17. ago. 2019: sozinha.

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As vezes me sinto completamente sozinha.
Como se o mundo inteiro.
Fosse alheio a minha presença.
Cem por cento do tempo.

Mas ficar sozinha.
Não é totalmente ruim, percebo.
É como um tempo.
Que tiro somente para me apreciar.
Para perceber.
Que não ha melhor companhia.
Do que a minha própria.

Momentos assim.
São como se eu saísse do meu corpo.
E me transformasse.
Em uma outra eu.
Dando vida.
A uma outra personalidade minha.
Escondida.

Só assim consigo me enxergar como sou.
Como sinto.
Como vejo.

Enxergo minhas dores.
Minhas falhas.
E no quanto não preciso cobrar.
Tanto de quem sou.

Sendo assim.
Me torno minha amiga.
Minha inspiração.
Meu orgulho.
Vendo que, embora não haja pessoas.
Eu não preciso de outro alguém.
Para me completar.

Porque, oras.
Já sou inteira sozinha.
Já sou minha melhor companhia.
Meu maior ponto de paz.
Eu mesma me ponho pra cima.
E mostro do que sou capaz.

Pessoas são apenas complementos.
Na caminhada chamada vida.
Eu sozinha já me enxergo.
Me completo.
E me orgulho de quem sou.

Porque, veja, meu bem.
Ninguém me conhece como eu.
Ninguém me entende como eu.
E ninguém nunca me amará como eu.
Então abra seus olhos para o mundo.
E perceba.
Que a mulher que entende.
O que o amor próprio significa.
Na verdade, tudo já entendeu.

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