Hyungs não são a minha religião.

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(Felix)

— O que você tá fazendo aqui? —

— Bangchan. Eu fugi do internato muito antes de você chegar. —

— Prazer... —

— Vou ser cringe e vou dizer que só na cama. —

Cringe.
Puta que pariu, só o que me faltava...
Um gay incel.

— Pode responder minha pergunta, Bangchan? —

— Vim conversar com você. – o garoto se ajeitou na minha cama e eu acabei por continuar no chão. Mas dessa vez, eu estava sentado.

— Sobre? —

— Já vai saber. —

Me levantei um pouco bravo pela invasão e cruzei os braços – o que você quer!? —

— Eu vi que era você no vestiário. Hyunjin não chegou a ver, relaxa. —

— Ainda bem, eu não queria que ele achasse que eu escuto as conversas dele. —

— Se importa com o que ele acha de você, é? —

— Não te interessa, sai da porra do meu quarto agora! – a conversa não chegava a lugar nenhum e eu queria apenas paz naquele momento. Me levantei, realmente puto.

— Felix, vou te dizer uma coisa – ele virou as pernas pra fora da minha cama, se sentando e olhando diretamente pra mim – sabe esse roxo no seu olho? —

— O que tem a ver? —

— Então, “kangoroo” – ele se levantou e foi se aproximando de mim, e eu fui afastando pra trás até cair em cima da cama do Hyunjin.

PORRA, NÃO TENHO UM MINUTO DE PAZ NESSE CARALHO??????????

Ele se deitou em cima de mim e aproximou o rosto. Bangchan falava baixo desde o momento em que entrou no quarto, acredito que seja na intenção de tentar me amedrontar.

— Sabe esse roxinho embaixo do seu olho? Foi a bola de basquete, não foi? Fiquei sabendo que você é meio... desastrado. —

— Uhum... – concordei, não falando mais nada. Estava sentindo a ponta do seu nariz rodeando na minha bochecha, ele estava realmente colado em mim.

— Se você ficar no meu caminho, vão aparecer outros roxos pelo seu corpo. Não vai ser da forma que você tanto queria com Hyunjin, vai ser com outra coisa muito mais dolorida do que uma bola de basquete. – senti sua mão descer pelo meu pescoço e ele me deu um beijo na bochecha. O rosto dele desceu pro meu pescoço como sua mão e eu me arrepiei por inteiro sentindo sua boca quente batendo na minha pele fria.

ou seja

ELE CHUPOU E LAMBEU O MEU PESCOÇO

nao reclamo claro mas eu nao tava esperando ne

— Céus, o que que você quer dizer com isso? – falei no mesmo tom de Bangchan e o-olhei, tenso.

— Dependendo de como você agir daqui pra frente, talvez seja algo ruim. Mas se você quiser, pode ser algo bom. – ele se afastou pra me olhar e passou a me encarar.

Já tava tudo meio médio.

— Felix? —

agora ta tudo meio merda

— E-EU?!? – me fiz de desentendido e o empurrei de leve que desviou a atenção pra Jisung assim como eu desviei o olhar pro mesmo, me livrando de seu corpo pesado de cima de mim. Ele me deu um sorriso de lado e antes de sair, encarou Jisung.

Internato para "garotos doentes"Onde histórias criam vida. Descubra agora