Apenas um Desejo Latente (Uncontrolled Guys Series Book 1)

Capítulo 14

─ O senhor não pode entrar!

Os olhos de Peter foram diretamente na mulher à sua frente, impedido de entrar no escritório de Tyler. Quem ela pensava que era para isso? Uma simples secretária de baixa renda e mal vestida não devia estar lhe dirigindo a palavra e pelo visto estava se achando no direito de privar seu acesso ao escritório de Carter. Aquilo parecia a pior piada do dia e este ainda nem havia terminado. Sua impaciência borbulhava. Podia entrar a hora que quisesse ali, ninguém tinha o direito de impedi-lo de entrar naquele lugar. Seus olhos pareciam perfurar aquela mulher, mas Peter se dedicou a olhar com superioridade, com o rosto pétreo, mas no final esboçando uma simpatia totalmente tóxica, olhando para ela como se fossem um animal de rua, completamente cheio de doenças, quase morrendo e desprezível.

─ Perdão?

Engoliu em seco aquilo enquanto aquele olhar frio parecia perfurar seu corpo. Aquele menino conseguia causar algo tão estranho, como se tivesse medo dele. Naquele momento talvez tinha.

─ O senhor não pode entrar na sala! ─ disse um pouco retraída.

Um sorriso forçado apareceu o rosto de Clarke.

─ Quem você pensa que é para impedir de entrar?

Engoliu em seco.

─ Meu chefe disse que não queria ninguém atrapalhando sua reunião. É ordem dele!

Peter olhava aquela mulher como se fosse um ser insignificante e sem sentido algum. Seus olhos verdes estavam fixos, de forma superior, sem demonstrar qualquer emoção ou qualquer outra coisa semelhante, ignorando da forma mais imperante e aristocrática que podia, estava ali para falar com Carter e queria naquela hora e naquela hora falaria.

Não iria ficar ali discutindo com uma simples secretária de baixa renda.

O rosto da secretária se fechou quando passou por ela, totalmente ignorando sua presença demonstrando sua total insignificância e o que ela representava ali. Bom, se alguém, tempos atrás, lhe falasse que estaria discutindo e impedindo Peter Clarke de entrar no escritório, provavelmente riria dessa pessoa e diria que estava ficando louca; mas aquilo parecia ser o mais real possível e pelo visto estava conhecendo o que muitos pareciam não saber dele. Era claro que as celebridades de Londres eram muito esnobes, o seu maior exemplo para isso era seu chefe, Tyler Carter, não era para nada alguém agradável e muito menos acessível para qualquer aproximação que facilitasse seu trabalho ali, o termo mais correto seria "ditador" e só comprovava o que já imaginava dessas pessoas, mas Peter Clarke parecia superar limites de arrogância e soberba, pelo visto aquele rosto e corpo bonito estavam escondendo algo muito podre por dentro. Pelo visto os comentários sobre ele eram muito bondosos considerando o cu arrogante que ele era.

Maldito prepotente de merda.

Não havia conseguido de impedi-lo e algo parecia crescer ─ medo ─ porque provavelmente era sua cabeça que Tyler iria querer de bandeja por alguém atrapalhar uma reunião importante de negócios.

Peter abriu a porta com força, seu rosto pétreo, impassível e sem qualquer paciência para adentrar aquele lugar com o rosto sorridente, muito menos demonstrando simpatia, sua paciência havia escorrido entre seus dedos no exato momento em que havia adentrado no edifício de Carter e tendo que suportar pessoas sem sentido. O rosto sério e o olhar frio de Carter foram diretamente fixos em Peter, em resposta somente um olhar na mesma proporção e talvez algumas reações estranhas no corpo do garoto, simplesmente por estar no foco daquele olhar tão frio, profundo e totalmente sem definição para ele, como se quisesse ler sua alma ou qualquer coisa que estivesse escondida dentro dele a ponto de a todo custo querer ter acesso aquilo. Aquele olhar deixava louco cada um de seus neurônios, fazia seu corpo estremecer, não de medo e sim de excitação; uma excitação tão forte que chegava a apagar sua mente se ficasse muito tempo mergulhado naquilo. E uma outra sensação peculiar, como se estivesse aquecendo por dentro, um incômodo no estômago, como se borboletas estivessem voando ali e tudo nele deixasse de lado tudo o que era externo à eles.