i don't want your money

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*s/n on*

15 era o número de dias que eu estava em Londres, com as coisas que acontecerem com Júlia tive que tomar a frente da empresa, e sinceramente não sei quando ela volta.

Fazem pouco mais de  15 dias também que eu me casei, e que minha esposa não fala direito comigo. As crianças me ligam toda noite, me contam sobre a escola, perguntam quando eu volto e vão dormir.

Demi e eu trocamos mensagens apenas, como "como você está?" "E o trabalho?" eu nunca imaginei que pudesse sentir tanta falta dela.

Esse tempo aqui em Londres fiquei em um hotel, ao invés de um apartamento do escritório. Aproveitei que sai mais cedo e fui até o centro comprar alguns presentes para as crianças e Demi.

Passei o fim da tarde comprando roupas, brinquedos, e souvenires para recordações. Entrei em uma loja que vendia vários equipamentos musicais, tinha alguns que você poderia experimentar, fazia tanto tempo que eu não tocava.

Me sentei em um banquinho, peguei uma guitarra em exposição, comecei uma melodia qualquer. Foi uma vibe e tanto. Ao me levantar, percebo que os vendedores e um cara estão de boca aberta me olhando, acho estranho, agradeço e saio da loja o mais rápido possível.

- Hey, você aí - o cara sai gritando da loja, eu paro, olho para trás e ele vem em minha direção - você toca muito bem - colocou a mão em meu ombro, fiquei muito sem jeito

- Obrigada - me afastei - preciso ir

- Espera, você trabalha com isso? - ele diz caminhando ao meu lado

- Não, meu trabalho não tem nada haver com música - dei risada

- mas deve ter tido um professor e tanto - ele ri

- na verdade professora - Demi havia me ensinado a tocar

- bom - ele parou - me chame de Ed - ele era ruivo, cheio de tatuagens - se estiver interessada em tocar sua melodia para mim, ficarei feliz, acredito que se encaixaria perfeitamente na música que eu tenho pronta - ele me entrega um papel com um número - me ligue

- Não prometo nada - pego o papel e coloco no bolso

- apenas para se divertir

- prometo pensar Ed, a propósito meu nome é s/n - estendo a mão - preciso ir - digo me aproximando do meu carro

- claro! Espero te ver em breve - ele acena e se vai

Entrei no carro e voltei para o hotel. Chegando lá, o pessoal da recepção me disse que havia uma moça no saguão me aguardando, pedi que subissem com as minhas coisas, fui ver quem era e bem, tive uma surpresa enorme

- Andy? - digo me aproximando

- S/n - ela se levanta e me abraça

- como você está? - digo me sentando na poltrona do saguão e ela se senta em minha frente

- Bem! E você? Se casou né? - deu uma risada meio triste

- Sim, me casei! Desculpa ser grossa mas, o que você faz aqui?

- Vim te ver, somos amigas lembra?

- quem te contou que eu estava aqui? - olho para os lados, pois, sei que mesmo não sendo famosa eu sou casada com uma e pessoas tiram fotos escondidas a todo momento

- Sua prima, ela me atualiza sobre você

- Como anda o trabalho? - digo meia desconfortável com a situação

- Bem, me arrependo de ter terminado tudo com você - ela abaixa a cabeça - tenho tudo, mas não tenho você

- Você vai achar alguém melhor que eu Andy - me levanto - foi muito bom te ver - sentia que ela tinha segundas intenções, melhor acabar logo com isso - sempre que precisar pode me chamar

SHE      (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora