Brass - Novas Espécies

Capítulo 1

Estou muito feliz por vocês estarem aqui e ainda mais por vocês terem esperado e não terem abandonado essa minha historia.

Voltamos novamente para o começo mais espero que juntos podemos superar isso.

Bjs babys.

P.s. A capa não foi definida ainda então esta sujeita a mudanças

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Evans

- então quer dizer que você gosta dos Novas Espécies?

Dr. Julian me olhou sorrindo.

Já era a quarta semana consecutiva que ele sempre vinha com essa conversa.

- Dr. Julian como eu disse ao senhor eu gosto, eles são pessoas como a gente, não merecem o que lhe fizeram..-resmunguei novamente, esse senhor ou tem perda de memória, ou quer realmente me irritar.

- a filho eu sei que sempre te pergunto isso, é só que você foi o único a ter contato com eles quando Trisha Norbit veio para no nosso hospital.- seu sorriso era como um de um avô fofo, só que pessoas observadoras entendiam que algo ali estava muito errado, a tristeza naquela expressão era algo que sempre me incomodava.

- isso foi a mais de 1 mês senhor Julian. E nem tive realmente contato com  eles, os Novas Espécies que estavam na sala ficaram longe da maca,  somente tivemos um encontro de olhares. - respondi abaixando minha cabeça, senti minhas bochechas esquentarem.

Depois disso o grande nova espécie que estava na sala não sai dos meus pensamentos, eu sinceramente me recusei a deixar esse sentimento continuar, só que parecia algum tipo de imã, os olhos escuros me observando, a piscada... haaa tira isso da cabeça Evans!!

- sim...-o suspiro do Dr. Julian puxou meu olhar pra ele -... Sei que estou sendo persistente com isso Evans mais preciso de uma confirmação, e agora eu já a tenho então..obrigado menino.- sorrindo novamente ele se virou para a sala de descanso do hospital.

O que raios esse homem fala? Esses enigmas que ele solta me deixam louco.

"Você não deveria ligar para isso agora, se concentra em sair do hospital antes que alguém te chame para ajudar em algo"

Sinceramente sou considerado novo no  hospital, porém as pessoas me tratam como se eu fosse um faz tudo para eles, e assim meus horários são sempre bagunçados por causa de veteranos que me pedem favores.

Meu turno acabou a 10 minutos mas Dr. Julian me prendeu aqui, e quem sou eu para o ignorar e simplesmente sair pela porta a fora?

Troquei o jaleco por por um sobretudo marrom, minha roupa coberta pelo jaleco já estava preparada para minha saída, nunca se sabe quem pode aparecer no vestiário para te pedir algo se demorar de mais.

Sem pensamentos errados, adoro ajudar no que puder, o meu problema é que eu sou um cara que não sabe falar não para os outros, e acabo sempre fazendo mais do que eu tenho que fazer ou fazendo o trabalho deles.

Puxei a gola alta da blusa no pescoço para tampar totalmente, estava fazendo muito frio nos últimos dias e tenho uma tendência enorme em ficar doente.

E não, minha imunidade não é baixa.

Saio pela recepção do hospital,  não demorava muito para chegar a minha casa então sempre vou a pé. Morava com meus pais até o ano passado, só que o destino não foi tão amoroso conosco, eles se foram em um acidente de carro quando ia a um jantar de aniversário de casamento.

Eu fui adotado, quem conhecia nossa família nunca pensaria que não sou filho legítimo, eramos muito ligados, fins de semana em família, dias de filme na sala, saíamos sempre juntos jantar em algum restaurante, e eles me aceitavam como eu era, muitas pessoas não entendiam como um casal de senhores podiam ter a mente tão "aberta" e aceitar um filho gay, bem...Os meus velhos me aceitavam e me amavam como ninguém.

Mamãe era louca pra me arrumar um namorado, ela sempre achou o tipo de homem pura testosterona e possessivo o melhor tipo para mim.

Rio pelo nariz, decepcionada ela foi com meu primeiro namorado, ruivo e magricela,  Fred era legal, namoramos por 2 anos porém ele teve que se mudar e eu não sou bom com relacionamentos a distância, puxei meu pai em ter ciúmes, não que eu não acreditasse que Fred podia se virar e ser fiel, mais quem me juraria que outros iram se comportar perto dele?

Agora sou só eu e o hospital, somos inseparáveis minhas horas são gastas lá e o resto que falta pra acabar o dia eu gasto na cama dormindo.

Joguei minha mochila no sofá enquanto tirava o sobretudo, corri na geladeira, sempre esqueço de comprar comida e acabo pedindo, mas eu lembro que tinha sobrado algum pedaços de lasanha, coloco pra esquentar entanto tomo um banho quente.

Nada melhor que água fervendo para relaxar, mamãe sempre dizia que faz mal pra pele, eu nunca liguei pra isso.

Terminei o banho e ouvi a campainha tocar sem parar, acho que não vi o tempo passar novamente.

Sempre entro em outro mundo quando tomo banho, Papai sempre brigava falando que se é para eu pensar na morte da vaca era melhor que pensasse depois do banho.

Me enxuguei o mais rápido possível, ou a pessoa era chata ou estava muito apressada pra continuar a apertar a campainha tão rápido.

Puxei o resto da minha camiseta para baixo quando cheguei a porta, abri e me dei de cara com o Dr. Julian.

Ele tinha um olhar desesperado e ao mesmo tempo arrependido.

-Dr. Julian? ??- o olhei confuso.

- menino...Eu...eu sei que pode me julgar por isso, só.... faça isso depois ok? Preciso da sua ajuda agora.- droga, eu já disse que não sei dizer não?

- sim eu. ..eu posso ajudar, o que houve?- perguntei baixinho.

- você sabe, fico sempre te irritando com o assuntos da ONE dos novas espécies, eu...eu fiz algo de errado e agora estou tentando consertar, posso não sobreviver a isso mais não posso mais conviver com a culpa do que fiz.- apontou para si mesmo- ajudei aqueles que fizeram mal aos NEs, e preciso que me ajude a consertar isso.

Eu não estava entendendo nada, senhor Julian era ruim? Porque viria me contar algo e o que queria de mim.

- ainda não estou entendendo Dr. Julian, o que quer que eu faça e o que fez?

- ajudei na procriação de novas espécies com uma humanas, não sabia se daria certo e quando descobrir que pode ser feito eu encobri o tanto quanto pude do meu chefe, eu...Não posso mais esconder então estou dando fim nisso, eles não podem mais ficar comigo eles estão me caçando para obter a resposta dos testes.- meu olhos se arregalaram, puta merda.-.... Não.. Não sobreviveu mais nenhum e não posso mais esconder isso deles, quero que você meu filho me ajude a fazer a coisa certa, preciso despista- los e peço para que você cuide das crianças espécies que foram geradas, devolva - as aos novas espécies.

Eu...merda, como poderia dizer não a isso?

Como o velhinho com sorriso fofo era esse tipo de pessoa?

- Dr. Julian. ...eu. ..Eu não...Ok, certo eu ajudo!- merda....mil vezes merda Evans.