30. set. 2019: jovens.

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Talvez sejamos novos demais.
Para amarmos tanto.
Nos doarmos tanto.
E receber tão pouco.

Talvez sejamos novos demais.
Para entender.
Que amor é para poucos.
Para os que batalham.
E recebem como recompensa.
No final.

Talvez sejamos novos demais.

Esse é o ponto.
Jovens demais.
Imaturos demais.
Ingênuos demais.

Mas o amor se vem com a idade?
Se vem com o tempo?
Com a maturidade?

Até mesmo poetas.
Não sabem as respostas.
Somos falhos, caro amigo.
Somos incompreendidos.
Jovens.

Somos novos demais.

Porém, é inevitável.
Inegável.
O quanto o cansaço.
Muda as pessoas.

Talvez eu não seja nova demais.
Para sentir.
Para gostar.
Para provar o inebriante amor.

Talvez eu seja errada demais.
Para gostar de alguém como ele.
Quebrada demais.
Insegura demais.

Mas não é isso que é ser jovem?
Ser novo demais?
Imaturo demais?
Ingênuo demais?

O caminho se faz aprendendo.
Colocando a cara a tapa.
Fugindo e aprendendo a conviver.

Porque, oras.
Somos novos demais.
E isso não é ruim.
Ainda quebraremos a cara.
Mas nos recompomos no fim.

Porque somos novos demais.

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