Já faz três meses que descobri que estou grávida, o que quer dizer que estou com cinco meses.
Foram meses difíceis, Joe aceitou bem a minha gravidez, mas o meu outro chefe surtou, disse que não podia me pagar para ficar em casa cuidando de uma criança, então ele me demitiu e eu tive que arrumar outro emprego, Joe me ajudou a achar um emprego em uma loja de roupas de luxo, agora eu trabalho na loja a tarde.
Hoje acordei me sentindo muito bem, minha barriga já estava mostrando e ela está linda, me arrumei e fui ao trabalho.
-Bom dia mamãe-Joe me desejou quando cheguei. Ele tem sido muito bom para mim nesses meses sempre carinhoso e cuidadoso. Se meu coração não pertencesse a um certo loiro, eu poderia dar uma chance a ele.
-Bom dia chefinho-Sorrio para ele.
-Como estamos hoje hein?-Ele pergunta passando a mão na minha barriga.
-Muito bem, ele está bem agitado hoje-Sim, ele, descobri que é um menino mês passado.
Quando disse a Joe que estava grávida, ele me apresentou uma amiga médica dele que tem uma clínica beneficente, que cobra um preço bem acessível para consulta, e me promoveu para que eu ganhe um salário maior para cuidar do pacotinho, é assim que eu chamo ele porque não escolhi um nome ainda.
-Ele esta ansioso para conhecer a mamãe né?-Ele riu e eu sorri-Hoje você pode começar limpando o balcão-Ele apontou e eu concordei.
Fui para trás do balcão e comecei a limpa-lo, ouvi o sininho da porta de entrada e alguém sentar em uma das cadeiras altas do balcão a minha frente, não levantei a cabeça apenas falei:
-Bem vindo.
-Clary?-levantei a cabeça rápido ao reconhecer a voz que eu tanto amo.
-Jace?-Nos encaramos por um tempo até eu quebrar o silêncio-O que faz aqui?
-Eu vim tomar café-Ele diz como se fosse óbvio.
-Quero dizer aqui em Nova York-Esclareci a pergunta.
-Eu moro aqui agora-Ele falou com um sorriso, eu estava atrás do balcão ele não tinha visto minha barriga ainda-Sabe, depois que você foi embora eu não quis mais morar em Brocelind, a cidade ficou chata sem você-Ele parecia triste, mas seus olhos brilhavam de alegria-Que bom que te encontrei, eu te procurei por toda parte e...-Ele é interrompido por Sam que me chamou.
-Clary serve a mesa cinco por favor preciso ir ao banheiro-Ela falou e largou a bandeja em cima do balcão.
Ah não, ele não pode me ver assim, de jeito nenhum. Ele vai começar a fazer perguntas e não vou conseguir mentir na cara dele.
Não tenho escolha, Sam já estava no banheiro e a mesa cinco estava impaciente.
Lentamente saio de trás do balcão e pego a bandeja. Jace encarava meus olhos até descer para a minha barriga, para onde ficou olhando por um tempo enquanto eu servia a mesa.
Quando terminei voltei para trás do balcão e Jace ainda me olhava.
-Clary...-Mas ele não conseguiu terminar a frase porque Joe apareceu.
-Clary, já falei para não atender as mesas-Me virei para ele tirando os olhos de Jace-Você não pode ficar andando para lá e para cá assim, pode machucar o bebê-Ele falou botando a mão na minha barriga.
Ouvi o sininho da porta de entrada e olhei para Jace, mas ele não estava lá, olhei para a porta e ele tinha acabado de sair.
-Quem era ele?-Joe perguntou
-Apenas um amigo da escola-Respondi tristemente.
Apesar de eu ainda sentir raiva do Jace por ter feito aquilo comigo parte de mim queria contar para ele do nosso bebê. Mas agora ele não vai querer me escutar, provavelmente acha que eu engravidei de outro cara, deve achar que sou uma puta. Fico com esse pensamento triste até o final do meu turno.
Depois que ele acabou fui me trocar para ir direto para a loja de roupas que trabalho agora.
Hoje seria um dia importante, porque a dona da loja vai lá nos visitar, aparentemente ela é uma mulher rica e muito exigente.
Coloco minha roupa de trabalho que a loja oferece e vou em direção a ela que fica um pouco distante por ser em um bairro rico da cidade. Pego o ônibus, óbvio, não posso ficar correndo maratona com esse barrigão.
Assim que chego, minha gerente me da ordens para organizar os aperitivos que estão sobre a mesa enorme posicionada no centro da loja para a visita da dona.
Hoje a loja não vai abrir para as clientes, porque é "dia de inspeção".
Quanto mais eu ia arrumando os doces, mais fome eu sentia, eu acabei de almoçar mas o pacotinho é guloso.
-Tem mais lá atrás-Adelind, minha amiga e colega de trabalho me disse baixinho apontando para os fundos da loja onde ficava o estoque. Ela tem três filhos diz que sabe como os desejos de grávida são insaciáveis.
-Obrigada-Disse sorrindo e fazendo uma cara de desespero para ela que riu.
Disfarçadamente vou até o estoque onde geralmente ficam as roupas mas que hoje está cheio de guloseimas.
Pego um macaron e boto na boca, delícia. Pego alguns canapés e como, meu deus estou tão feliz. Quando ia comer meu segundo macaron a porta se abre e eu fico estática, Droga fui descoberta. Não me mexo um centímetro até que ouço a voz conhecida.
-O que faz aqui? Deveria estar lá dentro com as outras-Me viro lentamente para ela que fica surpresa-Clary?
-Izzy? O que faz aqui-Venho fazendo muito essa pergunta ultimamente.
-Eu sou a dona, quer dizer, minha avó é a dona.
-Imogem é dona dessa loja?
-Sim, Jace não te disse?-Só de ouvir esse nome estremeço.
-Não, ele não disse.
-Ah-Ela me analisa e só agora percebe minha barriga.
-Meu deus, você está muito grávida!-Ela fala com cara de espanto.
-Pois é...-olhei para baixo.
-Meu deus é do...-Eu imediatamente interrompi porque ela estava gritando, botei a mão na boca dela.
-Fala mais baixo-Sussurrei.
Ela assentiu e tirei minha mão, ela me olhou séria.
-Clary, esse bebê é do Jace?-Ela encarava a minha alma pelos meus olhos, assim, não consegui mentir. Respirei fundo e respondi:
-Sim.
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I Can't Fall In Love Without You (Clace) ~EM RECONSTRUÇÃO~
Romansa! História em reconstrução ! Clarissa Adele Morgenstern nunca teve uma vida fácil, perder a mãe e o irmão, e ser deixada sozinha com um pai abusivo levaria qualquer um à beira do precipício, mas ela mantém sua fachada forte e indiferente vivendo um...