Capítulo 38

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Nicholas rompeu seu silêncio só depois que Lauren me soltou de seu beijo. Ele me sondou com um olhar e então sorriu. Assustadoramente.

― Se no início você não conseguir, tente, tente de novo. Você acredita nisso, garotinha? Eu acredito. Você e eu teremos nosso dia, marque minhas palavras.

― Ele está ameaçando ela? - Lauren perguntou a Ian com uma fria amabilidade enquanto eu encontrava o olhar de aço. ― Talvez você precise lembrá-lo que qualquer um que vier atrás da minha esposa − ou qualquer um que pertença a ela, como o tio dela − está, na verdade, declarando guerra contra mim também. Essa é a sua posição, Ian? Ele fala por você?

Ian deu a Nico um olhar realmente ameaçador.

― Não, ele não fala, e ele não tem mais nada para falar sobre o assunto. Você tem Nicholas?

Nico deu uma olhada em volta para todo o pessoal de Lauren, que estavam observando-o com ameaça também.

― Não, eu não tenho mais nada para dizer sobre isso. - Ele replicou com um tom que dizia que ele teria muito para dizer sob outras circunstâncias. ― Mas eu tenho algo a dizer sobre a mãe dela. - Ele fixou seus olhos de volta a mim. ― Você esteve mal informada. Eu fodi com ela, oh sim. Mas eu não a estuprei.

Lauren apertou seu aperto em mim, sentindo que eu estava prestes a explodir. Ian viu isso também.

― Você desistiu da sua chance, Karla, e isso funciona dos dois lados. Nicholas é meu e sob a minha proteção. Se você puser a mão nele, isso é um ato de guerra.

Eu tive que me segurar. Outra hora, outro lugar. Aqui não. Onde isso se tornaria num banho de sangue entre o pessoal de Lauren e do Ian.

― Você provavelmente tem estuprado tantas mulheres que nem mesmo recorda quem ela era. - Eu esclareci de maneira justa.

Nico sorriu.

― Você nunca esquece o seu primeiro, e ela foi a minha primeira depois que tinha sido mudado. Ela era uma morena bonita com belos olhos tetas redondas. Tão jovem e ávida. Tão fresca. Eu tive um momento tão bom fodendo com ela no banco de trás daquele carro, e o único momento que ela se opôs foi depois que eu tinha feito. Ela abriu seus olhos, viu meus olhos brilhando vermelhos, viu minhas presas... e começou a gritar em desespero. Começou a chorar, também. Apenas berrou histericamente e dizia que eu era um soldado do inferno, ou algo do tipo. Isso foi engraçado. Tão engraçado que eu não me incomodei negá-lo. Eu contei a ela que ela estava certa. Que eu era um demônio. Que todos os vampiros eram demônios, e que ela apenas tinha deixado a si própria ser fodida por um. Em seguida bebi seu sangue até que ela parou de berrar e desmaiou, e isso, garotinha é o que realmente aconteceu entre sua mãe e eu.

― Mentiroso. - Eu cuspi.

Seu sorriso tornou-se cruelmente astucioso.

― Pergunte para ela.

Nico era evidentemente capaz de mentir. Qualquer um que pudesse conspirar para assassinar sua própria filha mentiria para tirar sua bunda da reta se quisesse, mas de alguma forma... de alguma forma eu não estava certa se ele estava mentindo agora. Minha mãe tinha declarado veementemente por tanto tempo quanto eu conseguia me lembrar que todos os vampiros eram demônios. Eu tinha pensado que isso era apenas um termo geral de repugnância, mas talvez houvesse mais do que isso. Se Nico tinha dito a ela que ele era um demônio, que todos os vampiros eram, isso certamente explicaria seus sentimentos confusos voltados a mim, assim como sua completa repulsa em considerar os vampiros como algo além do mal.

Night Huntress Vol #2Onde histórias criam vida. Descubra agora