(Hyunjin)
— Eu posso ir com ele? Não quero deixar o Felix assim sozinho... – antes que eu recebesse uma resposta, o sino foi tocado.
A aula acabou, finalmente!
Bem, não que eu tivesse prestando realmente atenção...— Bom, todos liberados! – a professora do dia deu de ombros e foi ajeitando suas coisas. Peguei na mão de Felix e nem falei mais nada, apenas saí correndo com o coitado todo desnorteadinho.
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— Vamos considerar que eu te deixei doente mesmo? – Jisung disse na maior cara de pau, com uma feição até que... pensativa.
— Você 'tá fodido quando eu melhorar disso aqui! – Felix disse, deitado em sua cama com um enorme travesseiro no meio de suas pernas com intenção de cobrir a ereção que ainda se mantinha.
— Vai bater bolo que isso aí some, quanto drama! – Sunggie logo começou a rir e eu não falei nada, apenas observava o outro sardento bem puto, vermelho, nervoso e com uma ereção gigantesca que não saía nem com reza braba.
— Eu não consigo, não me sinto confortável pra fazer isso aqui! —
— Nunca vi alguém ser ruim em bater punheta, perdi foi tudo —
O loiro começou a rir de novo, só parando quando viu Felix levantar e sair correndo em círculos atrás do mesmo no quarto. Vi que ele desistiu quando Jisung abriu a porta do quarto e correu. Choramingou e veio até me mim, se apoiando nos meus ombros.
— Tá doendo, Hyunjin... – ele olhou sôfrego pra mim e por um momento meu coração se quebrou em 89 pedaços diferentes.
Sim, fiquei com pena. Sei lá, dava pra eu ter impedido isso de acontecer!
— E o que você quer que eu faça? – perguntei em um leve desespero, ajudando o garoto a se apoiar direito em pé.
Me pergunto de onde esse guri tira tanta sorte, sério, puta que pariu!
— Me ajuda, Hwang... – ele acabou por se segurar na minha blusa e se manteve colando nossos corpos. Era legal vê-lo implorar por ajuda, mas eu já não ia fazer nada, era apenas efeito daquele troço que o Jisung inventou de colocar na bebida dele. É babaquice se aproveitar desse pobre coitado que só se fodeu desde que chegou aqui. Não sou nenhum lunático!
— Felix, não posso fazer isso com você...
— Pode sim, pode sim! Por favorzinho, Hyun... – parecia uma criança mimada. A diferença é que a criança faz só birra, e o Felix faz birra de forma desesperada, se excita e me excita.
— Você tá bem fora da casinh--.. – antes que eu terminasse a frase, ele praticamente “grudou” mais ainda no meu corpo. Não só o corpo, mas a boca na minha também.
Esse Jisung me paga tão caro...
Ele mudou da água pro vinho bem rápido, eu não acho que isso seja ruim pois parece que com um empurrãozinho pra fora do armário, Felix acaba mostrando quem é de verdade.
O problema é que não foi um e sim uma quebra de armário nas costas do Felix...
Automaticamente me afastei e segurei o rosto do garoto, caso ele tentasse fazer a mesma coisa novamente.
— Felix, eu já disse que não dá. – o mesmo riu como se eu tivesse virado o maior humorista existente naquele mundo.
Puta que pariu, hein, Jisung?!?
— Eu vejo o jeito que você me olha, Hyunjin... – Felix ficou me olhando com uma cara nada inocente, mordendo os lábios e praticamente me comendo com os olhos.
Eu que fazia isso, caralho.
— Você tá mesmo sobre efeito de remédio? Parece que você tá é meio dro-... – antes que eu falasse mais algo antes de terminar a própria frase, o garoto colocou a mão em cima da minha calça. É, POIS É. Tô tomando do meu próprio veneno hoje mas eu nem cheguei a tocar esse guri não, viu? – FELIX! —
meus amores...
chega
(In) felizmente, ouvi umas vozes baixas por perto e olhei pela janelinha de vidro da porta, o mesmo vidro que haviam nossos nomes e consegui enxergar que era Jisung e mais três de seus amigos.
Pela glória do senhor, eu consegui me livrar dessa situação graças ao Jisung, já que eu me auto-obriguei a abrir aquela porta e pegar todos os fofoqueiros no flagra.
— JISUNG- – abri a porta rapidamente, nervoso.
Agora parecia que quem tinha tomado 5 comprimido de viagra era eu, puta que pariu viu--
— Pelo visto o clima ia esquentar, né? Ui ui ui, hein! – Jisung comentou e riu com os outros garotos.
— Credo, que delícia. Senti essa tensão sexual daqui mesmo de trás da porta! —
Se eu não me engano, era Changbin, Seungmin e o tal do...
— I.N! Fala baixo, caralho! – Jisung olhou de braços cruzados pro garoto e eu vi o mesmo tampar a boca e sussurrar um desculpa.
Jeongin.
Ele quem havia falado da tensão sexual. Como ousa falar verdades na minha frente, I.N...
Na verdade, o que essa criança 'tá fazendo aqui?!?— Jisung, você deveria ajudar ele com isso. Sabe, aquelas coisas que você comprou... – o tal do Seungmin abriu a boca e sinceramente, deveria ter continuado quieto.
Nem fodendo, meus amores... NEM FODENDO.
— Poderia ser uma boa idéia... Mas... –
Eles olharam pro garoto, que estava ainda soando frio e mordiscava os lábios a cada segundo.
— Uma das freiras acabou recebendo o pacote, viram o conteúdo e acabaram confiscando... – Jisung continuou e eu só sabia agradecer aos céus pelas freiras terem pegado as coisas que Jisung tinha comprado.
Quem entendeu, entendeu...
Sei lá, ia piorar a situação provavelmente. Já não era constrangedor o suficiente?!?— Que coisas são essas de que vocês estão falando...? – Felix questionou e eu berrei automaticamente em resposta.
— NADA! N-Nada, Felix... Nada. – os garotos seguiram o olhar diretamente pra mim e eu senti um outro tipo de tensão no ar – só... Só vamos nos concentrar em ajudar o Felix, tudo bem?
Eles adentraram o quarto e foram na direção de Felix, e eu fui na direção contrária, fechando a porta e tentando ficar o mais longe possível do menino.
Duro, infelizmente.
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quinto ep · “efeitos de remédios não são a minha religião.”
ATUALIZADO, reescrito ✓
(29/07/2022)
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Internato para "garotos doentes"
FanfictionLee Felix poderia ter se deixado levar pela triste inconveniência de ser mandado pelos tios diretamente pra um internato religioso apenas após ter assumido sua sexualidade oficialmente. Mas tudo melhora (ou piora) quando o garoto se dá conta de que...