TRINTA QUATRO

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*Camila p.o.v.*

Meus olhos surpresos e reação rápida me fez correr até a sala onde Kayla deveria estar, mas estava vazia.

Tinha um enorme buraco na parede dando caminho para a rua e sangue no chão.

Passei a mão em meus cabelos, frustração e preocupação me corroendo por dentro.

-- droga. Eu preciso avisar Dinah. -- peguei meu celular e liguei para ela. No sexto toque ela atendeu.

-- seja lá quem for, acho bom ter um bom motivo porque eu estav-

-- Dinah, Kayla fugiu. -- a linha ficou no mudo por um tempo.

-- Camila, isso é brincadeira, né? -- sua voz estava trêmula.

-- não. Ela literalmente fez um buraco na parede e fugiu. Dinah, temos que achar ela.

-- eu sei disso. -- ela bufou. - caralho Kayla, eu acho que eu queimei bruxas na época da inquisição porque não é possível, eu devo ser amaldiçoada. -- eu quis rir mas não é hora para isso.

-- eu acho que eu fiz isso com você então. -- eu falei e ela soltou um riso nasal.

-- okay, eu chego no laboratório em 30 minutos.

-- okay. Tchau. -- ela se despediu e desligou.

Apertei minha têmpora e fui a procura dos gêmeos.

Josh estava mexendo no computador igual doido procurando por algo que pudesse nos ajudar. Jean estava em outro computador mexendo em tudo. Barry já estava na rua procurando por Kayla.

Dinah chegou há alguns minutos atrás e estava colocando seu traje e equipamentos para poder ir atrás de Kayla assim que ela fosse localizada.

Tudo estava silencioso, até que ouvimos um grito de Jean.

-- Achei! -- gritou. Corremos até ele. -- Barry a encontrou no parque. Dinah, corre, ele precisa de ajuda.

-- eu dirijo. -- falei e peguei a chave do carro, que os meninos fizeram igual ao Batmóvel.

Entramos e eu pisei fundo na acelerador enquanto o capô se fechava. Nunca dirigi igual uma doida, mais hoje eu vou fazer isso.

Passei por vários carros, sinais vermelhos não eram a lei no momento.

Em menos de 15 minutos eu estacionei ao lado do parque. Dinah colocou a máscara e saiu do carro. Corremos até onde Kayla estaria, já que a gritaria era alta e aterrorizada.

Vi Kayla segurando alguém pelo pescoço e o erguendo no ar. Era o Barry. Levei minhas mãos ao rosto. Neguei e corri, mas ao ouvir duas vozes meu coração parou por um segundo.

Olhei ao redor a procura com meu coração na goela.

-- Mamãe!

-- Mommy! -- eu ouvi os dois gritarem ao mesmo tempo.

Kayla jogou Barry longe e se virou para Dinah. A mesma pegou o cinto e o fez virar um chicote.

As duas estavam batendo e apanhando, Dinah resolveu pegar pesado e usou a luva com poder para jogar Kayla contra uma árvore.

Eu corri até meus filhos e os abracei ao mesmo tempo.

-- vocês estão bem? -- perguntei e chequei os dois com os olhos.

-- estamos sim, mommy. -- Luna falou e eu suspirei os abraçando de novo.

-- cadê o vovô e a vovó? -- eles olharam ao redor e apontaram para meus pais. Eles pareciam petrificados. -- o que aconteceu com eles?

-- quando a mamãe veio pra cima, eu os transportei para o lado, mais eles acabaram assim. -- Luna falou e vi lágrimas descerem por seus olhos. -- eu juro mommy, eu não quis fazer isso com eles.

-- shh, está tudo bem meu amor. Nós vamos dar um jeito nisso, não é Kyle?

-- sim, mamãe. Luna, tio Jean e tio Josh são expert nesse tipo de coisa. Não se preocupe. -- ele pegou a mão da irmã e eu sorri para a interação deles.

Vi Kayla lutando contra Dinah e Barry, e ela estava perdendo. Dinah se preparou para dar um soco em Kayla mas ela caiu sozinha no chão desacordada. Dinah e Barry a pegaram e foram para o carro. Levei meus filhos para o carro dos meus pais e Dinah e Barry pegaram meus pais e os levamos nos dois carros.

Meus filhos ficaram jogando videogame na sala do laboratório enquanto Jean e Josh colocavam Kayla em um tipo de cela de contenção. Logo os gêmeos voltaram e fizeram meus pais "acordarem".

-- eu não entendo. O que aconteceu com ela? -- meu pai perguntou enquanto massageava o pulso.

-- ainda não sabemos ao certo. Vamos mantê-la aqui por um tempo. -- Josh falou. -- pegamos alguns antídotos na casa do Mestre Moucho, mas não temos certeza o que isso pode fazer a ela.

-- só tragam nossa Kayla de volta. Por favor. E... não vamos contar nada disso para Allyson, pelo menos não por agora. -- minha mãe falou e eu assenti. -- não vai ser bom para uma mulher grávida.

-- tia Sinuh tem razão. -- Dinah falou e todos assentimos. -- é melhor você ir pra casa e levar as crianças com você, eles passaram por muita coisa hoje. -- eu assenti.

-- eu sei. Bom, boa noite para vocês. -- falei e fui atrás de meus filhos.

Meus pais foram para a casa deles e eu fui pra minha com meus dois pequenos dormindo no banco de trás.

Espero que dê tudo certo com Kayla. Não aguento mais essa desestabilidade. Isso não é nada saudável para nenhuma de nós.

Suspirei e olhei meus filhos dormindo pelo espelho do carro.

Eu preciso garantir a segurança deles. Mas como fazer isso da própria mãe deles?

My Heroine Came BackOnde histórias criam vida. Descubra agora