Capítulo 6

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― Austin? -Eu disse em descrença. ― Austin Mahone? Você é a razão pela qual eu tive que arrastar o meu traseiro por todo o caminho da Virgínia?

Austin também não estava feliz em me ver.

― Você arruinou a minha vida! - Ele lamentou. ― Primeiro a sua namorada esquisita aleijou a minha mão, então você não está morta, e agora essas criaturas me raptaram! Eu odeio o dia em que te conheci!

Eu bufei.

― Digo o mesmo, imbecil!

Lazarus me olhava desconfiado.

― Ele disse que você esteve apaixonada por ele. Você está apenas fingindo não se importar agora para que eu não o mate.

― Você quer matar ele? - Talvez eu estivesse louca com a ideia de que restavam menos de quinze minutos, ou talvez eu só estivesse cansada. ― Vá em frente! Aqui, eu vou ajudar!

Eu puxei a arma na parte de trás da minha calça e atirei no Austin à queima-roupa. Lazarus e os outros vampiros ficaram momentaneamente atordoados com esta reviravolta nos acontecimentos, e eu levei vantagem. As próximas rodadas acertaram em cheio no rosto do Lazarus. Eu não me incomodei em disparar no seu coração, porque eu o queria vivo. Ele tinha informações sobre mim. Eu esvaziei o pente nele, enquanto minha mão livre arremessava facas nos cinco restantes.

Eles pularam em mim. Presas afundaram e rasgaram a minha carne antes que eu me livrasse. Foi uma luta muito rápida, rolando nas pedras irregulares, socando e cortando qualquer carne que não fosse minha. Eu estava muito consciente dos segundos fazendo tique-taque enquanto eu lutava para manter as minhas facas na mão e as presas deles longe da minha garganta. Afinal, uma coisa era morrer pela Lauren, ela se importando ou não. Outra completamente diferente é morrer pelo chorão e desprezível Austin Mahone. Você poderia seguramente dizer que eu ainda guardava rancor.

Eliminei o último vampiro arrancando o seu coração com a faca, e meu relógio mostrou menos de trinta segundos. Lazarus, não estava morto mesmo depois de um rosto cheio de balas de prata, rastejou para o Austin, ainda vivo, gemeu indefeso e tentou se afastar. Não havia tempo suficiente para apertar o Lazarus por informações, e muito menos para matá-lo e resgatar o Mahone. Havia tempo restante para fazer apenas uma coisa.

Sem um momento para pensar, agarrei o Austin e o atirei por cima do meu ombro, correndo a toda velocidade para a entrada da caverna. Ele gritou com os solavancos e me amaldiçoou entre arfadas. O cronômetro zerou assim que a iluminada saída apareceu. Atrás de mim, eu ouvi Larazus correndo também, mas muito distante. Ele nunca conseguiria. Nem eu, o tempo acabou. Em vez da explosão que eu esperava, havia vozes. Movimento do lado de fora. Duas figuras entraram na caverna quando eu estava quase em cima deles. Era o Zayn e a Dinah. Eu gritei porque eu sabia que eles não podiam me ver no escuro.

― Não atire!

― Segure o fogo, é a Walz! –Dinah gritou.

O que aconteceu depois aconteceu quase que instantaneamente, entretanto isto estaria para sempre em câmera lenta na minha mente.

― Hostil se aproximando rápido, mire alto! - Eu gritei, e mergulhei para baixo, para limpar a sua linha de fogo. Zayn, que não tinha relaxado sua postura, disparou às cegas na escuridão atrás de mim. Dinah, que abaixou a sua arma para tentar me localizar na escuridão horrível, veio com a garganta exposta e deu de cara com Lazarus.

Houve um barulho repugnante quando sua artéria foi libertada. Eu gritei, largando o Austin e correndo para ela. Lazarus a atirou em mim com força total, e o corpo da Dinah me derrubou. Sangue quente pulverizou minha cara quando eu fechei as minhas mãos ao redor do pescoço dela, inutilmente tentando conter o fluxo. No meio disso Zayn ainda estava disparando, e Lazarus o jogou contra a parede da caverna e correu. Lá fora, havia salpicos de mais tiros quando as tropas do perímetro atiraram no vampiro fugitivo.

Night Huntress Vol #2Onde histórias criam vida. Descubra agora