Capítulo 10: Viagem Maldita

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O dia apresentava-se nas condições climáticas perfeitas para se passar as férias como um casal perfeito. Tudo havia sido extremamente calculado pelo marido de Lisa.

  As bagagens estavam prontas. Lisa as levou até o veículo.

–Você têm certeza para onde está indo? –Perguntou  Lisa quando eles já se retiravam de Barrymore.

–Absolutamente nenhuma, eu nunca tenho certeza. –Disse ele ironicamente com um sorriso.

–Idiota... –Exclamou Lisa de forma debochada.

–Este “idiota” que vai te levar para o melhor hotel da região!

  As conversas iam e vinham. O passeio permanecia tranquilo, calmo o suficiente para sufocar as preocupações e ansiedades da mulher. A detetive de férias, tinha medo do antigo amigo de seu marido. Depois que descobrira quem realmente ele era, o temia com todas as forças. Temia a viagem de férias com certeza, mas se esforçava para não deixar isto claro para o marido. Afinal, ele havia se esforçado para garantir a viagem de férias. Não podia atrapalhar a alegria do marido, precisava atender à esta vontade, pois a seu relacionamento não era dos melhores e poderia acabar em questão de meses.

  A pobre mulher não aguentou o seu receio quando a via pela qual o seu marido dirigia deixara de ser asfaltada. Pouco a pouco, as moradias iam rareando. O veículo adentrava um terreno desconhecido. Estavam em Barnely de fato, mas aquele não parecia o lugar onde um casal resolveria passar as férias. A mulher notou que o marido parecia preocupado.

–Gleson, você tem realmente certeza de que está me levando para o hotel?
–Perguntou Lisa já desconfiada.

–Eu não... sim, é claro.

–Gleson, qual endereço você está seguindo?

–Eu... estou... eu estou seguindo o endereço que o Joseph... me deu. –Disse ele relutante em confessar o fato.

–Eu não acredito que você mentiu! Você disse que ele não iria com a gente! –Gritava Lisa. A mulher estava desesperada, com medo e com rancor pelo marido. –Como assim, você não seguiu o endereço dado pelo site do hotel!

–Ele não vai! Eu só achei que o caminho que ele tinha dado seria mais fácil, seria um atalho.

–Atalho? Para ele nos matar, é isso? –Bradava Lisa.

–Não diga isso! Eu duvido muito que estás suas acusações contra o Joseph sejam verdadeiras. Olhe, me desculpe, eu vou ir pelo endereço do hotel. Desculpe, foi um erro. Eu não quero que este dia seja arruinado, entende Lisa?

  Depois disto, houve minutos mórbidos de silêncio. Lisa continuava furiosa por seu marido não ter acreditado nela.

   Quando o veículo acabara de manobrar para retornar, uma surpresa desagradável tomou conta do casal, ainda mais de Lisa: um veículo branco de pequeno porte parou exatamente na frente do carro onde estava Lisa e Gleson.

–O que está acontecendo? –Perguntou Lisa receosa.

Ele não a respondeu, ocupava-se de buzinar para o outro motorista como um cidadão  furioso em meio a um trânsito caótico que tem o seu veículo danificado por algum acidente indesejado. 

  A mulher suava. Estava receosa e tremia. O receio da mulher foi intensificado quando Gleson se preparou para sair do veículo.

–O que você está fazendo? –Gritava ela agarrando o marido. –Fique aqui!

–Me solte! –Censurou Gleson se retirando bruscamente do veículo.

   No mesmo instante em que Gleson abriu a porta do carro e saiu do veículo, o motorista do outro carro desceu. Era um homem mascarado por um por um fino tecido branco enrolado ao longo do seu rosto, mas que permitia a visão.

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