se ela quer fazer esse joguinho pra manipular a cabeça dele ou não, não a conheço pra afirmar.

— Não acho que é por maldade, mas ela não é mais adolescente — comentou e se virou completo pra me olhar — não se engane com ela.

— Pode deixar — respondi e pisquei —.

Conseguimos terminar a comida e ainda sentar pra Sueli assistir a novela dela, nesse tempo todo os meninos focou fora pra comprar um refrigerante.

Quando peguei meu celular pra ligar pro Matheus, ele entrou com Maicon que segurava a sacolinha.

— Demoraram por que? — Sueli perguntou se levantando do sofá, indo pegar a sacolinha e foi direto pra cozinha —.

— Maicon pediu pra passar na  pracinha, ele encontrou um colega lá — respondeu sem muita importância —.

— Agora só vamos jantar quando seu irmão tomar banho — falou alto da cozinha e Maicon fez careta — vai agiliza logo.

Contra gosto Maicon foi pro banheiro batendo o pé.

Continuei a assistir a novela e senti Matheus sentar do meu lado.

Não dei muita importância pra ele, mas não por raiva e sim porque a novela estava em um momento interessante, talvez pra mim que nunca tinha assistido.

— Minha mãe vai na casa da colega dela daqui da rua, só vai voltar quando começar a novela das nove — falou baixo no meu ouvido e arrepiei — Vamos ficar sozinhos durante esse tempo, o que acha?

— Eu acho que você tá cortando a brisa que criei com a novela — falei virando meu rosto, realmente estava brava, acredite ou não tava gostando —.

— Beleza — falou se levantando — por favor, quando a comida estiver pronta me chama.

Sem paciência nenhuma pra briga, já não bastasse em casa, não queria brigar aqui também.

— Vou indo nessa — falei me levantando e pegando minha bolsa que estava no outro sofá —.

— Vai embora mesmo? — perguntou incrédulo e concordei com a cabeça — beleza, tchau.

Não liguei muito pra ele, chamei um Uber e fui até a cozinha.

Me despedi da Sueli que suplicou pra que eu ficasse pra janta, neguei até o último.

Quando fechei o portão a porta foi aberta e Matheus saiu de lá.

Caminhou até o portão e abriu.

— Fica vai Alice — resmundou me puxando pra um abraço —.

— Melhor não, já está tarde, meu pai não para de ligar — mostrei pra ele a  tela do celular e meu pai ligava mais uma vez — tenho que  descer, o Uber daqui a pouco chega.

— Vou com você até o pé do morro — falou pegando minha bolsa e puxei minha mão, na qual apertou e fez um carinho —.

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