Luz

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Jimin estava em toda parte ao meu redor, me consumindo como brasa quente.

E em pouco tempo compreendi como o calor que vinha dele, ateou fogo em meu corpo por inteiro.

Os braços ao lado de meu rosto, o quadril entre minhas pernas, se movendo contra meu corpo.

Antes, havia beijado todo o meu tronco, meu rosto, minhas coxas, enquanto me despia. Acariciou meus cabelos, aspirou o cheiro da pele em meu pescoço, mordeu meus lábios, minha clavícula, mamilos, e voltou a me beijar.

Nós não falamos, mas acredito que não há nada a ser dito, porque sabemos exatamente como e o que sentimos.

Durante todo o tempo em que me conheço e me reconheço nunca havia experimentado a sensação de ter minha mente repleta de algo tão real, como ele é. E suas mãos vão e vêm, deslizando por minha pele completamente desnuda, fazendo meus lábios se abrirem deixando o ar escapar em lufadas e longos suspiros.

Meus olhos são apenas pequenas frestas abertas que me obrigo a manter assim, para que possa vê-lo também. o escuro me esconde apenas parcialmente, porque suas mãos me mapeiam tão bem quanto seus olhos fazem, a cada clarão que ilumina todo o quarto, seguido de uma trovoada ensurdecedora.

Mas nem a chuva lá fora consegue me trazer de volta à sanidade, me sinto absolutamente lúcido em seus braços, de uma forma tão intensa que meus pensamentos parecem um borrão de tinta numa tela.

"Isso é muito bom"

"Eu gosto quando suas mãos apertam minha carne"

"Eu quero sentir você, Jimin".

Eu não perguntei sobre nada. Nem ele me disse. Mas todas as perguntas e respostas pareciam ser passadas entre nossos olhares, e os beijos que distribuía em meus lábios e minha pele, abrasando cada centímetro, trazendo a vermelhidão à superfície, me enchendo de marcas invisíveis e desejadas, me fazendo seu.

Ele me beija, antes de voltar a se mover, enquanto aperto os olhos, mordendo meu lábio, puxando a roupa de cama, sentindo minha cabeça girar e parar no mesmo lugar, voltando para ele.

E ele estava lindo.

A umidade da chuva agora de misturava com o suor que nossos corpos produziam, fazendo com que nossas peles brilhassem, e arrepiassem entre o contraste de calor e frio.

Ele também estava imerso em sensações, de olhos fechados, abrindo apenas para assistir minhas reações, lábios entreabertos como se não acreditasse no que estava experimentando, quando não estava selando os meus, ondulando seu quadril, deslizando dentro de mim lentamente, tentando se manter apoiado nos cotovelos.

Mas eu queria mais dele.

Minha pele se sentia fria sem a sua.

Por isso soltei o tecido, levando minha mão até sua nuca, e a outra a seus ombros, o puxando para mim. Não me importava com seu peso, desde que pudesse sentir cada parte de Jimin em mim.

E então aquela sensação novamente, a mesma que veio antes que minhas veias saltassem em suas mãos, mais cedo.

E dessa vez ele também estava assim.

Mas agora eu conseguia ouvi-lo de perto, apesar da tempestade alta, ele murmurava e grunhia em meu ouvido, com o rosto colado ao meu, incapaz de controlar um beijo, assim como eu também estava.

_Jungkook... _murmurou respirando mais rápido, enquanto eu pressionava minhas coxas em seu quadril, o fazendo ir mais fundo e se manter ali, enquanto se derretia sobre mim.

NÓS | Jikook [CONCLUÍDA] (BETANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora