Gentem, não aguentei e (a pedidos das leitoras mais lindas do mundo) eis aqui um capítulo extra. Agora só vamos nos ver na terça feira. Espero que gostem! Beijos no coração de vocês e tenham um ótimo final de semana.
Seus olhos brilham tanto
Eu quero salvar as suas luzes
Quando você sentir o meu calor
Olhe dentro dos meus olhos
É onde meus demônios se escondem
Demons – ImagineDragons
Amber Collins
Iniciei uma corrida pelo rancho, passando em alta velocidade entre os cavalos que se moveram assustados. O gosto amargo e rançoso do vômito se espalhava por minha boca, aumentando a vontade de continuar vomitando.
Foi demais para mim!, pensei e abri a porta de vidro da casa em um rompante. Smigoul se assustou e iniciou uma crise de latidos altos e agudos. Ele parou ao me ver, como se notasse que algo estava diferente e não demorou muito para começar a pular em minhas pernas.
— Agora não, Smigoul. — Continuei a busca pela maleta de primeiros socorros. Eu precisava ser rápida. Tinha um homem morrendo em um quarto no meu celeiro e a expressão mórbida em seu rosto só me apavorava ainda mais.
Uma porta à direita da cozinha dava acesso ao quarto mais frio da casa, onde eu costumava deixar os medicamentos e meus materiais já esterilizados.
Passei pelo batente da porta e encarei as duas grandes prateleiras colocadas uma de cada lado da sala criando um corredor no meio. Comecei a tatear as prateleiras em busca da maleta.
— Vamos lá, vamos lá! — Uma lágrima teimosa transpassou meus olhos e escorreu por meu rosto, terminando dentro do decote da minha camiseta. Podia sentir a gota gélida se desfazendo em minha pele suada e impregnada de sangue. — Graças a Deus! — gritei ao encontrar a maleta vermelha com vários desenhos de cachorrinhos ornamentando-a.
Agarrei-a sem pensar e comecei a correr com Smigoul em meu encalço. Passei pela cozinha mais uma vez e alcancei a sala. Trombei no sofá de couro à direita, derrubei um porta-retratos onde eu e meu irmão, Alex, estávamos brincando no estábulo aos cinco anos de idade e me amaldiçoei por ser tão desastrada.
O desespero ameaçava me cegar. Eu não podia perder o controle. Não agora. Já tinha tanto tempo que eu havia me esquecido da sensação horrível que era. O peito inflando sem ar, as mãos movendo-se por vontade própria, o descontrole, a vontade de gritar. Um ataque forte de ansiedade, misturado ao medo.
Tentei escapar de tudo aquilo, mas enquanto me desvencilhava de Smigoul, passei em frente a um espelho que ficava pendurado no meio da sala e vi o meu estado. Não contive o grito que subiu por minha garganta.
Levei a mão ao rosto, observando as manchas vermelhas tingindo minha pele clara e minha visão embaçou.
Seja forte, Amber!
Engoli a sensação desoladora que me cercava e bati a porta às minhas costas.
Entrei no celeiro aos tropeços, para variar. O Tenente, ou seja lá quem fosse aquele homem, mantinha-se de olhos fechados, como se dormisse um sono profundo.
— Tenente! — chamei, jogando-me ao seu lado. Ele não respondeu, ou sequer abriu os olhos. — Tenente. — Ergui a mão e toquei o seu rosto. Estava gelado. — Droga, droga. — Será que ele estava morrendo? — Não! — Balancei seu corpo. — Você não vai morrer! — Meu coração batia acelerado, meus ouvidos pareciam ter perdido a capacidade de ouvir.
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O Tenente - Um espião, um amor, uma escolha
Storie d'amore!!!!DEGUSTAÇÃO!!! Amber é uma jovem e corajosa veterinária que leva uma vida pacata na pequena cidade de Lancaster. O que ela não sabia era que toda aquela tranquilidade estava prestes a mudar. Ao sair para uma corrida em uma trilha na floresta, ela...