Domingo, resolvemos ir ao shopping.
Nos trocamos e fomos todos no carro de Jace, quando chegamos, Izzy me arrastou para sua loja preferida, uma loja de roupas que só de olhar já gasta dinheiro, que dirá comprar nela.
Izzy provou um zilhão de roupas enquanto eu falava minha opinião e ela era: Izzy ficaria bem até em um saco de batatas.
Os meninos nos acompanharam no começo, mas depois ficaram de saco cheio e foram comer alguma coisa.
Depois de muitas roupas compradas nos encontramos com os meninos e decidimos ir ver um filme.
Escolhemos um filme qualquer e compramos as pipocas. Eu e Jace ficamos o filme todo namorando, não vimos quase nada e Izzy e Alec ficaram jogando pipoca na gente, o que foi irritante.
Ao final do filme voltamos para casa de Jace, e eu e os meninos fomos jogar video game enquanto Isabelle foi provar suas roupas novas.
Jace e Alec estavam jogando Call of Duty quando a campainha tocou.
-Atende lá Clary eu to ocupado-Jace pediu sem desviar os olhos da tela da televisão.
-Mas a casa não é minha-retruco.
-Não, é minha, mas eu to pedindo para você atender a porta por favorzinho-Ele falou todo fofo
-Ah ta bom-Fui em direção a porta e quando abri fiquei estática
Lá estava meu pai com uma arma na mão, claramente drogado, e com uma cara nada boa. Ele apontou a arma para mim e eu gritei, ele segurou meu pulso. Com o canto do olho pude ver Jace correndo desesperado em minha direção.
-Então foi aqui que você se meteu vadia-Ele gritou e eu me encolhi.
Jace chegou e agarrou meu braço me soltando do aperto de Valentim e ficou na minha frente de forma protetora.
-Sai daqui, e não chega perto dela de novo-Jace falou entre dentes.
Com o canto do olho pude ver Alec com cara de preocupado fora do alcançe de visão de Valentim, eu apenas fiz que não com a cabeça e ele entendeu.
-Clary, amarrou o playboyzinho foi? Que bonitinho, parabéns filha-Ele falou debochado e soltou uma gargalhada.
-o que você quer?-Perguntei quase sem voz.
-Eu vim aqui buscar o que é meu garota, você!
-Ela não é sua-Jace gritou
Ele é maluco será que ele não ta vendo a arma na mão do meu pai?
Valentim apontou a arma para ele e disse:
-Sai da minha frente mauricinho, me da a minha filha-Ele engatilhou a arma e eu sai de trás de Jace me pondo em sua frente.
-Não! Eu vou com você mas não machuca ele-Eu disse quase chorando.
-Clary, não-Jace falou.
-Vamos Clary ou eu vou fazer um buraco no meio da testa do seu namoradinho-Valentim falou e deu uma risada sarcástica.
-Eu vou-Falei e dei um passo pra frente, Jace agarra meu pulso.
-Clary, por favor, não vai-Ele suplicou.
-Vai ficar tudo bem Jace-andei até a porta-Te vejo amanhã na escola.
-Isso, boa menina-Valentim falou e me seguiu para fora de casa em direção a caminhonete velha estacionada do lado de fora.
Entrei e bati a porta, em nenhum momento olhei para trás, para não sair correndo para os braços de Jace.
Valentim entrou do lado do motorista e começou a dirigir, o caminho para casa inteiro eu fui pensando em Jace, em seu cabelo que está sempre bagunçado mas de um jeito sexy, seus olhos que parecem ouro derretido, seu corpo esculpido pelos deuses e principalmente sua personalidade, no começo eu achei que ele era fútil e metido igual aos outros ricos da cidade mas ele me mostrou que ele não é nada disso, ele é gentil e carinhoso, é perfeito e talvez eu o ame mas não tenho certeza.
chegamos em casa e corri para o meu quarto me trancando lá dentro, não queria olhar na cara do meu pai. Ele bateu na porta.
-Clary abre a porta, eu só quero conversar-Fala sínico.
-Vai embora-gritei.
-Ta bom, eu vou, mas fique sabendo que esse garoto não é para você Clary, vocês são muito diferentes, ele é bom demais para você, ele ta só te usando-Ele falou atrás da porta.
-Cala a boca, você não sabe do que ta falando, você não sabe nada sobre ele!-gritei de novo.
-Ok, mas lembre-se do que eu te falei-Ouvi seus passos se afastando da porta.
depois que ele foi embora deitei na minha cama e chorei pensando em tudo que ele falou, afinal era verdade, somos muito diferentes. Adormeço agarrada ao meu colar.
Acordo no dia seguinte e vou tomar banho deixo a água levar toda a noite de ontem do meu corpo.
Ao final do banho me enxugo e vou em direção ao meu guarda-roupa, visto uma calça, uma blusa e um tênis e boto a mochila nos ombros.
Jace não vem me buscar hoje porque eu pedi para ele não vir. Peguei o caminho de sempre, que sem ele parecia solitário e frio, e cheguei na escola. Fui em direção a minha árvore, que se tornou nossa árvore, e quando cheguei vi a pior cena da minha vida. Jace estava aos beijos com Camile, eu diria se engolindo.
-Jace?-falei baixo mas ele pareceu escutar, pois se afastou de Camile rapidamente e me olhou, ele tinha uma cara de espanto e ela, um sorriso sínico.
-O que foi Claryzinha? Ta surpresa? vocês são muito diferentes nunca ia dar certo mesmo-Deu de ombros. Ela falou a mesma coisa que meu pai, talvez estejam certos-Né baby?
Jace não tirava os olhos de mim.
-Cala a boca Camile-Ele disse vindo em minha direção-Clary, me desculpa, por favor eu sinto muito, muito mesmo, eu não queria ela me pegou de surpresa e...
-Para Jace, eu não quero ouvir, acabou pra gente baby-debochei e virei de costas.
-Não Clary, por favor, isso foi uma armação da Camile acredita em mim, eu te amo-Ele diz e eu perco o fôlego-me desculpa, por favor-Ele estava desesperado e naquele momento percebi uma coisa, eu também amava ele, mas ele me machucou muito, lembrei de tudo que meu pai disse e infelizmente ele tinha razão.
-Eu também te amo-Falei.
-Então isso é um sim?-Ele perguntou esperançoso.
-não Jace, isso é um adeus-Me virei e corri de volta para a floresta a caminho de casa, tinha tomado uma decisão, eu ia embora e nunca mais ia voltar.
Cheguei em casa, arrumei minhas coisas em uma mochila, peguei o dinheiro que tinha guardado e fui para o terminal de ônibus da cidade. Jonathan sempre dizia que se um dia ele pudesse sair dessa cidade ele ia para Nova York então é para lá que eu vou.
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I Can't Fall In Love Without You (Clace) ~EM RECONSTRUÇÃO~
Romance! História em reconstrução ! Clarissa Adele Morgenstern nunca teve uma vida fácil, perder a mãe e o irmão, e ser deixada sozinha com um pai abusivo levaria qualquer um à beira do precipício, mas ela mantém sua fachada forte e indiferente vivendo um...