Capítulo 18

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Apenas algumas semanas haviam se passado e suas tentativas haviam conseguido tudo, menos arrancá-lo do seu sistema e uma frustração violenta tomava conta dele a cada fodido segundo que ousava pensar naquele garoto com toda a sua aparência e seus poderes sobre o seu corpo. Primeiro que não conseguia controlar seu corpo cada vez que a imagem dele era projetada na sua mente sem um mínimo esforço seu. Carter podia saber muitas coisas da sua vida, uma delas era que nunca conseguia se apegar a ninguém, principalmente quando levava em conta que somente utilizava qualquer pessoa com um par de peitos e uma vagina para o seu prazer momentâneo. Porém, para alguém que tinha isso como um dogma na vida, estar fodendo todos os dias um garoto e não desapegar e nem ao menos enjoar do mesmo, era quase uma piada de mau gosto.

E era o que estava acontecendo com Tyler Carter.

Pesasse que manter sua impessoalidade, suas barreiras, impor limites e até mesmo deixar suas mãos à distância do garoto fossem alternativas corretas no início, durante poucos dias haviam se mostrado alternativas insuficientes, porque eram totalmente derrubadas com uma simples aproximação por menor que fosse. Tyler não conseguia ser impessoal e muito menos conseguia deixar de tocar nele. Seu corpo parecia ter um magnetismo fodido e fixo a ponto de em todas as circunstâncias não medir suas ações e terminar beijando o garoto, enrolando seus braços ao redor dele e fora demonstrações de afeto que eram relativamente estranhas, da qual se perguntava qual era o motivo de tudo aquilo e porque seu corpo tomava o caminho totalmente contrário do adotado pela razão. O que parecia um plano totalmente correto e bem fundamentado, estava parecendo um projeto de autodestruição muito eficiente, porque era o que estava fazendo, se autodestruindo sem qualquer piedade e nem conseguir frear nada.

Nunca havia admitido para si mesmo que estava agindo como um homem das cavernas, ainda que em algumas situações havia usado a expressão contra o garoto somente para irritá-lo, mas era sincero consigo mesmo para confirmar que suas atitudes não somente beiravam a expressão, como eram ela em sua totalidade de grau e sentido.

Descontrolado, inseguro, sedento e não ligando para nada que fosse racional, eram seus adjetivos mais precisos, principalmente depois que havia colocado em sua cabeça que tiraria o garoto do seu sistema. Esse objetivo parecia tão longe e escondido por uma parede impenetrável, na qual toda vez que achava que estava conseguindo, tudo era desfeito, somente restando uma miragem sem sentido.

Não havia conseguido nada.

Peter estava debaixo da sua pele, na sua corrente sanguínea e não conseguia tirá-lo dali.

Peter, por sua vez, parecia estar em contato consigo mesmo apesar de toda a situação exigir um completo grau de descontrole. Não podia negar que tudo era embaraçoso como o inferno e que suas ações pareciam cada dia mais obscuras e sem qualquer fundamento, principalmente quando estava perto de Carter. Estar perto dele nunca havia sido fácil e muito menos seria quando ambas as partes deixavam claro que queriam ficar longe um do outro e o mais rápido possível, mas não faziam por onde. Não mentia quando havia dito isso; queria com rapidez, mas nada parecia vir. Somente situações complicadas e circunstâncias odiosas pareciam ter espaço na sua vida e em todas elas, Carter parecia estar envolvido de corpo em alma, fazendo tudo nele querer explodir aquele homem e odiar a si mesmo. Bom, odiar-se já era algo que Peter fazia a muito tempo, principalmente quando Carter havia cruzado o seu caminho para foder grande parte da sua vida e transformar seus pensamentos em confusões difíceis de resolver, mas era realidade, conseguia se odiar o suficiente pelo fato de não saber agir com ele, por não saber colocar limites, por não conseguir ser impessoal, por não saber ver tudo aquilo como somente sexo a ponto de não saber ignorar todas as fodidas reações que sentia toda a vez que via aquele homem se aproximar.

Cada vez que Carter queria diminuir a distância entre eles, quer que fosse em ambiente público, no seu apartamento, no estúdio, no escritório, em qualquer canto, Peter parecia sentir as mesmas coisas que sentia quando Adrian, seu primeiro namorado, chegava perto dele. Odiava completamente. Tyler não era nem um pouco igual a Adrian. Não devia sentir essas coisas. Adrian era um homem incrível, bonito, bem construído, com doses proporcionais e virilidade e romantismo. Tyler era um homem horrível, desprezível, arrogante, bruto, que sabia apertar os botões corretos nele e que sabia pegar seu corpo com muita propriedade. Deus, odiava com cada fibra do seu ser Carter.

Apenas um Desejo Latente (Uncontrolled Guys Series Book 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora